Roraima e seu potencial turístico – Flamarion Portela *Roraima, por ser um Estado relativamente novo, tem como característica em sua formação a migração de pessoas advindas de outras unidades da Federação que, na maioria das vezes, aproveitam seu período de férias para visitar parentes ou fazer turismo em sua terra natal.
Por isso mesmo, um grande percentual da população sequer conhece as belezas naturais que existem em nosso Estado. Mas, elas são inúmeras e para todos os gostos. Temos desde uma infinidade de rios e igarapés, que nos proporcionam belas praias na época do verão e majestosas cachoeiras no inverno, até um conjunto de serras que causam um visual de encher os olhos, entre outros tantos atrativos.
Quase todos os municípios apresentam algum potencial turístico, seja no campo ecológico, cultural, indígena, religioso, de pesca, de aventura, rural e tantas outras modalidades que podem atrair pessoas e gerar renda para a população e divisas para os cofres públicos.
Um dos municípios com grande vocação natural para o turismo é o Amajari, sobretudo a região do Tepequém, onde podemos vislumbrar inúmeras cachoeiras, a maioria delas com fácil acesso. Lá, o Governo do Estado está preparando a implantação de um projeto de incentivo ao turismo, com a construção de um complexo de obras que vão facilitar a contemplação das belezas do lugar.
Além da sinalização dos pontos turísticos, que já foi executada, estão previstas a construção do Mirante do Paiva, que permitirá que os visitantes tenham uma visão privilegiada da cachoeira do Paiva, bem como de boa parte da região. Também será construído um Pórtico de entrada, que servirá como um ponto de controle para o acesso a Vila do Tepequém. Ainda está prevista a construção de um Mirante na subida da serra, próximo à instância do Sesc. Tudo isso vai impulsionar o turismo na região.
Para quem gosta de aventura, o município de Uiramutã oferece também vários atrativos naturais, como cachoeiras e corredeiras, além do artesanato indígena que é abundante na região.
Aqui pertinho de Boa Vista, no Cantá, temos a majestosa Serra Grande, com sua bela cachoeira Véu de Noiva, que atrai amantes do turismo ecológico. O município também tem vocação para o turismo rural, onde a Fazenda Castanhal desponta como atrativo principal.
No sul do Estado, na região do Baixo Rio Branco, temos também a exploração da pesca esportiva, que tem atraído turistas de vários países. Seja um banho de cachoeira, de rio, a observação da flora e da fauna, a contemplação de um por do sol na serra, ou uma simples noite de lua cheia no lavrado, Roraima terá sempre algo que vai encantar quem mora aqui ou quem chega de fora para nos visitar.
*Deputado estadual e ex-governador de Roraima
Os caros apertadores de botão – Ranior Almeida Viana* O quadro que vem se configurando para as eleições de 2018, que está se desenhando e tomando jeito, não é nada acalentador, em meio à realidade de atos e postura dos atuais mandatários, em todas as esferas, não há o novo, que seja a terceira via, que possa nos dar um pouco de esperança, que fará diferente dos que estão aí hoje. São perceptíveis as articulações das velhas raposas com sede ao pote.
Parece que a política virou profissão. Os nossos representantes da Câmara baixa (leia-se os nossos apertadores de botão) esquecem que são médicos, empresários, professores e outros profissionais, pois querem cada vez mais um mandato. E quando falo s expressão apertadores de botão uma das justificativas é que nenhum dos oito aparece na “pesquisa sobre os 100 parlamentares mais influentes”, realizada anualmente pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). Perceba que há deles que não estão mais em seu primeiro mandato.
E por falar nesta pesquisa, o nosso Estado aparece representado pelo senador que sugeriu a um delator que “temos que estancar a sangria”, é um político nato, soube se adequar a todos os presidentes que passaram pelo Palácio do Planalto nos últimos 23 anos, o que mostra também que ideologicamente o que importa pra ele é o seu grupo.
Há um outro senador do Estado que aparece nesta pesquisa, tanto a de 2015 e 2016, como senador em ascensão, este último às vezes nos expõe cada pérola como no dia discursou na tribuna do Senado a respeito do planeta Nibiru (https://youtube.be/mFwhs7xAY7g). Interessante que, pelo menos, parece que ele dá atenção aos eleitores que entram em contato, mas fiquei me perguntando o que ele poderia a fazer a respeito de um planeta que, segundo pesquisa da Nasa, estaria prestes a se chocar com a terra? Talvez um projeto de lei solicitado ao Planeta Nibiru um recuo? Se bem que ele usou essa história para provocar um rival político.
Outro dia conversava com um ex-vereador da última legislatura que dizia que era fundamental ter ganhado a oportunidade de mais quatro anos de mandato, pois nos quatro anteriores “só deu tempo de saber como funcionavam as engrenagens da legislatura municipal” e, dessa forma, existem muitos principalmente nas esferas superiores que querem uma boquinha perto dos gargalos de poder indicar pessoas a cargos e também ter as inúmeras regalias que compete ao dito “representante do povo”!
*Licenciado em Sociologia – UERR, Bacharelando em Ciências Sociais – [email protected]
Os fazedores – Afonso Rodrigues de Oliveira*“O que fazemos na vida é determinado pelo que comunicamos a nós mesmos.” (Anthony Robbins)E é isso aí. Tudo depende do nosso modo de pensar. É no que pensamos, que fazemos. Recentemente, um especialista falou, pela televisão, que os jovens, hoje, estão mal educados. Nada de novidade. Sempre foi assim e sempre será. Não podemos educar para o amanhã, quando fomos educados para hoje. E os educadores, hoje, estão mais perdidos do que os de ontem. Enquanto eles não conseguem, mesmo tentando, acompanhar o desenvolvimento intelectual dos jovens, perdem-se na tentativa. Simples pra dedéu. A diferença, a meu ver, do jovem de hoje para o de ontem, é que o de ontem pensava como o de hoje, mas não tinha como expressar isso. Se você tem mais de 60 anos de idade, sabe quanto era difícil você conversar com seu pai. A menos, claro, que você tivesse os mesmos pensamentos dele.
Nada mudou em termos de educação. Embora pareça que estamos noutro mundo, a verdade é que continuamos caminhando por veredas antigas e, praticamente ínvias. Pelo menos com destino à Educação. Um caminho, difícil de ser caminhado, com os trancos que continuam os mesmos e na mesma. A verdade é que nunca estivemos, nem estamos, preparados para a evolução que o mundo está, como sempre esteve, exigindo. E o perigo está precisamente na facilidade que o jovem tem de se comunicar, sem encontrar ambiente adequado.
Todo jovem, em todas as épocas, julgou-se o dono da cocada preta. Mas o jovem de hoje sente-se mais à vontade. E isso porque não está sendo bem orientado como os de ontem também não foram. Ainda não estamos suficientemente preparados para educar de acordo com as mudanças. Ainda somos e agimos como nossos pais. E o problema é que os jovens de hoje não vivem como vivemos na nossa juventude. E esse é o maior problema. Então tome cuidado quando estiver repreendendo seu filho. Não se esqueça de que não se aceita mais que os pais dirijam os filhos. Na verdade, os pais têm mais é que orientar os filhos, e não dirigi-los.
Por mais entendidos que pensemos ser, não somos o suficiente para saber como será o mundo na próxima década. Então vamos ter muito cuidado na educação dos nossos filhos. E sem querer ser antiquado, recomendo não se esquecer do alerta do Gibran Kallil Gibran: “Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles vêm através de vós, e nos de vós. E embora vivam convosco não vos pertencem”. Partindo desse princípio fica mais fácil você preparar seu filho para o futuro dele. Não esquecendo que ele vai viver o mundo dele e não o seu. Pense nisso.