Bom dia, E o governo do presidente Michel Temer (PSDB) não confia apenas na defesa agressiva feita pelo seu advogado já entregue na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Os defensores de Temer sabem que o julgamento da questão pelos deputados federais não é jurídico, mas essencialmente político. E o voto de cada parlamentar pode decidir o futuro de Temer no Palácio do Planalto. Por isso, todo o ministério do Governo Federal está, literalmente, empenhado em angariar votos, e não foi outra a razão que levou Temer a reunir todo o ministério, na quarta-feira, 05, antes da viagem à Alemanha para participar da reunião do G-20.
É neste contexto que deve ser olhada a visita que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, faz hoje a Roraima. Temer precisa de pelo menos 172 votos de deputados federais para evitar ser processado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A bancada de Roraima tem oito deputados e deputadas, o que significa quase 5% dos votos suficientes para acabar com o governo Temer, antes de 2018. Dentre todas as bandeiras que unem os deputados e deputadas federais do Estado, a construção do Linhão de Tucurui é, neste momento, a principal.
Por isso, Torquato Jardim destaca como principal item de pauta de sua permanência em terras roraimenses uma visita aos índios Wamiri-Atroari para convencê-los a deixar passar o Linhão de Tucuruí dentro de sua reserva. É pouco crível que ele consiga algo concreto, apesar de trazer na sua comitiva o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), o general Franklimberg Ribeiro Freitas. Os índios estão adredemente preparados para lidar com essa pressão e, por certo, vão empurrar para depois qualquer avanço de entendimento.
De qualquer forma, é uma boa desculpa para os parlamentares de Roraima que desejam manter Temer na presidência e votarão pela rejeição do pedido feito pelo Supremo Tribunal Federal. Aliás, Temer já prometeu, em mais de uma oportunidade, tocar a construção do Linhão de Tucuruí, e até hoje não se tem qualquer ato concreto neste sentido.ESPERADOComo era esperado, depois que ele voltou para o mandato, a Comissão de Ética do Senado Federal rejeitou, por 11 a 4, o requerimento feito por cinco senadores para o desarquivamento do pedido de cassação de mandato contra o senador Aécio Neves (PSDB). A Coluna confessa que não deu tempo para confirmar a informação, mas consta que os senadores Romero Jucá (PMDB) e Telmário Mota (PTB) votaram contra o desarquivamento. Com relação ao último, a surpresa fica por conta de uma nota dada anteriormente aqui, na Parabólica, dando conta de que ele desistira da indicação como titular da Comissão de Ética ao tomar conhecimento de que o notório Romero Jucá também seria titular na mesma comissão.SAIUO presidente Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e do Núcleo Sindical do PMDB, Antonio Neto, anunciou sua desfiliação do partido, depois de mais de 30 anos. Em carta ao presidente interino da legenda, Romero Jucá, o sindicalista afirma que não há como permanecer em um partido que, “sob o comando de uma pequena cúpula, que afronta o programa partidário; ignora os anseios e a vontade do povo; promove a destruição da Constituição de 1988; enxovalha a democracia duramente conquistada; desrespeita e desmoraliza os Poderes da República; rasga os direitos trabalhistas e sociais; avilta os direitos previdenciários; e enterra os sonhos da construção de uma Nação mais justa e igualitária”. Saiu disparando. NO GOOGLENo Brasil, as 562 terras indígenas ocupam mais de 116 milhões de hectares, cerca de 13% do território nacional. O Google integrou em seus programas de mapas, Google Maps e Google Earth, e fechou parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e as comunidades indígenas, para fornecer informações com nomes e limites das terras indígenas, territórios protegidos. Pela ferramenta, é possível buscar os territórios indígenas pelo nome dos grupos étnicos que os habitam e criando um sistema de monitoramento do desmatamento ilegal usando smartphones, sendo o primeiro projeto criado por indígenas para mapear possível degradação ambiental.CONTRAO senador Telmário Mota (PTB) criticou, nesta semana, a proposta feita pelo senador Romero Jucá (PMDB) do governo brasileiro de financiar a pavimentação da estrada Lethem–Lindem, em território guianense. Telmário reconhece que a obra no país vizinho, com 400 km, facilitaria as exportações e importações de Roraima, mas o Estado não tem produção suficiente para tanto, no momento. “O Estado já tem saídas para escoar a produção, via Manaus e via Venezuela. Vários municípios de Roraima não contam com acesso por asfalto. Essa verba poderia ser mais bem utilizada para atender às necessidades locais. Vamos primeiro aparelhar o nosso Estado antes de aparelhar o país dos outros”, disse. COALIZÃOAs nomeações do delegado Francisco Araújo para comandar a Secretaria de Segurança Pública (Segup), por indicação do Partido Ecológico Nacional (PEN), do deputado estadual Odilon, e também do ex-deputado estadual Titonho Beserra, por indicação do Partido dos Trabalhadores (PT), do deputado estadual Evangelista Siqueira, para a presidência do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), mostram uma guinada política no governo estadual. Antes resistente a qualquer negociação política envolvendo a composição de sua equipe, a governadora Suely Campos (PP) aderiu ao governo de coalizão.