Política

Presidente da Aderr diz que Estado está preparado para a auditoria do MAPA

Técnicos do Ministério da Agricultura devem vir a Roraima no próximo mês, quando avaliarão o status da febre aftosa no Estado

Recém-nomeado diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), o médico veterinário Vicente Barreto afirmou que Roraima está caminhando para avançar para o status livre da Febre Aftosa por vacinação, o que deve ocorrer após a auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), agendada para a primeira quinzena do próximo mês.

“Dos três estados que serão auditados pelo MAPA em novembro, nós somos, seguramente, o que está mais à frente na vacinação. Estamos mais próximos de nos vermos livres das sanções impostas pelo status em que ocupamos atualmente, que é o de médio risco”, informou ontem, 4, em entrevista ao radialista Getúlio Cruz, no programa Agenda da Semana.

De acordo com Vicente Barreto, mesmo tão próximo da data da auditoria, o Estado ainda precisa concluir algumas exigências realizadas pelo Ministério da Agricultura. “Para ficarmos livre da febre aftosa e aptos a comercializar o nosso gado, ainda é necessário que o Estado passe pela segunda etapa de vacinação e também que cumpra alguns requisitos considerados fundamentais para que o MAPA avalie positivamente o Estado”, disse, mostrando-se otimista quanto à vacinação. “Na primeira etapa, realizada no começo deste ano, foi vacinado 97% do rebanho durante a campanha. Os outros 3% foram notificados após o término da campanha e também vacinaram o seu gado, tendo sido, então, 100% do rebanho alcançado”, revelou o presidente da Aderr.

Quanto às medidas exigidas pelo MAPA, Vicente Barreto afirmou que os 28 itens já estão sendo trabalhados pela Aderr. “O próprio Ministério classifica esses itens em classes de prioridades, sendo quatro imprescindíveis”, disse, afirmando que a contratação dos técnicos de saúde animal concursados é a primeira. “Esta já está praticamente completa. Ao todo, serão 38 funcionários de carreira que estarão disponíveis nos escritórios para atender à população e que serão chamados até o final desta semana”, ressaltou.

Outro ponto destacado foi a conclusão da estruturação física dos escritórios da Aderr na Capital e no interior. “Já reformamos oito prédios da Aderr e estamos criando condições adequadas de trabalho no restante. Totalizando 28 escritórios nas sedes dos municípios e nos principais distritos”, explicou, ressaltando que a comunicação destes escritórios com o sistema de monitoramento também é uma exigência. “Estamos trabalhando dentro das limitações, que todos conhecem, da internet do Estado para garantir que essa comunicação seja eficaz”, frisou.

O presidente do órgão disse que um transporte de qualidade também foi cobrado pelo Ministério da Agricultura. “Até o final do ano, teremos 38 carros disponíveis para atender a população das comunidades mais afastadas”, afirmou.

Além disso, medidas como um fundo de indenização; manuais de padronização; cadastro de propriedades rurais; monitoramento de trânsito de animais (conhecido como GTA); entre outros devem ser providenciados. “Somos uma Agência de Defesa e, para defender nosso rebanho, precisamos conhecer todo o nosso território, por isso o controle é rígido. Mesmo assim, estamos com todas as exigências em fase de conclusão, o que nos deixa extremamente otimistas para a auditoria”, concluiu. (J.L)