Religião: o dinheiro!Qual é o seu corrupto favorito? Essa pergunta é uma “carona” dos comentários que surgiram nas redes sociais nessa disputa, no meio do lamaçal que veio a público com a Operação Lava Jato, entre quem se diz de “esquerda” e de “direita” (sim, com aspas, pois já se provou que, quando se trata de roubar os cofres públicos, não há diferenciação de ideologia ou partido, pois a religião dos corruptos é o dinheiro).
Mas esse questionamento deveria pautar a vida dos brasileiros de outra forma: temos um corrupto favorito para presidente e/ou governador nas eleições de 2018? Se temos, então é melhor fazer uma reflexão, pois o futuro do país, dos municípios a Brasília, vai depender de nossos votos.
Logo, a pergunta mais correta seria: “Eu tenho um corrupto favorito?”. Talvez aqui comecemos o exercício de exorcizar nossos demônios políticos e fazer nossa “mea culpa” para começar a colocar também nossas culpas nesse grande tabuleiro político em que o xadrez, até aqui, está sendo seletivo.
Antes que alguém pense: não, o ex-presidente Lula da Silva (PT) não é inocente, apesar dessa condenação meia-boca sem uma prova consistente. Ele também é responsável pelo enrolado e decorativo presidente Michel Temer (PMDB) estar no poder, pois foi ele, sim, o Lula, quem empurrou Temer para que ele fosse vice de Dilma Rousseff (PT), a presidente enxotada do poder por “pedaladas fiscais”, que hoje parece brincadeira de criança frente à corrupção que está vindo à tona, inclusive de Temer.
Assim como não é inocente Aécio Neves, reconduzido ao Senado e livre da prisão, a qual está sendo cumprida pela irmã dele, obviamente em prisão domiciliar. E mais os outros figurões no Congresso com ficha corrida na Justiça, alguns fora do foco da grande imprensa, porque a mídia também tem seus corruptos favoritos.
Sendo assim, a busca por um político honesto não é fácil, mas é preciso que façamos essa reflexão o quanto antes. Em Roraima, nessa disputa ao Governo do Estado em 2018, iremos votar no corrupto favorito ou vamos pensar no futuro do Estado? Iremos continuar elegendo os representantes dos mesmos grupos que só pensam em seu benefício próprio?
São questionamentos que devem nos pautar como cidadãos com o mínimo de consciência política, nesses tempos de corrupção sem medida. Embora estejamos em um beco de saída, é preciso, antes de tudo, uma tomada de consciência. Depois tentamos conseguir alcançar uma saída ou alternativa.*[email protected]