Da série “Orgulho de Roraima”OSMAN BRÍGLIA – (nome de Rua no Bairro Pricumã)
O pioneiro e patriarca Miguel Bríglia, nascido em Nápoles, na Itália, veio para o Brasil no século XVII (17). Era um fidalgo a serviço da família real Grimaldi e casou-se com uma plebeia, o que desagradou a sua aristocrata família. Então, Miguel veio para o Brasil, e desta união nasceram vários filhos, dentre eles o Francisco de Souza Bríglia.
Este foi para o Estado do Ceará, onde se casou com Maria dos Anjos Bríglia, e depois de alguns anos foi para o interior do Amazonas, passando a trabalhar com extração da borracha no rio Purus, já na fronteira com o Acre. Lá no seringal, nasceram os filhos: Osman Antenor, Cacilda e Lila. O Antenor deixou o seringal e veio para a região do rio Branco, em busca de ouro e diamante, chegando até a Venezuela e depois retornou para Boa Vista.O seu irmão Osman Bríglia nasceu no dia 10/06/1897 e era casado com a senhora Maria Cristina Silva Bríglia e desse casamento nasceram 13 filhos: Edmiro, Elza, Olgaide, Wanda, Raimundo, Jaime, Francisco, Heitor, Maria dos Anjos, Nízia, Shirley, Welington e Diva Bríglia.Osman e Cristina deixaram Lábrea e foram para Manaus, em busca de trabalho. Lá conheceram o senhor Tota Terêncio, que trabalhava em embarcação, transportando pessoas e mercadorias no trajeto: Boa Vista-Manaus-Boa Vista. Tota Terêncio convidou o Osman para vir para Boa Vista. E, ele veio. O ano era 1922. A princípio, Osman foi tomar conta de uma fazenda no interior, depois veio para Boa Vista, onde construiu sua casa na Rua Araújo Filho, 101, Centro.Tempos depois Osman foi para um garimpo na Venezuela, mas não deu. Voltou, então para Boa Vista, onde se empregou como chefe da Usina de Luz (que deu origem a CER – Centrais Elétricas de Roraima); depois, foi administrador do Mercado Central de Boa Vista e, por último fiscal da Prefeitura, aposentando-se nessa função.
Um dos seus filhos, o Wellington Bríglia, resolveu ir prá Manaus, onde passou a estudar Medicina. Osman, então, se fez acompanhar por sua esposa Maria Cristina e por sua filha Shirley, e a família passou a morar em Manaus até a formatura do Wellington. Para custear o estudo do filho, Osman montou um Box no Mercado São Geraldo em Manaus, onde vendia miudezas. Se em Manaus houve uma oportunidade de trabalho, também foi o palco de uma grande tristeza. No dia 05/05/1972, faleceu sua esposa Maria Cristina Bríglia. E, Osman, após a formatura do filho Wellington, retornou para Boa Vista.
A tristeza foi aumentada com a progressiva perda da visão, e Osman passou a ser cuidado com muito carinho pela filha Shirley Bríglia que ficou ao seu lado até o último momento, quando Osman faleceu no dia 14 de fevereiro de 1995, aos 98 anos de idade. A Câmara Municipal de Boa Vista, por iniciativa do à época vereador, Jesus Nazareno Laranjeira, aprovou um Projeto de Lei denominando uma rua no Bairro Pricumá, com o nome de: Rua Osman da Rocha Bríglia. O projeto se tornou lei e foi promulgada pelo Prefeito, à época, Ottomar de Sousa Pinto, como Lei nº 503, de 27 de dezembro de 1999.