Opinião

Opiniao 03 08 2017 4516

A Educação é a base do crescimento – Flamarion Portela*

A Educação é um direito fundamental resguardado na nossa Constituição Federal. Todo brasileiro tem direito, por lei, ao acesso a uma educação de qualidade.

É através da Educação que aprendemos a nos preparar para vida, a buscar os caminhos certos para nosso crescimento como ser humano e como profissional.

E um bom nível educacional melhora a economia de uma cidade, de um estado, de um país. Quanto mais gente estudando, mais oportunidades terão no mercado de trabalho, seja através da iniciativa privada ou de um concurso público.

E por falar nisso, lembro-me que quando fui governador de Roraima, institui o primeiro concurso público da história, o chamado “Concursão”. Aquele foi um marco para a história do Estado, mas também um divisor de águas no que diz respeito à melhoria do nível educacional da população.

Foi a partir dali que começaram a surgir os chamados “concurseiros”, pessoas que se dedicam a estudar compulsivamente com o intuito de passar em um concurso público. Conseqüentemente foram surgindo novos cursinhos, novas instituições de ensino superior, e Boa Vista foi se transformando, aos poucos, em uma cidade universitária.

E os reflexos disso tudo podem ser vistos até hoje. Temos uma população com um nível educacional dos melhores da região Norte, sobretudo entre os jovens, que cada vez mais se destacam no mercado de trabalho, ocupando espaços e conquistando áreas antes ocupadas por pessoas com um nível de instrução inferior.

E vem por ai mais uma oportunidade para quem se dedica aos estudos e está buscando seu lugar ao sol. O Governo do Estado já autorizou a realização de concurso em cinco órgãos públicos: Setrabes (Secretaria Estadual de Trabalho e Bem Estar Social), da Sejuc (Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania), PMRR (Polícia Militar de Roraima), Codesaima (Companhia de Desenvolvimento de Roraima) e PCRR (Polícia Civil de Roraima). É a oportunidade de ingressar no serviço público pela porta da frente e garantir a estabilidade profissional.

E, afora as dificuldades que são enfrentadas por quem estudam, sobretudo em instituições públicas, com a falta de estrutura, os constantes cortes feitos pelo Governo Federal nas universidades, o que acarreta queda de rendimento não pode esquecer que o mais importante é sempre lembrar que só através da educação poderemos sonhar com um povo mais civilizado, mais ordeiro, mais preocupado com seu futuro e do nosso estado de Roraima que, conseqüentemente, será mais forte, mais rico e com melhores oportunidades para todos.

*Deputado estadual e ex-governador de Roraima

Patologias dos pavimentos e necessidade de onerosa repavimentação asfáltica: como evitarGioconda Santos e Souza Martinez* e Maria Raquel Souza Martinez**

Nesse período do ano, na quase totalidade das ruas das cidades brasileiras e rodovias, surge um grande problema e, com ele, grande prejuízo: as patologias asfálticas. Notam-se especialmente nas ruas de maior tráfego nas cidades e nas rodovias grandes manifestações patológicas que são classificadas como panelas e vários tipos de trincamentos, trilhas das rodas, trincas nas bordas etc.

Já nos primeiros semestres do curso de Engenharia Civil, os alunos deparam-se com conceitos e técnicas do que se deve fazer para evitar tais patologias. Eles entendem como conceber uma boa e durável pavimentação, na qual inclusive é prevista a duração em termos de vida útil.

Tal duração, caso as fases de manutenção previstas em tais projetos sejam obedecidas, será garantida, com boas condições de trafegabilidade. Alguns fatores são decisivos para uma boa pavimentação, como um projeto bem executado da estrutura do pavimento, o controle tecnológico nas diversas fases e a não supressão dos elementos de drenagem urbana. Sabe-se que o somatório de tais fatores, aliado ao tráfego de veículos, cujas cargas excedem as previstas no cálculo do pavimento, geram tensões no solo que não são suportadas, tendo como consequência a ruptura da capa de revestimentos asfáltico.

Várias formas de tratar o problema são disponíveis na literatura, abordando aspectos preventivos, compreendendo as formas pelas quais se evitam os problemas, e aspectos corretivos, geralmente materializados na forma dos famosos tapa-buracos. É necessário destacar que todas as formas corretivas excedem os custos das demais.

Nesse contexto, apresenta-se um desafio: como planejar a urbanização das grandes cidades sem cair na armadilha de trabalhar com remediações constantes e, em consequência, com prejuízo aos cofres públicos?

*Engenheira civil, [email protected]**Graduando engenharia civil, [email protected]

Foi o que eu pensei – Afonso Rodrigues de Oliveira*“O que fazemos na vida é determinado pelo que comunicamos a nós mesmos.” (Anthony Robbins)Não há como sair dessa. Mesmo porque se você tentar contrariar só estará ratificando o que o Robbins diz. Só obtemos resultados no que pensamos. Pensamentos negativos trazem resultados negativos. Até os negativistas sabem disso. Só não sabem como sair da canoa furada.

Você pode estar expressando, mostrando e confirmando seu negativismo no seu falar. Pode parecer exagero, mas não é. Muitas vezes, pessoas que parecem bem sucedidas nem são tanto assim. Normalmente são pessoas que nem percebem o quanto estão sendo negativas em simples expressões. Quer um exemplo simples? Veja como você se sente quando uma pessoa, por mais bem sucedida que pareça ser, usa termos negativos, que parecem positivos. Por exemplo: você lhe pergunta sobre sua reação a determinado passado e ela lhe responde: “Sem dúvida nenhuma!” Observe que ela usou três termos negativos na resposta: Sem, Dúvida e Nenhuma. Quando poderia ter respondido: “Com Certeza.” Teria usado dois termos positivos: Com e Certeza.

E não se iluda, pensando que isso é papo furado. É no nosso falar que demonstramos nossos pensamentos. A vulgaridade é um ponto fraco. Você é mais admirado pela simplicidade no seu falar do que pela exuberância no vocabulário. A língua portuguesa é riquíssima nos seus desvios maravilhosos e enganosos. Muitas vezes você pode estar caminhando por veredas ínvias no linguajar, procurando ser o dono da língua. O mais certo é ser mais simples. O nordestino do sertão nos dá um zilhão de exemplos do bom falar falando “errado”. O escritor potiguar, Geraldo Queiroz, no seu livro “Geringonça do Nordeste – A Fala Proibida do Povo” nos dá um exemplo notável da beleza desconhecida e ignorada pelos brasis, no linguajar nordestino. Você sabe o que significa para o nordestino, um cara espoleta? É um cara alcoviteiro. Então não ria quando seu colega lhe disser que seu vizinho é um cara espoleta.

Nesse cadinho em que se fundem as culturas brasileiras, devemos ser mais esclarecidos em relação ao nosso falar; à maneira de nos expressarmos quando conversamos. É nas diferenças que aprendemos. Mas tenhamos cuidado no que falamos, porque é resultado do que pensamos. Então vamos ser francos, positivos, sinceros, sobretudo educados nos modos de falar. O linguajar faz parte da postura. E é nele que mostramos quem somos no que pensamos.

Cuidado com o que você fala no que você diz. E a simplicidade é fundamental para expressar nossos sentimentos em nossos pensamentos. Afinal somos o que pensamos. Pense nisso.

*Articulista [email protected]