Bom dia,O saudoso professor Carlo Casadio, mestre querido de várias gerações de roraimenses, dizia que o problema do Brasil era sua pequena população – na época com 80 milhões de habitantes –, que não formava um mercado suficiente para sustentar uma economia mais robusta. O mesmo diagnóstico ele fazia sobre Roraima que, na ocasião, tinha menos de 80 mil habitantes. Italiano, que deixou sua terra ainda jovem para fugir dos horrores da II Grande Guerra, Casadio viveu o resto de sua vida entre nós, mas sempre defendeu que Roraima e o Brasil tivessem suas populações aumentadas para gerar desenvolvimento. Afinal, ele viu sua Itália querida, superpovoada, crescer e se transformar numa economia pungente mesmo após a devastação causada pela guerra.
Na contramão das ideias do professor Carlo Casadio, desde aquela época os países desenvolvidos já disseminavam campanhas ideológicas e financiavam programas de controle da natalidade para evitar o crescimento da população de países, naquele tempo chamados de subdesenvolvidos. Como nação satélite, passamos a obedecer aos ditames impostos pelos países do primeiro mundo e, como decorrência, a taxa de crescimento populacional do Brasil é hoje de 1,27% ao ano, apesar de termos chegado à marca de um pouco mais de 207 milhões de habitantes.
Mas a exportação de ideias que servem ao primeiro mundo, e que são absorvidas como verdadeiras pelos países hoje chamados de emergentes, continuam intensas e abrangentes. E esse é caso do ambientalismo, que virou quase religião a ser seguida pelos habitantes da periferia. Esses princípios do ambientalismo são propagados pelas elites locais, que tomam de assalto o Estado, aparelhando-o para fazer impor essa ideologia a todo o conjunto da sociedade periférica. Em síntese, esse ambientalismo, em sua vertente radical, defende crescimento zero para a economia e população dos países da periferia. E esse movimento, como dissemos, virou quase uma religião.NADAA semana política termina praticamente hoje, e tudo continua como dantes neste quartel de Abrantes. O boato de que parte dos integrantes do G16, da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), iria declarar apoio à governadora Suely Campos (PP), com declaração pública na última quarta-feira, 30, não ocorreu. Fontes da Parabólica já haviam antecipado da dificuldade de fechamento do acordo em função de resistências no interior do governo estadual contra qualquer mudança na equipe de governo.COALIZÃOÉ compreensível que os deputados estaduais exijam, para fechamento de qualquer acordo com a governadora Suely Campos, a participação na equipe de governo, afinal, vivemos em plena época de governos que se sustentam em coalizões político/partidária. Que o diga o presidente da República, Michel Temer (PMDB), que deve fazer novas mudanças na equipe de governo quando retornar da China, onde foi tentar vender. Ele precisa aprovar algumas medidas para salvar seu governo e o próprio mandato. É assim a democracia de coalizão, e com a governadora Suely Campos não seria diferente.DE CAMAROTEQuem esfrega as mãos de contentamento com a quase impossibilidade de uma ampliação da base de apoio do governo na Assembleia Legislativa é o notório senador Romero Jucá (PMDB). Fontes da Parabólica dizem que dificilmente o deputado Jalser Renier (SD), presidente da ALE, aceitará enfrentar o desafio de disputar o governo, o que abre espaço para que Jucá imponha um nome para a disputa pelo comando do Palácio Senador Hélio Campos ao G16, mesmo que a escolhida seja a prefeita Teresa Surita (PMDB), que encontra forte resistência de alguns parlamentares. Se não houver outro polo forte, esses mesmos deputados tendem a apoiar qualquer candidato de Jucá. Afinal, eleições em Roraima ocorrem de forma pendular.DESNACIONALIZAÇÃOÉ bom que os brasileiros saibam que, nos últimos cinco anos, quase três mil grandes empresas brasileiras foram compradas por empresários estrangeiros, o que deixa o país cada dia mais refém da globalização. Esse número é importante, sobretudo quando o presidente da República, Michel Temer, está na China para vender a Eletrobras e entregar várias concessões aos chineses. O capital chinês, estatal ou privado, é um dos mais vorazes do mundo e pode sair dos mercados onde atua à primeira dificuldade de mercado. Será que o Brasil, vai conseguir bancar o envio de divisas para o exterior exportando apenas matérias primas vegetais e minerais? VISITAO professor Luiz Bragiato, reitor da Universidade da Amazônia (Unama) em Roraima, visitou ontem a Folha. Acompanhado da publicitária Ingleid Silva, coordenadora de ensino à distância daquela instituição, o reitor veio falar do início, agora em setembro, do funcionamento da Unama entre nós, e dos planos de expansão da instituição no estado. Economista, Bragiato tem larga experiência na administração de instituições de ensino superior no Paraná e na Bahia. Pelas metas propostas, os dirigentes da Unama têm firme convicção no futuro da terra roraimense.