Servidor não é brinquedo não
Enquanto a excelentíssima fazia discurso para ambientalista ver, na Alemanha, do outro lado do mundo, os servidores públicos estaduais se postavam em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, em uma paralisação para cobrar melhoria salarial e a aprovação do Plano de Carreira, Cargos e Remunerações (PCCR). E os governistas, que se juntaram em um acordão para ser maioria na Assembleia Legislativa, se fazem de moucos.
Parece que os políticos e mandatários fingem que, em Roraima, não é bom negócio mexer ou ignorar servidores, pois são eles que pesam na balança de qualquer campanha eleitoral e, acima disso, fazem girar a economia por meio da economia do contracheque. Então, por que esse governo age de forma desprezível com o funcionalismo público?
Não precisa ser nenhum gênio na política para responder a esse questionamento: porque quem está no poder acha que pode virar a mesa quando a campanha eleitoral chegar, como sempre fizeram, por meio do uso da máquina, do esbanjamento do dinheiro público, da compra descarada do voto e de muitas promessas – como fizeram com os servidores na campanha passada.
O que muitos estão esquecendo é que a população votou neste atual governo não porque achava espetacular esse grupo político, mas porque depositava confiança de que pudesse mudar a situação do Estado, que foi depenado e sucateado pelo grupo anterior que se deleitava com a caneta e a chave dos cofres nas mãos.
Havia uma sede muito grande de tirar o governo das mãos de quem se mostrou um desastre administrativo, que endividou o Estado e sufocou a população com um desmando até então nunca visto por aqui. E estamos caminhando para uma nova eleição e o que era expectativa virou uma grande decepção, a exemplo dos servidores públicos, que estão sendo obrigados a deixar o seu local de trabalho e seus lares para protestar em frente ao Palácio do Governo.
Políticos, atentem-se! Vocês não fazem ideia do que será a próxima campanha eleitoral diante de um povo escabreado com a podridão da política pós-Lava Jato e de uma crise profunda gerada por causa da corrupção generalizada no país.
Quem está pensando que ainda poderá agir com antigas práticas em campanhas eleitorais trate de colocar algumas pulgas atrás da orelha, principalmente em tempos de internet e redes sociais. Só para reforçar: em Roraima, ninguém brinca ou tripudia com servidor público. O tempo vai dizer. Anote isso aí…
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