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Em solenidade realizada, ontem (segunda-feira), na sede do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que o Ministério Público Federal (MPF) deve redobrar o combate à corrupção no Brasil. Reconheceu que nos últimos tempos o assalto aos cofres públicos, isto é, a roubalheira de dinheiro público atingiu índices alarmantes, como nunca na história republicana brasileira. Segundo analistas políticos, Dodge estaria preocupada com a imagem do MPF desgastada depois de sua posse, em virtude da propalada aproximação dela, com políticos do PMDB, partido que abriga em seus quadros dirigentes a nata dos denunciados por essas mesmas práticas de corrupção que ela diz escandalizar-se.

Depois de sair do CNPM, Raquel Dodge participou de uma entrevista coletiva com jornalistas. Indagada como explicar que vai redobrar o combate à corrupção, se desde que assumiu a Procuradoria Geral da República (PGR) já mandou arquivar 26 processos investigatórios contra políticos com Foro privilegiado, Dodge disse que suas decisões foram técnicas e baseadas em dois pontos: alguns processos investigatórios eram sobre crimes cuja punição estava prescrita e nalguns casos os investigadores disseram não ter mais como coletar provas válidas. É assustador, do ponto de vista ético e moral, que a chefe do Ministério Público Federal venha a público dizer que 26 presumíveis corruptos e canalhas fiquem impunes por conta da ineficiência criminosa dos órgãos de fiscalização. Pobre Brasil.

IMPUNIDADEÉ igualmente assustador a indiferença da população brasileira contra um Supremo Tribunal Federal, que depois de quase quatro anos de Lava Jato ainda não condenou qualquer um dos canalhas denunciados – alguns com mais de uma dezena de processos – pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Parece ficar claro que os ministros da Suprema Corte deixam o tempo passar para que eles, os canalhas, destruam e escondam provas, e ganhem a impunidade pela prescrição dos crimes. Fossemos um país, o ministro que assim procedesse deveria ir fazer companhia aos corruptos na cadeia. Aqui, não, eles também parecem inalcançáveis pela Lei, e seguem ganhando altos salários.

PREFEITOSA governadora Suely Campos recebe nesta terça-feira, 5, prefeitos de municípios do interior de Roraima. Suely vai presidir solenidade, no Palácio Senador Hélio Campos, às 10h, para o lançamento do programa Licencia Já, um sistema “on-line” da Fundação Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (FEMARH) para automatizar e agilizar a emissão de licenças ambientais. A governadora vai entregar a cada município uma picape S-10 4×4 a diesel. Doze, dos 15 prefeitos, confirmaram presença ao evento. Não responderam ao convite o prefeito de São Luiz e a prefeita de Boa Vista. AMBIENTALOs veículos deverão ser utilizados pelas Secretarias Municipais de Meio Ambiente, para auxiliar no monitoramento e na fiscalização ambiental, principalmente para agilizar a liberação das licenças para os pequenos produtores. Os carros foram adquiridos por meio de convênio do governo estadual com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que inclui outras 15 viaturas para aparelhar a FEMARH. AFTOSAO ministro da Agricultura e Abastecimento, Blairo Maggi, reconheceu nesta segunda-feira (4), o estado do Amazonas como livre de febre aftosa com vacinação. Ele aproveitou a oportunidade para mandar uma boa notícia para os pecuaristas roraimenses: em 2019 Roraima, Amapá, Acre e parte de Rondônia já iniciarão o caminho para a obtenção do certificado de “livres da febre aftosa sem vacinação”. A medida amplia a possibilidade de esses estados irem ao mercado internacional para vender carnes. SÓCIO OCULTODeu na revista Época, do Grupo Globo. Funcionários de um grande banco estão assoberbados com uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, para que sejam vasculhadas transações financeiras de uma empresa de comunicação local, que seria ligada a um parlamentar federal do Estado. Segundo a revista, o volume de informações é tanto que o banco pediu mais prazo para dar conta do recado. O objetivo do levantamento é para investigar se o referido parlamentar é sócio oculto de uma emissora de televisão local. E precisa? Perguntamos nós. Basta indagar em qualquer esquina de Roraima que todos já sabem disso. ANTIPATIA MÚTUA?Nos bastidores da política local era dada como certa uma antipatia mútua entre o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE), Jalser Renier (SD) e a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB). Acontece que no “Natal em Família”, promovido pela Assembleia Legislativa, o comportamento dos dois mostrou que ainda tem muita água para rolar, quando se trata do cenário para as eleições 2018. A festa, cheia de políticos e parlamentares, mostrou que a possível inimizade entre eles, não é bem assim. Jalser convidou Teresa para o palco, chamando-a de “grande amiga” e ainda fez questão de posar junto para diversas fotos publicadas em suas redes sociais.

INFRAÇÕESLevantamento feito pela Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito mostra que num intervalo de cinco dias (1º a 5 de novembro) os radares espalhados pelas ruas e avenidas de Boa Vista e os semáforos colocados nos principais cruzamentos dessas artérias registraram mais de 50 mil infrações, envolvendo excesso de velocidade e avanço com sinal vermelho. Segundo o mesmo levantamento, existem condutores que acumularam mais de cinco multas neste curto intervalo de tempo.

 

ERRATAEm atenção à nota denominada “BASTIDORES”, publicada no dia 16 de agosto de 2017, a Folha ERROU ao divulgar que o Sr. Renato Amorim teria sido exonerado da presidência da CERR por conduta antiética. Segundo as informações repassadas à editoria, o ex-presidente teria levado para “cortar” a faixa de inauguração de uma subestação no Município do Bonfim o senador Romero Jucá, e não a governadora Suely Campos, uma vez que a obra teria sido realizada pela Seinf. Como esclarecido com documentação repassada ao jornal, ficou claro o erro na informação, pois a obra foi realizada pela Eletrobras, e não pela Seinf. O Sr. Renato Amorim já tinha sua exoneração acordada com o Governo do Estado, em data anterior à inauguração, e o mesmo nem esteve presente na ocasião supracitada, portanto, não cometeu nenhum tipo de conduta antiética. Em conformidade ao acordo no processo judicial de número 0823793-93.2017.8.23.0010 e, no desejo de a Folha sempre trazer a informação correta para o seu leitor, está feita a correção.