Servidores do quadro geral do Governo do Estado, ligados ao Sindicato dos Trabalhadores Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima), fizeram uma manifestação, na manhã de ontem, em frente ao Palácio Senador Hélio Campos para cobrar que o Poder Executivo encaminhe o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da categoria à Assembleia Legislativa.
A promessa de que o Governo do Estado encaminharia o texto até o fim da semana passada foi feita pelo secretário estadual de Gestão Estratégica e Administração, Frederico Linhares, durante audiência pública entre servidores e deputados estaduais realizada no dia 24 de setembro na ALE.
“Estivemos em frente ao Palácio do Governo tentando conversar com a governadora [Suely Campos, do PP] ou com a secretária-chefe da Casa Civil [Danielle Campos Araújo] para ter uma resposta sobre esse encaminhamento do PCCR, mas não obtivemos resposta. Não desceram nem para dizer se vão encaminhar ou não”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira.
O sindicalista lembrou que durante a audiência pública, o titular da Segad assegurou que o texto estava pronto, com o impacto financeiro e os pareceres finalizados. “Por que não mandaram? Dizem que está pronto e que só falta encaminhar para a ALE. Se está faltando caneta, nós levamos a caneta. Nós clamamos para a governadora que encaminhe o PCCR. São 11 anos de esquecimento”, frisou.
Figueira citou também a possibilidade de realização de uma solenidade para a assinatura da mensagem governamental, como anunciado por Frederico Linhares em entrevista à Folha, na semana passada. “Se querem fazer um evento, que nos chamem que nós iremos para lá. Não aceitamos desculpas pelo encaminhamento do PCCR”, afirmou.
Para o sindicalista, a demora no encaminhamento do texto à Assembleia Legislativa é uma demonstração de falta de respeito do Governo do Estado com a categoria. “Nós representamos mais de quatro mil servidores. Estamos cobrando o que nos é de direito”, destacou.
O presidente do Sintraima não descartou a possibilidade de paralisação. “Quem movimenta o Estado são os servidores do quadro geral. Se a educação ou a saúde para, o Estado não para porque nós trabalhamos para isso. No dia que nós acordamos e dissermos que vamos parar, o Estado para. Estamos nos mobilizando na Capital e nos municípios”, afirmou.
GOVERNO – Em nota, o Governo do Estado informou que devido à identificação de inconsistências no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) dos servidores do quadro geral, a proposta foi encaminhada à Secretaria Estadual de Gestão Administrativa (Segad), que corrigirá as falhas e vai inserir mais categorias no Plano, de forma que amplie o benefício a mais servidores do quadro efetivo.
“Após as correções, a proposta será encaminhada para a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para avaliação e parecer jurídico para posteriormente ser levada à análise e votação na Assembleia Legislativa de Roraima”, afirmou. (V.V)