Bom dia,
E na solenidade, sempre muito formal, como gostam os magistrados brasileiros, na volta do recesso do Poder Judiciário, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmem Lúcia, fez um discurso para reforçar o respeito àquele poder, afirmando que suas decisões podem ser objeto de recursos, mas nunca desrespeitado. Tão logo muitos analistas vieram à mídia, interpretando que o recado dado pela presidente da Suprema Corte fora endereçado a Lula da Silva, e seus companheiros de PT, que depois da condenação do ex-presidente no TRF, da 4ª Região, disseram poucas e boas contra o resultado, tendo algumas lideranças petistas ameaçado desobediência civil contra ela.
É claro, enquanto discursava, é bem possível que Carmem Lúcia tivesse na cabeça os petistas que se rebelaram contra a condenação de Lula da Silva, afinal, eles se mostraram mais afoitos, e explicitaram seu descontentamento. Por isso mesmo, eles merecem mais respeito que os canalhas que agem na surdina, e nos bastidores, para estancar a sangria provocada pelas revelações da roubalheira que dela se aproveitaram. Esses são mais sórdidos, e é claro, também lhes cabem na cabeça a carapuça contida no discurso da presidente do STF. Eles estão aí; livres, leves e soltos ainda com a mão na botija, distribuindo dinheiro público para seus apaniguados espalhados Brasil à dentro.
Embora duro, e endereçado à putrefata classe política tupiniquim, o discurso de Carmem Lúcia ficou longe de animar àqueles que têm mais consciência e informação. A ministra não falou uma vírgula contra as mazelas do poder que preside duplamente, na Suprema Corte e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Não tangenciou sequer, a inexplicável situação dentro do mesmo STF, que até hoje -e lá se vão quase cinco anos- não julgou qualquer um dos políticos com mandato, que se escondem sob o manto protetor do odioso instituto do foro privilegiado. Não fez qualquer mea-culpa sobre o protagonismo e a politização exagerados de alguns membros do Judiciário, inclusive na própria Suprema Corte.
SEM ALARDEComandada atualmente pelo general de Brigada Gustavo Henrique Dutra de Menezes, a 1ª Brigada de Infantaria de Selva (Brigada Lobo D’Almada), comemorou sem muito alarde, no último dia 29 de janeiro, o 72º aniversário de criação, e o 26º de instalação em Roraima. Infelizmente, poucos no Estado conseguem avaliar a grande importância dessa unidade militar entre nós, tanto no plano econômico -aumento da demanda interna gerando mais negócios no Estado-, quanto no plano militar com a presença brasileira mais intensificada em nossas fronteiras. Quisera que tivéssemos um maior contingente de militares por aqui.
ESPANTOSOFotos que chegam através de todas as plataformas de comunicação mostram um espantoso movimento de saída de venezuelanos também para a Colômbia. São milhões de famílias que estão deixando a Venezuela, tangidos pela fome e desemprego causado pela desastrosa administração de Nicolás Maduro. Talvez seja por isso, que ele decidiu convocar eleições presidenciais naquele país para o próximo 30 de abril próximo. Mata dois coelhos com uma só cajadada: aproveita a desorganização da oposição -brigando entre si- e ao mesmo tempo manda para outros países um enorme contingente que provavelmente votaria contra ele, revoltada contra a miséria criada pelo governo desastrado que ele preside.
OS MESMOSBasta acompanhar as postagens dos políticos em suas andanças -eles já estão em plena campanha-, para ver que os “operadores” da política e das eleições em Roraima continuam os mesmos nessas últimas três décadas. É um monte de gente pendurada em empregos públicos, cargos comissionados, alguns vereadores, ex-prefeitos, pequenos comerciantes que dependem de prefeituras para sobreviver. São profissionais acostumados a fazer corte e bajulação aos velhos políticos do Estado -muitos dos quais corruptos, e que financiam esse esquema-, impedindo a renovação dos quadros políticos do Estado de Roraima.
CENSO 1Órgãos de segurança da Presidência da República se reuniram na tarde de ontem, dia 1º, no Palácio do Planalto para tratar sobre a realização do censo dos imigrantes venezuelanos em Roraima. Segundo informações repassadas à Folha pela Casa Civil da Presidência da República, a reunião foi para tratar da metodologia do censo e da coleta de informações a ser realizada.
CENSO 2Estiveram presentes na reunião representantes da Subchefia de Articulação e Monitoramento da Casa Civil (SAM/CC), Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Ministério da Defesa (MD), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e Departamento da Polícia Federal (DPF). Tomara que não seja apenas para empurrar o problema com a barriga.
IMPROBIDADEUm ex-superintendente local do Instituto Nacional de Colonização (Incra) foi denunciado por improbidade pelo Ministério Público Federal (MPF), e poderá ser considerado culpado criminalmente pela Justiça Federal. O crime cometido pelo ex-superintendente? Ele deixou de prestar várias informações solicitadas pelo próprio MPF, em processo investigatório sobre a transferência de dinheiro público para o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), em detrimento de assentados do Projeto de Assentamento Jatobá. Civilmente, ele já foi condenado a pagar uma multa de R$ 10 mil, teve direitos políticos suspenso e está impedido de contratar com o serviço público.