Para que(m) a incoerência serve? – Tom Zé Albuquerque*
O Brasil está cada vez mais polarizado. Esta distinção havia ocorrido há muitas décadas através das duas ditaduras militar e comunista. Mas agora o formato é outro, fisicamente mais ameno, mas oxigenado pelas redes sociais através dos argumentos dos mais variados e desvairados.
Por mais que eu leia, estude, busque, mergulhe nas raízes históricas sobre o movimento esquerdista, menos eu compreendo o paradoxo da esquerda brasileira. As chamadas lutas de classe são, em verdade, bolhas de interesses grupais, a segregar o máximo possível a nação carente de líderes probos, de uma já identidade arranhada, de pessoas de bem sem perspectiva de uma figura que conduza os rumos do rico país, porém empobrecido por um modelo ainda patrimonialista, de sustentação às minguadas facções políticas que regem insanamente o Brasil.
As contradições das personagens que se projetam como mutantes sociais beiram ao ridículo, sob argumentos caducos, tais como: “interferência do tio sam pelo capitalismo”, ou “as minorias são sempre prejudicadas”, ou ainda (e absurdamente pior), “o brasileiro deve ter orgulho de ser pobre”. É a síndrome do vira-latismo que há tempos uma esquerda desorientada no Brasil tenta incutir em nossas mentes, para qual o interesse subliminado é gerar dependência transformando a sociedade em duas células: os apaziguados aristocráticos bancados pelo governo com cargos, dinheiro e pompas, por muito sob o lastro de sustentação oriundo do crime e seus abundantes recursos; e a outra, de milhões de miseráveis à cata de migalhas de um poder central e déspota.
Esse modelo cubano, e mais tarde venezuelano, são formalmente exaltados por atores partidários da esquerda brasileira, através de divulgações em forma de notas ou cartas de apoio àquelas nações desvalidas. Além disso, os partidos vermelhos se inclinam em seus diretórios com propostas bizarras que assustam e deprimem parte minoritária e lúcida da sociedade que, com um otimismo titânico e uma ingenuidade infantilizada, acreditam serem esses desvarios nada mais que opiniões enviesadas e soltas sem nenhum propósito específico. Mas não é…
O que dizer de um partido que faz apologia ao consumo de drogas? Por que se tanto prega no meio esquerdista a ideologia de gênero? Como descrever o descaso dos partidos de esquerda para com as atrocidades cometidas pela bandidagem no extermínio a centenas de policiais por cada ano no Brasil, deixando órfãos milhares de cônjuges e filhos? Por que os vultos e adeptos do esquerdismo brasileiro não bradam contra o tráfico de drogas? Para tudo se tem uma explicação, justificativa, sedução ou conveniência, mesmo que seja a mais maligna possível.
Em 2006, o Filósofo Olavo de Carvalho publicou um artigo que desnudava bem essa realidade sobre a incongruência da esquerda no Brasil: “… a expectativa falsa quanto ao futuro já falsifica a vida presente: ela perpassa toda a biografia de cada militante, tingindo de farsa e autoengano cada um de seus atos e pensamentos, mesmo os mais íntimos, pessoais e aparentemente alheios à luta política”. A ignorância deve ser algo orgasmante. Saber é, afinal, sofrer?
*Administrador
SER MULHER – Vera Sábio*
Ser mulher é bem mais além do que estar mulher. Pois, ser mulher é ter espírito feminino, sensível, desprendido e doador. Mulher de verdade é aquele ser que Deus desenhou para fazer uma poesia com a vida. O homem com o gênero dominador e diversas vezes egoísta, primeiro pensa em si, depois resolve para si e se sobrar condições e tempo, tenta fazer algo por alguém.
A mulher é aquela que está presente em todos que ela ama e estão sobre seus cuidados; se preocupa, cuida, distribui e acaba sendo a soma de tudo que doa.
O sexo pouco contribui na alma feminina, afinal já presenciamos atrocidades ridículas, realizadas por seres femininos, mas que não possuem espírito de mulher. No entanto quer ser generoso, quer ser solidário, quer doar bem mais do que receber. Seja mulher.
Seja mulher e adote como mãe, seja mulher e reparta a vida, seja mulher e faça do mundo um local bem melhor. Que a grande mulher menina e santa, a mãe de Jesus e nossa, nos ensine com sua serenidade e amor, a sermos mulheres agraciadas por Deus e fortes para ultrapassar os obstáculos em prol de mais vida, mais paz e menos egoísmo.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, escritora, esposa, mãe e cega com grande visão interna.CRP: 20/04509
O outro lado do espelho – Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Bendita crise que me faz dar mais importância à vida” (Mirna Grzich)
Só quando damos importância à nossa vida a vivemos realmente. Sempre houve, e sempre haverá a maioria que passa pela vida sem viver. Por que permitir que as crises destruam sua vida? Porque esta está destruída quando não vivida. Simples pra dedéu. Recentemente assistimos a um programa pela televisão, sobre o perdão. O que mostrou-nos o quanto ainda estamos na gangorra troglodita. Ainda há quem ria quando falamos do poder que temos em nós mesmos, para viver a vida que devemos viver. Porque a felicidade não está no poder econômico que temos, mas em como sabemos usá-lo.
Machado de Assis disse: “Dinheiro não traz felicidade para os que não sabem fazer bom uso dele”. Pare de reclamar da crise. Ela sempre esteve sobre a Terra e sempre estará. Cabe a cada um de nós saber como encará-la e enfrentá-la. O que é muito comum no nosso dia a dia. No programa a que me referi, falavam sobre o poder do perdão. Ora, se ele é o poder, por que não o mantemos conosco, independentemente do que poderia exigir sua presença? O perdão deve estar sempre ativo em nós mesmos.
Quando sentimos a necessidade de perdoar é porque não soubemos encarar a afronta. E encará-la é simples pra dedéu. É só aprender a fazer uso do seu espelho interior. Quando alguém enganar você, mire-se no seu espelho interior e se pergunte: ele me enganou ou eu me enganei com ele? Se você se enganou, você foi o tolo. Então se corrija e aprenda a encarar a crise provocada por seu despreparo. Sorria pra você mesmo e lembre-se da fala do personagem da peça teatral “Compra-se um marido”: “Não há bobo mais bobo do que o bobo que pensa que eu sou bobo”. Um modo simples, não de encarar, mas de não criar
a crise.
Temos, na vida simples, uma caminhada que não admite crises. Elas são meras dificuldades. E como tal devem ser encarada com personalidade. As veredas ínvias existem, mas podem ser evitadas. E tudo depende da nossa capacidade de caminhar. E a vida é uma caminhada intensa que requer sabedoria, firmeza e racionalidade. E os racionais não precisam sair por aí procurando o que já está neles. E você é um ser de origem racional, como qualquer um de nós. Somos todos iguais nas diferenças. O inteligente é conhecer e respeitar as diferenças.
Nunca permita que os desregulados desregulem sua vida e seu modo de viver. Lembro-me daquele delegado de polícia que certa vez falou pra mim: “Afonso… não haveria vigaristas se não houve os otários”. Pense nisso.
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