Interesses, feudos, facções… um país!
Tom Zé Albuquerque*
O crime no Brasil compensa! É trágico afirmar algo assim, mas não há como arredar ante o sistema jurídico montado no país, que nos leva a crer que fora arquitetado para não punir, não prevalecer a pena e, muito pior, seletivar quem deve ser enquadrado ou não.É muito comum as pessoas bradarem por justiça, especialmente quando algo terrível acontece em suas vidas. Não, ela não virá; mas se vier será fatiada e cheia de lacunas pelas interpretações e valas que o arcabouço jurídico oferta, transformando a sociedade em refém, desde os magistrados até o cidadão mais humilde. O Brasil, alheio a um modelo moral, mas farto de uma cultura pobre de conhecimento científico e crítico, é imolado pelo senso comum padecendo de joelhos pelo que se é imposto, ora pela mídia comercial, ora pelo poder político que sobrevive enraizado pelo controle e arbítrio econômico. Ser bandido no maior país da América Latina virou profissão. A permissividade pela inversão de valores imposta e a transformação daquilo que era raro e virou comum oxigenam essa balbúrdia. O sentimento de impunidade de crimes cometidos causa desânimo nas pessoas probas no país. O círculo vicioso brasileiro da desordem e da burla virou comédia pastelão mexicana. O futuro é sombrio… para a próxima geração a trapaça também será evidenciada, algo já notado atualmente em adolescentes e até em crianças, provavelmente pelos exemplos repassados por seus genitores. Os presídios estão lotados, mas os reais criminosos, os autores dos crimes hediondos deste país estão soltos. Maluf (dono do termo “malufismo”, como sinônimo de corrupção) navegou de jatinho particular para gozar de sua prisão em sua mansão. O ex-presidente Lula, condenado em duas instâncias, vive a disparar suas asneiras nos seus sempre discursos bestiais e demagógicos pelo Brasil, em campanha eleitoral antecipada (outro crime), bancado por sabe lá quem. Parte dos também comprovadamente corruptos do Rio de Janeiro curte suas penas em seus confortáveis e luxuosos lares, erguidos com o suor do povo carioca. Recentemente um notável filósofo amazonense, radicado em Roraima, suscitou a possibilidade de se implantar no Brasil e pena de morte, mas impôs uma condição: que a lista dos condenados fosse puxada pelos políticos corruptos. Bem, nesses termos, não vai rolar! Deixa como está, até porque ia faltar seringa, corda ou projétil. De qualquer sorte, há de se exaltar a eficácia da pena de morte para os infratores, prova é que na Indonésia, depois que assassinaram dois brasileiros por tráfico de drogas, curiosamente nunca mais se viu nenhum caso dessa natureza voltado àquele país, por parte da bandidagem oriunda do Brasil.No país da impunidade, se dá até benefício para presidiário por bom comportamento, como se não fosse obrigação do condenado cumprir regras na prisão. Ao contrário, a pena que deveria aumentar caso houvesse caso de indisciplina durante sua estada na prisão. Tudo invertido. Bandido não é vítima da sociedade! Este argumento tem interesses escusos por detrás, justamente para alimentar o que deveria ser aniquilado. A criminalidade é um negócio rentável no Brasil.
*Administrador
Semana Santa
Vera Sábio*
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, disse Jesus.Quem existe, foi criado, tem um tempo para começar e acabar; nasce, vive e um dia morre.Porém, quem é simplesmente é, e mesmo antes que algo exista, não tem começo e não terá fim. Assim é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Deus são 3 que são um só. Mistério da “fé”. Por isso, Jesus disse que é o caminho, e não que somente faz, ou percorre o caminho. Ele é e por esta sua forma real de ser, como Deus, se tornou homem e ressuscitou para nos ensinar o seu caminho, a sua verdade e a sua vida; enfim, ensinar e dar o exemplo de quem Ele “é”…Ele é bondade, Ele é amor, Ele é esperança, Ele é perdão e ele é santo…”Sois Santos, como Deus é Santo”.Temos diversos feriados durante o ano, a maioria deles, sem uma boa justificativa. Todavia independente de ser feriado ou não, esta semana deve ser um momento grande de reflexão para todos os Cristãos não importando a denominação da igreja que segue. Aquele que é Cristão, precisa ter o propósito de seguir os caminhos de Cristo e nesta “semana santa”, lembrar e agradecer pelo enorme sofrimento de Jesus Cristo para que sejamos salvos. Transformando esta semana em cada dia de nossa vida.Morrer para os Cristãos não é o fim, pois Jesus nos ensinou que além do horizonte existe uma luz e esta luz é o próprio Jesus que decepou todas as trevas para nos entregar a eternidade. Façamos da Semana Santa este momento de encontro com Jesus, buscando Jesus em cada irmão que mais sofre e perdoando aqueles que nos ofenderam. Assim estaremos dando um passo ao rumo da verdadeira felicidade, que é Jesus.Páscoa, passagem da morte para vida. Que morra em nós tudo o que não presta para que tenhamos a vida em Jesus, seu criador.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, escritora, esposa, mãe e cega com grande visão interna.
CRP: 20/04509
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Do lado esquerdo do peito
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“O caráter de um homem é a firmeza dos seus princípios”. (Francisco Cândido)
Já perdi grandes amigos pelas caminhadas da vida. E que caminhadas. Recentemente perdi mais um amigo, com o falecimento do Ramiro. Uma amizade que construímos logo nos primeiros dias de minha chega a Boa Vista, em Roraima. Uma amizade simples e construtiva, iniciada na demonstração de cidadania, respeito e consideração mútuos. Mas, como disse o ex-governador paulista, Laudo Natel: “Saudade é a presença da ausência”. Por tanto, não haverá ausência, porque haverá saudade. Onde quer que você esteja Ramiro, estará presente em minha memória, e na do meu filho Alexandre Magno, o verdadeiro elo que ligou nossa amizade, há exatamente quatro décadas. Um tempo que nunca passou, nem passará. Embora o físico não signifique mais entre nós, fica o carinho do abraço quebra-costelas. O carinho de uma amizade que nunca morrerá. Uma ligação afetiva que permanecerá. A amizade, que é “uma coisa que se guarda do lado esquerdo do peito” permanecerá sempre, no co
ração dos que nos respeitam e nos têm, e mantêm, no que realmente somos. Cultive sempre suas amizades, escudadas na sinceridade, na honestidade e, sobretudo no respeito. E o amor é o alicerce para a construção da amizade. Cultive sempre suas amizades e elas farão de você um ser participante da humanidade. Mesmo porque os otimistas sabem que nem todos os seres humanos fazem parte da humanidade. Porque dela só fazem parte os que vivem para seu desenvolvimento.Faça sua parte no desenvolvimento da humanidade, cultivando amizades sadias que possam fazer você se sentir feliz com a felicidade das outras pessoas. E o importante é que entendamos que cada um de nós é responsável pela sua própria felicidade. Que ninguém, além de você mesmo, tem o poder de fazer você se sentir feliz. Valorize-se nas amizades que você tem. Construa-as para o desenvolvimento da humanidade. Tenha-a sempre como um modelo de construção. Tudo de que você precisa para ser feliz está em você mesmo, todo o poder que você tem. Respeite sempre seu próximo e procure alimentar e manter a amizade que você acaba de construir. É nela que você vai viver momentos felizes, mesmo quando na saudade. O Bob Marley já disse que: “Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração escorrega pelos olhos”. Cultive-a, mas com carinho e respeito, nada de euforia nem banalidades. Ela, a saudade, não admite o fora da racionalidade. Ame, respeite e viva intensamente. É assim que construímos as amizades que não nos separam com as lembranças. Pense nisso.