Bom dia,
Como o bolivariano Nicolás Maduro não para de criar o caos tanto internamente na Venezuela como com seus vizinhos, o governo da Guiana entregou uma solicitação à Corte Internacional de Justiça (CIJ), sediada em Haia, na qual pede ao tribunal para que valide legalmente o Laudo Arbitral de 1899, relacionado com a disputa com a Venezuela pela região de Essequibo, na fronteira entre os dois países e rica em recursos naturais. A solicitação foi feita após o secretário-geral da ONU, António Guterres, escolher esta Corte como melhor opção para resolver a controvérsia.Na carta, a Guiana ressalta que a Venezuela reconheceu consistentemente e considerou o laudo válido por mais de 60 anos. Porém, em 1962, o Governo de Caracas apresentou à ONU um recurso alegando que o documento foi elaborado de maneira fraudulenta. Mas, a Guiana argumentou em comunicado divulgado no site de seu Ministério das Relações Exteriores, que a Venezuela nunca mostrou evidências para justificar a rejeição ao laudo e a “usou como desculpa” para ocupar o território oferecido à Guiana em 1899, além de “inibir o desenvolvimento econômico do país vizinho e violar sua soberania e direitos soberanos”.A disputa por Essequibo esteve sob mediação das Nações Unidas desde a assinatura do Acordo de Genebra, em 1966, mas se intensificou depois que a companhia Exxon Mobil descobriu em 2015 reservas de petróleo em águas na região do litígio. O governo venezuelano respondeu à descoberta com um decreto que redistribui o território venezuelano em áreas conhecidas como Zonas Operativas de Defesa Integral (ZODI) e inclui esse território marítimo em discussão.No dia 30 de janeiro, Guterres deu como esgotada sua gestão na controvérsia por Essequibo. Em 2016, através de seu então secretário-geral, Ban Ki-moon, a ONU tinha afirmado que se não houvesse “um avanço significativo” nas discussões fronteiriças até o final de 2017, elegeria a CIJ como o próximo meio para a resolução da controvérsia.A notícia sobre essa nova fase da disputa entre a Guina e a Venezuela pela região do Essequibo, que serve como nosso editorial acima, foi dada pela agência de notícias EFE. E como esse assunto diz muito a respeito de Roraima, resolvemos transcreve-la quase na íntegra.
LÁ
Na Coreia do Sul, faz pouco mais de dois anos, uma amiga da então presidente Park Geun-hye, de 65 anos, utilizou-se da amizade presidencial para traficar influência e beneficiar um dos maiores conglomerados econômico do país. Descoberto o tráfico de influência, a amiga da presidente foi presa, assim como o presidente do grupo empresarial. Seis meses depois, a própria presidente foi afastada da Presidência. Perdendo o mandato e colocada nas mãos da Justiça para ser julgada, o que resultou também em sua prisão.
AQUI
Aqui, na semana passada, vários amigos do círculo íntimo do Presidente da República, Michel Temer (MDB), tiveram suas prisões decretadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, a pedido da Procuradoria-Geral da República, sob a acusação de que praticaram tráfico de influência para beneficiar empresas que operam no Porto de Santos, velho reduto político do atual presidente. Eles já foram soltos e a única consequência até agora é que o presidente anda distribuindo cargos de primeiro e segundo escalão, para fechar uma base parlamentar sólida na Câmara dos Deputados com o objetivo de que os deputados recusem, mais uma vez, eventual pedido de licença vindo do STF, para afastá-lo do cargo, e processá-lo na forma da lei.
NITOGLICERINA
A Parabólica teve acesso a documentos que podem se transformar num bom volume de nitroglicerina pura. É um escândalo que nunca se viu em Roraima, e trata do uso de farto dinheiro público para solucionar problemas privados. A questão envolve a tentativa de transferir patrimônios, incluindo vendas e doações desse patrimônio para escapar de eventual investigação da Justiça, da Polícia Federal, do Ministério Público e da Receita Federal. Vamos repetir: é nitroglicerina pura capaz de balançar a política do Estado. Quem viver, verá.
INQUÉRITO
Fontes da Parabólica informam que a Polícia Civil de Roraima abriu inquérito para investigar eventuais irregularidades nas contratações pela Prefeitura Municipal de Boa Vista, das empresas Sanepav e Beta Clean. Segundo as mesmas fontes, as duas empresas pertencem ao mesmo proprietário. As acusações são de falsidade ideológica, formação de cartel, fraude e possível lavagem de dinheiro. O caso tramita desde novembro de 2017, na 3ª Vara Criminal, da Comarca de Boa Vista. Dado o clima de antevéspera de eleição vai ter muito bochicho, caso a Justiça der andamento ao inquérito.
VEREADORES
Depois dos secretários e auxiliares diretos da prefeita Teresa Surita (MDB), ontem, segunda-feira (02.04) foi a vez de 13 dos 21 vereadores visitarem o Palácio 9 de Julho para declarar apoio irrestrito à candidatura dela ao Governo do Estado. O presidente da Câmara Municipal, vereador Mauricélio Fernandes, encabeçou o movimento e também foi ao gabinete de trabalho de Teresa Surita.
CONDENA
Uma das melhores expressões de que se ouviu falar sobre o cenário em que se disputará as próximas eleições foi dita pelo jornalista Ricardo Boechat, da Rádio Bandeirantes, que relembrando a famosa série brasileira “Meu Passado me Condena”, estrelada por Fábio Porchat, disse que um número imenso de candidatos nas próximas eleições tem um passado tão sujo, que não mereceria um voto sequer.