Bom dia,
Esta semana teremos novas sessões de suspense em reuniões do Supremo Tribunal Federal (STF). A coisa é a seguinte: em 2016, os ministros decidiram que réus condenados em segunda instância poderiam começar o cumprimento de penas, mesmo que ainda lhes restasse a possibilidade de recursos a tribunais superiores, inclusive na própria Suprema Corte. Pois bem, entre os ministros que votaram pelo cumprimento da pena após o julgamento na segunda instância estava o polêmico ministro Gilmar Mendes, que publicamente e em diversas ocasiões já manifestou o desejo de mudar seu voto, o que por si só, mudaria a posição do STF, sobre o assunto.
E o que significa essa mudança de opinião de Gilmar Mendes? Ora, em 2018, a decisão do STF, sobre a prisão após o julgamento de segunda instância, foi pelo placar 6 a 5. Se Gilmar votar diferente, o placar inverte, serão 6 votos contra a prisão e 5 votos a favor. E ainda resta o voto da ministra Rosa Weber, que sempre diz ser contra a prisão, mas tem negado Habeas Corpus pelo o que ela chama de “princípio do colegiado”, que poderá também mudar de posição ampliando o placar para 7 a 4 contra a prisão.
E na quarta-feira próxima vai ser dia “D”. Marco Aurélio de Mello, um ministro publicamente contra a prisão, vai apresentar um requerimento para obrigar a presidente do STF, Cármen Lúcia, a colocar em votação duas Ações Diretas de Constitucionalidade (ADC), que questionam exatamente a validade dessa decisão de 2016 da Suprema Corte que instituiu a possibilidade da prisão de condenados em segunda instância. Marco Aurélio e outros ministros defendem que a prisão desses réus só ocorra após o chamado trânsito em julgado, em português claro, só depois de esgotados e julgados todos os recursos.
E a quem beneficiaria esta mudança de posição do STF, sobre a prisão e, segunda instância? É claro, a toda a turma envolvida com os malfeitos revelados pela Lava Jato e outras investigações que revelaram que o país é governado por uma quadrilha de ladrões de dinheiro público, isto serviria para os já condenados e para aqueles que estão na fila, especialmente, na mira do juiz Sérgio Moro e dos três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que têm até ampliado as penas impostas aos corruptos pelo juiz federal paranaense.
Ah! Sim. Seguramente, o primeiro a ser colocado em liberdade será o ex-presidente da República Lula da Silva (PT), que sequer esquentará a cama que lhe foi reservada na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.
ÚNICOE embora tenha se dedicado nos últimos meses a costurar uma candidatura ao governo do estado fora do mundo político tradicional, o ex-senador Mozarildo Cavalcanti poderá ficar sem palanque para manter sua candidatura ao Senado Federal. É que após ter se filiado ao PSL, partido de Antônio Denarium e Jair Bolsonaro, Mozarildo foi informado que um acordo firmado em Brasília garante candidatura única ao Senado Federal, na agremiação partidária, ao pastor-presidente da Assembleia de Deus, Isamar Ramalho. Esse acordo, que teve a participação do senador capixaba Magno Malta, exclui o nome de Mozarildo, que pode inclusive não concluir o processo de sua filiação ao PSL.
AGREGARCorreligionários do pré-candidato ao governo, Antônio Denarium (PSL), disseram à Parabólica que o fato do partido ter fechado com a candidatura única de Isamar Ramalho para o Senado federal não implica que ele possa ser candidato solitário no palanque, na programação gratuita de Rádio e TV, e nas reuniões do grupo. Segundo essas fontes, se qualquer candidato a uma das vagas em disputa para o Senado Federal, trouxer densidade política, tempo de TV e Rádio, além de contribuição para o financiamento da campanha, uma eventual coligação poderá ser firmada, trazendo mais um candidato ao posto na campanha de Denarium. Fará dupla com Isamar Ramalho.
COLIGAÇÃOAté agora correligionários e os próprios protagonistas negam um eventual entendimento preliminar entre o ex-governador Anchieta Júnior (PSDB) e o notório senador Romero Jucá (MDB), mas fontes da Parabólica, com credibilidade, garantem que eles conversaram bastante antes da desistência da prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB) – inclusive com ela presente –, de disputar o governo nas próximas eleições. Nessas informações que transitam nos bastidores da política local ainda resta pouco claro o posicionamento de outra personagem importante nesses entendimentos entre Anchieta e Jucá: a deputada federal Shéridan de Oliveira (PSDB), cujos passos de reaproximação com o ex-marido dão a clara impressão de que ela será voz decisiva na hora de fechar qualquer acordo.
NÃO SERÁFaz algum tempo, o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Almiro Padilha, alimentou o desejo de aposentar-se e, no período de quarentena a que tem de se submeter, disputar uma das 24 vagas na Assembleia Legislativa do Estado. Seu nome chegou a ser, inclusive, citado por grupos que queriam fugir à mesmice no cenário político local, como eventual candidato ao governo estadual. Fontes da Parabólica garantem que depois de fazer algumas contas sobre o tempo necessário para sua aposentadoria, Almiro Padilha teria afastado a ideia de virar parlamentar estadual.