Em entrevista coletiva no final da manhã desta sexta-feira, 3, a cúpula do Sistema de Segurança Pública de Roraima, falou do resultado da perícia realizada pelo Instituto de Criminalística, que confirmou a apreensão de 2,5 toneladas de explosivos do tipo emulsão encartuchada.
A Polícia investiga se a carga é roubada. A apreensão aconteceu na madrugada do dia 1º de outubro, no Posto de Fiscalização da Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz) do Jundiá, na divisa com o Amazonas, município de Rorainópolis.
Participaram da entrevista o secretário de Segurança Pública, coronel Amadeu Soares, o comandante da Polícia Militar, coronel Dagoberto Gonçalves e o delegado geral da Polícia Civil, Luciano Silvestre.
Segundo o secretário de segurança, essa foi a maior apreensão de explosivo registrada pelas polícias estaduais. Ele destacou a importância de fortalecer a segurança nas fronteiras e disse que a Polícia Civil vai dar sequência para checar a procedência da carga, o destino e a finalidade de seu uso.
“A Polícia Civil vai investigar se o explosivo era para uso em pedreiras, para seguir com destino à fronteira seja Venezuela ou Guiana ou para explosão em caixas eletrônicos”, disse p secretário.
Soares disse que todo o material explosivo está custodiado no Exército Brasileiro que possui a competência para controle e fiscalização desse tipo de carga.
O delegado Geral de Polícia, Luciano Silvestre, informou que o delegado que as investigações, João Evangelista, já identificou o motorista do caminhão.
“No momento em que a carga era fiscalizada o motorista conseguiu fugir se escondendo na mata. Infelizmente a região de Rorainópolis é de floresta, o que torna difícil a localização dele para prendê-lo ainda em flagrante, uma vez que estamos com diligências ininterruptas. Entretanto, caso não consigamos prendê-lo em flagrante, vamos solicitar sua prisão preventiva para o desfecho da investigação”, disse ele.
O delegado geral informou que o explosivo tem um código de barra. Por meio desse código vai ser possível localizar onde o produto foi fabricado.
“Vamos conseguir identificar a indústria que fabricou e por sua vez a indústria deve informar para quem vendeu e vamos conseguir fechar esse ciclo para saber se é roubada, quem vendeu e quem comprou, para facilitar a identificação”, disse Silvestre.
O comandante da Polícia Militar, coronel Dagoberto Gonçalves, destacou que a fiscalização no Posto do Jundiá, faz parte da operação Tolerância Zero nas Fronteiras que atua em todos os pontos de entrada e saída do Estado.
Informou que em virtude do processo eleitoral, por conta do pagamento do Governo e da possível greve bancária, foi intensificado o policiamento, o patrulhamento no corredor bancário e nas entradas e saídas da cidade.
Gonçalves informou que a apreensão foi possível em virtude da parceria da PM com os fiscais da Sefaz, quando o caminhão Mercedes 1620, na cor branca, de placa NAP-7003, com capacidade para 14 toneladas, foi abordado.
Os fiscais observaram que o peso não condizia com o que estava indicando na nota, que seria ração para peixe, pois o caminhão estava muito pesado.
“Juntamente com os policiais militares, os fiscais fizeram a verificação e descobriu-se que tinha mais de duas toneladas de explosivo encartuchado, em forma de cartucho de emulsão.
É uma quantidade considerada, tratando-se de norte do Brasil. A carga estava totalmente irregular e agora a Polícia Civil vai fazer a investigação para saber sua origem e o que aconteceu com essa carga”, disse.
Fonte: Secom-RR
Polícia
Perícia confirma a apreensão de 2,5 toneladas de explosivo
A carga estava totalmente irregular. Essa foi a maior apreensão de explosivo registrada pelas polícias estaduais