No lenga-lenga dos discursos Embora o período eleitoral não tenha iniciado oficialmente, o que não faltam nas redes sociais são candidatos divulgando suas futuras candidaturas e prometendo resolver os problemas de Roraima, mas sem apresentarem diretrizes que apontem soluções para os nossos graves problemas. Até aqui, apenas arremedos de propostas de candidatos e o atual governo se comparando com o governo anterior, como se isso bastasse para o eleitor acreditar nele.
Enquanto os políticos se engalfinham em suas disputas e conchavos, disputando curtidas nas redes sociais, a criminalidade avança com corpos sem cabeça desovados nas cercanias de Boa Vista, apagões energéticos semanais, favelização com a chegada de mais refugiados venezuelanos, servidores com salários atrasados e população sem horizonte de futuro.
O eleitor não pode mais cair na arapuca dos discursos vazios sem que os governantes que chegam ao poder cumpram com suas promessas de organizar as finanças públicas, promovam profundas reformas para que o Estado possa garantir as demandas básicas de qualquer cidadão, como segurança, educação, moradia e saúde.
Até aqui, tudo foi um fiasco, com o Estado de Roraima parecendo ter entrado em um atoleiro do qual ele tentar sair, mas fica patinando e afundando cada vez mais. É desta forma que estamos chegando a mais uma campanha eleitoral, que será atípico em sua disputa, mas que já sabemos que as promessas irão se repetir novamente.
É por isso que o eleitor precisa tomar consciência e comece a cobrar compromisso dos candidatos para que apresentem diretrizes para um futuro governo, em vez do lenga-lenga da demagogia que normalmente surge para encobrir a falta de propostas. Deste governo que aí está precisamos cobrar uma prestação de contas e conferir o que foi cumprido ou não em seu programa de governo apresentado há três anos e meio.
De enganação o povo está cheio e não é mais possível ficar tolerando os repetidos desmandos que tanto afundaram o Estado, principalmente nesse momento delicado que foi provocado pelo esfacelamento da Venezuela, que empurrou sua população desesperada para Roraima em busca de comida e oportunidade.
Não queremos comparações; queremos números e fatos. Não queremos institucionais; queremos soluções práticas e urgentes para os problemas. Não queremos discursos; queremos prestação de conta e um governo transparente. Enfim, queremos governantes que saiam do discurso e assumam suas responsabilidades. Estamos na beira do abismo e não podemos permanecer nesses seguidos erros.
*Colaborador [email protected] Acesse: www.roraimadefato.com/main