Bom dia,

E o dólar norte-americano ultrapassou a barreira dos quatro reais. Ontem, a moeda estadunidense fechou, no final do expediente bancário a R$ 4,05. Dizem os especialistas do mercado que essa alta é consequência da divulgação dos últimos resultados medindo as intenções de votos dos brasileiros para presidente da República, nas próximas eleições. Os números realmente revelam um quadro de quase total incerteza sobre quem governará o Brasil a partir de 1º de janeiro de 2019. Diante desse cenário, investidores nacionais, e principalmente internacionais retiram dólares do Brasil para levá-los para outros países de economia menos incerta.

E o que mostram os dados divulgados? Em primeiro lugar que o Brasil é um país surrealista onde a grande imprensa e os institutos que medem intenções de votos, em obediência à legislação vigente, são obrigados a colocar como opção de escolha um candidato, Lula da Silva (PT), que está absolutamente inelegível à luz da mesma legislação que exige seu nome entre os candidatos. Lula está condenado em segunda instância -pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região – e é, portanto, ficha suja para todos os efeitos e o indeferimento do pedido de registro de sua candidatura é só questão de tempo. Nesse sentido, parece brincadeira perguntar se o eleitor votaria nele.

De outro lado, quando os institutos simulam cenários de um eventual segundo turno, Lula da Silva, mesmo na cadeia, vence todos os demais concorrentes, sendo o único que alcança mais de 50% dos votos válidos. Ora, esses números colocam em xeque a questão ética e de moralidade, que grande parte da opinião pública tem cultuado nos últimos anos, desde que a operação Lava Jato revelou o gigantesco esquema de corrupção montado pelo governo petista. Ou será que a maioria do eleitorado brasileiro é de esquerda, e como tal, roubar é aceitável, desde que em nome de um projeto de inclusão social, mesmo fajuto?

Lula está condenado e, como tal, tem de obedecer a lei. Se existem outros políticos tão ou mais corrutos que ele soltos e disputando a eleição, o dever de cada cidadão brasileiro é derrotá-los nas urnas já que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com honrosas exceções, não demonstram a intenção de cumprirem com seus deveres. Ou, no extremo, devemos pregar a “suruba” política de uma anistia para os criminosos de colarinho branco?

BURLAR 1 A lei de propaganda eleitoral estabelece que veículos, dentro de limites fixados, possam circular com adesivos de candidatos. Cada veículo pode conter um adesivo no vidro traseiro -desde que perfurado para não atrapalhar a visibilidade do condutor-, e outro de dimensão máxima de 50cm x 50cm numa de suas laterais. Qualquer que seja a forma, e o tamanho da propaganda, a legislação exige que não haja pagamento de qualquer natureza ao dono do veículo.

BURLAR 2 Pois bem, fontes da Parabólica garantem a existência de um candidato ao Senado Federal que está pagando R$ 500,00 para todo proprietário de veículo que aceitar afixar adesivos nele. Evidentemente que esse pagamento é feito pelo Caixa 2 da campanha, que não acabou apesar da Lava Jato, e está mais intenso do que nunca. Esse tipo de político inverte a máxima de que lei é para ser cumprida. Como acreditam na impunidade, para eles, lei é para besta cumprir e para ser burlada por quem pode. Inclusive com a condescendência dos órgãos de fiscalização.

ADESIVAR Nesses tempos de Fake News, é preciso ter muito cuidado, mas uma simples investigação pelo Ministério Público Eleitoral pode esclarecer a veracidade ou não. O certo é que circulou ontem nas redes sociais um áudio onde uma presumível secretária da Prefeitura de Boa Vista chama servidores municiais para adesivarem seus veículos com propaganda do notório senador Romero Jucá (MDB). Ela diz, entre outras coisas, que a adesão voluntária está pequena, e que os veículos poderão estacionar livremente na área pública das repartições municipais. Seria importante apurar, até para evitar a tal da notícia falsa.

PERDEU O presidenciável Ciro Gomes (PDT) é conhecido por atropelar seus próprios projetos por não segurar a língua afiada. Ontem, um simpatizante dele disse a Parabólica estar preocupado com seu desempenho eleitoral em Roraima depois que Ciro Gomes disse estar envergonhado de ser brasileiro depois das escaramuças ocorridas entre os brasileiros que moram em Pacaraima e os migrantes venezuelanos. “Ele tinha que se informar melhor antes de dizer aquilo. Eu já tinha conseguido muitos votos, mas algumas pessoas disseram que não votariam mais nele porque se sentiram ofendidas”, disse o simpatizante pedetista.

META Coordenadores da campanha de reeleição da governadora Suely Campos (Progressistas) estabeleceram que uma meta de 125.000 eleitores a serem abordados em centenas de reuniões de bairros, que ocorrerão diariamente, até a antevéspera do dia da eleição, 7 de outubro. Na previsão todos os bairros serão abordados pela campanha.      

IMPUGANDOS O Ministério Público Eleitoral de Roraima (MP Eleitoral) já ingressou com 23 ações de impugnação de registros de candidaturas. Os processos são contra pessoas que pretendem ser candidatos nas eleições de 2018. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) poderá julgar os pedidos até 20 dias antes das eleições.Na maioria das ações, os alvos são candidatos a deputado federal, estadual, além de candidatos ao governo.