O poder da mudança
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Os pontos culminantes da vida dos bem-sucedidos geralmente chegam, no momento exato de alguma crise, através da qual são apresentados ao seu outro eu.” (Napoleon Hill)
Para que as coisas mudem pra você, é preciso que você mude primeiro. Porque se você não mudar, nada mudará. Tudo continuará na mesma gangorra. E para que haja alguma mudança, é preciso que você comece a mudar sua maneira de pensar. São os nossos pensamentos que nos levam. E quando não somos capazes, naufragamos no mar das incertezas. Então comece a mudar seus pensamentos, se a crise estiver impedindo que as coisas deem certo pra você. Simples pra dedéu. O importante é que você não permita que alguém lhe diga, ou ensine o que você deve pensar.
Sei que estou batendo na mesma tecla. E daí? O tempo não passa. Nós é que, ingenuamente, queremos contá-lo como se ele fosse divisível. Ainda não aprendemos a ver a nossa vida, na estrada regressiva. No dia em que nascemos já começamos a caminhar numa contagem regressiva, dentro do tempo. Cada ano que comemoramos como aniversário, é apenas um ano a mais que tiramos do nosso calendário da vida. Daí para frente cada ano é um ano a menos. Mas não deixe nem faça com que isso lhe pareça negativo; ao contrário. Isso indica que devemos nos aprimorar a cada dia, para que possamos evoluir para os dias que virão depois do nosso último dia. Deu pra sacar?
São seus pensamentos que levam sua mensagem ao seu subconsciente. E este não está nem aí para o que você não quer. O que importa pra ele é o que você quer no que você lhe comunica com seus pensamentos. Então, cuidado com o que você pensa. Estudos indicam que mais de noventa por cento das pessoas que são assaltadas na rua, são exatamente as que saem de casa se benzendo para não serem assaltadas. Isso indica que a mensagem que elas estão enviando ao seu subconsciente, é o assalto. Eduque seus pensamentos. Não os desperdice com o que você não quer. E comece levando isso em consideração.
Tenha um bom dia. Você pode, mas tem que achar que pode. Sua força está em você, nos seus pensamentos. É com eles que você realiza as mudanças que fazem parte da sua evolução. E você é um ser de origem racional. Não embarque nessa de que nosso primata foi feito de barro. Uma tolice sem precedentes. Valorize-se, para que você possa evoluir, valorizando seus pensamentos. Pensamentos pequenos reduzem as possibilidades de mudanças. E sem mudanças não há evolução. E quem não evolui fica marcando passo sobre o mesmo terreno. E como tem vida curta, voltará no mesmo nível de inferioridade. Mude sempre, para evoluir. Pense nisso.
*Articulista [email protected] 99121-1460
A formação do educador é um processo permanente Ana Regina Caminha Braga*
A formação do professor deve ser compreendida como um processo dinâmico, contínuo e permanente, tendo como base um conhecimento aprofundado sobre o aprendiz. Para enriquecer e fortalecer a formação, são fundamentais conhecimentos psicopedagógicos que o ajudem a compreender melhor as técnicas e destrezas que lhe permitirão uma boa e correta atuação educativa, conhecimentos metodológicos que possibilitem conduzir satisfatoriamente as aprendizagens dos pequenos e conhecimentos sociais para adequar melhor à realidade educativa ao contexto sócio-cultural.
Hoje, apenas a formação acadêmica, não é suficiente para a atuação do professor em sala de aula, pois o conhecimento da graduação precisa ser expandido para lhe possibilitar ir além dos conhecimentos básicos que são aprendidos no banco de uma universidade. O professor precisa buscar novos conhecimentos, pesquisar e ter seu próprio acervo de conhecimentos construído, para que tenha a possibilidade de relacionar teorias e escolher a ação prática mais adequada, refletindo sobre o que oferece como profissional ao seu aluno.
O esperado para um professor, é que ele esteja perto do seu aluno, conhecendo aquilo que ele já sabe, o que ainda pode saber, e como ele realiza suas atividades. Sendo assim, ele busca conhecimentos e estratégias que atendam aos diferentes estilos de ensinar e de aprender entre seus alunos. Ao abordar a figura do professor é preciso ressaltar que o objetivo é fazer com que o aluno passe a aprender com mais reflexividade, consciência e autonomia tendo um professor com foco no seu autoconhecimento e com a possibilidade de conhecer-se como ser humano e profissional.
O professor ao tomar consciência de suas atitudes, da elaboração de suas aulas e da prática pedagógica executada com o aprendiz, tem a possibilidade de compreender as estratégias adequadas a serem utilizadas a cada aula planejada. Quando ao executar a atividade, algo que não foi planejado, ou seja, um imprevisto acontecer é preciso que o professor tenha controle e seja habilidoso para conduzir a situação de modo que o objetivo final seja alcançado.
É importante que o professor/professora tenha conhecimento de si como educador e mantenha um diálogo próximo consigo e com o outro para acompanhar seu desenvolvimento e avaliar sua prática pedagógica com a intenção de modificar o que pode ser melhorado e permanecer com os aspectos positivos.
O exercício de ser professor é de extremo compromisso com a formação de uma vida, que precisa ser cuidada e acompanhada durante o seu desenvolvimento para estabelecer boas relações e aprendizagens que possam multiplicar-se com a trajetória acadêmica de cada aprendiz.
*Escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar. (https://anareginablog.wordpress.com/)
Educação Fiscal – É tão somente por acreditar…
Tom Zé Albuquerque*
Por vezes nos deparamos com casos de desrespeito à coisa pública, seja pela usurpação direta ou pela permissividade dos entes envolvidos da gestão respectiva. Mas, para euforia de muitos de nós, existem alternativas sóbrias e responsáveis que alimentam o nosso desejo de mudança, ao tempo que fomenta a crença de um futuro promissor. Para isso, há um belíssimo e inacreditável projeto educacional de construção da massa crítica de adolescentes, jovens e adultos, intitulado de Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF. A responsabilidade deste compete ao Grupo de Trabalho de Educação Fiscal – GEF, composto por representantes de órgãos federais, estaduais e municipais, a definir a política e discutir, analisar, propor, monitorar e avaliar as ações do Programa. Mas somente a intitulação não é suficiente para refletir a grandiosidade do projeto e o retorno holístico que este traz à sociedade (sem restrições), conquanto alicerçado pelas searas da educação fiscal no contexto social, da relação Estado e sociedade, da função social dos tributos, e da gestão democrática dos recursos públicos.
Só para se ter uma ideia, a metodologia do projeto está valorada por quatro vigas: superioridade do homem sobre o Estado; liberdade; igualdade; e justiça social. O programa em si busca visceralmente o comprometimento das pessoas na construção da cidadania, na solidariedade, ética, transparência, responsabilidades fiscal e social. É impressionante o fato de centenas de pessoas se embrenharem por 160 horas à cata de conhecimento que possa mudar o seu meio, sua vida, do próximo, de sua Cidade, Estado… País. Vigora nesse contexto a responsabilidade de cada um na construção da nova era social. Não me importo se algumas pessoas definem essa realidade como romântica, mas o programa de Educação Fiscal proporciona essa visão humanitária, ética, equitiva, espiritualista a tantos muitos adjetivos e predicados com viso à evolução da sociedade.
A Missão da Educação Fiscal é, pois, “Estimular a mudança de valores, crenças e culturas d
os indivíduos, na perspectiva da formação de um ser humano integral, como meio de possibilitar o efetivo exercício de cidadania e propiciar a transformação social”. O PNEF tem como escopo disseminar informações e conceitos sobre a gestão fiscal, favorecendo a compreensão e a intensificação da participação social nos processos de geração, aplicação e fiscalização dos recursos públicos. Eis que a base proba emerge entre nós.
Louve-se nesse mister a inarredável dedicação, doação desmedida e comprometimento monólito das profissionais da Secretaria de Educação do Estado de Roraima… estou, doravante, mais cônscio, mais crítico, o logus me reveste e me fortifica em acreditar num futuro mais justo e honesto para os meus filhos.
*Administrador
Audiodescrição direito das pessoas com deficiência visual
Vera Sábio*
Áudiodescrição para que não sabe, é uma maneira acessível de informar uma pessoa cega a respeito de uma imagem, ou seja, um vídeo mudo ou com som de uma música, mas sem condições da pessoa cega saber do que se trata.
É claro que não podemos tirar a qualidade do vídeo, ou seja, dar uma poluição sonora, informando detalhes como cor de cabelo, de pele, de roupas e coisas que possam ser insignificantes para a compreensão da mensagem. Todavia, como as outras pessoas que enxergam, as pessoas cegas merecem ter pelo menos uma noção do que está sendo proposto naquela propaganda ou informação, onde por falta de uma dica em áudio, básica que seja, da noção do que esta sendo tratado.
Este assunto ainda é bem complexo, pela própria dificuldade que as pessoas ainda têm, em reconhecer os cegos como cidadãos normais, que apenas não enxergam, mas que possuem condições de entendimento a respeito do que está sendo proposto.
É, portanto, inadmissível que quando já temos desde 2009 a Convenção Internacional da Pessoa com Deficiência, e ultimamente a Lei Brasileira de Inclusão, com capítulos inteiros sobre áudiodescrição, que nossos meios de comunicação ainda se mantêm leigos e nada fazem a este respeito. Vamos nos colocar no lugar de um cego, feche os olhos por um instante quando alguém diz assim, na TV ou em um vídeo, olha isto aqui que legal… não tem como imaginarmos se quer do que se trata, se não nos for dito e é somente isto que queremos e temos direito.
O surdo tem direito a libras, mas por ele enxergar, ainda que pouco, compreenda de libras, pode tentar outros gestos, ou mesmo apontar, escrever, pegar algo concreto e mostrar, mas no caso da cena muda, não há outra alternativa a não ser uma narrativa por menor que seja, informando do que se trata. Este mundo só será melhor quando tivermos empatia e tratarmos o outro, como gostaríamos de ser tratados, independente de quaisquer limitações.
*Psicóloga, palestrante, servidora pública, escritora, esposa, mãe, e cega com grande visão interna. E-mail: [email protected]
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