Bom dia,
FORÇA OCULTA 1 São estranhos os caminhos por qual trilham alguns dos políticos locais. Faz algum tempo tramita na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) um Projeto de Lei de autoria dos deputados estaduais Brito Bezerra (Progressistas) e Jânio Xingu (PSB), que trata da emissão de Certificados de Reposição Florestal. A matéria é da mais alta importância para o desenvolvimento econômico de Roraima, pois atende a indústria madeireira – quase paralisada por conta da falta de Certificados de Reposição Florestal – e ao mesmo tempo é um poderoso instrumento para fomentar no estado um vigoroso processo de reflorestamento de áreas degradadas.
FORÇA OCULTA 2 A Mesa Diretora da ALE fez reunião com vários empresários do setor madeireiro quando ficou esclarecida a importância da aprovação da matéria, tendo o presidente da ALE, o deputado estadual Jalser Renier (SD), se comprometido a levar o Projeto de Lei à votação no Plenário para o dia seguinte. Pouco antes de começar a sessão plenária em que seria realizada a votação do projeto de lei, os autores da proposta e os empresários foram informados que uma força oculta – uma força de expressão, pois todos sabem de quem se trata –, que age com desenvoltura na ALE teria convencido a presidência daquela Casa Legislativa a retirar a matéria da pauta de votação.
FORÇA OCULTA 3 Surpreso com a radical mudança de decisão do presidente da ALE, o deputado estadual Jalser Renier, um dos autores do Projeto de Lei que regulamenta a emissão de Certificado de Reposição Florestal, o deputado estadual Brito Bezerra, colheu 17 assinaturas de seus colegas pedindo que a Mesa Diretora levasse o Projeto de Lei a plenário para ser votado. Isso já faz mais de dois meses, sem que os signatários tenham recebido qualquer resposta sobre o requerido. Fontes da Parabólica informam que a Mesa Diretora decidiu ouvir o Ministério Público estadual antes de colocar a matéria em votação.
CERTIFICADO E o que é esse Certificado de Reposição Florestal? Quando qualquer pessoa física ou jurídica requer uma licença ambiental, que exija remoção vegetal, para plantar ou para extrair madeira, os técnicos avaliam o total de metros cúbicos de madeira que serão retirados. O Código Florestal Brasileiro (CFB) exige que os requerentes replantem árvores que compensam essa perda ambiental, e isso pode ser feito diretamente pelos interessados, ou através da compra de um Certificado de Reposição Florestal de alguma empresa que tenha ou que pretenda fazer reflorestamento, de preferência de espécie florestal regional.
A LEI O Projeto de Lei de autoria dos deputados estaduais Brito Bezerra e Jânio Xingu remete a responsabilidade à Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (FEMARH) para credenciar empresas que desejem fazer reflorestamento para a venda de Certificados de Reposição Florestal. Isso abriria um enorme mercado de milhões de reais e atrairia muitos empresários para o estado, interessados em reflorestar áreas degradadas. Seria uma possibilidade de geração de emprego e de transformar o estado em polo madeireiro sustentável em médio prazo. Seria um mercado aberto para quem tivesse talento e dinheiro para investir.
INTERESSE Fontes da Parabólica garantem que a paralisação da tramitação do Projeto de Lei que regulamenta a emissão dos Certificados de Reposição Florestal tem como força oculta o interesse de um certo empresário que deseja estreitar as possibilidades de emissão desse documento essencial para destravar o agronegócio e a indústria madeireira para valorizá-los mais do que o mercado já os valoriza. Seria um sobrepreço de algo em torno de 100%. É o interesse de um grupo que se impõe aos interesses maiores do estado. Essa é apenas uma pequena demonstração de como funcionam os bastidores do poder local. É uma vergonha!
PESQUISAS E qual a pena que se pode atribuir a candidatos que inventam pesquisas “encomendadas” para tentar influenciar o resultado das eleições. Ontem, correu o boato – que não era Fake News –, que uma emissora de televisão teria encomendado uma pesquisa de intenção de votos a uma empresa que quase ninguém conhece, com resultados que contrariam as pesquisas sérias até agora divulgadas. Acima das pesquisas, os números trazidos pela tal empresa batem de encontro à rejeição explícita das vozes das ruas.
MURICI “É tempo de murici. Cada um por si”. A coluna lembra dessa expressão popular para dar vazão ao comentário enviado, via Whats, por uma leitora: “A fidelidade partidária está passando longe nessa eleição. Tá um samba de crioulo doido, sem nenhuma conotação racista. Senador de uma coligação apoiando deputado de outra e vice-versa. É um vale tudo, que dá vergonha”, disse nossa leitora.
VICE Eduardo Jorge (PV), que é candidato a vice na chapa de Marina Silva, veio em Pacaraima e falou que a campanha está elaborando uma carta sobre a situação da migração venezuelana para ser entregue, possivelmente, para o presidente Michel Temer. “A questão crucial é que os outros 26 Estados acordem. Estados poderosos como São Paulo, Minas, Bahia. Não é possível que um estado pequeno (Roraima) esteja fazendo toda a solidariedade”, criticou.
MUSEU Finalmente. Não dá para não falar no incêndio que destruiu o Museu Nacional, na noite de domingo, no Rio de Janeiro. Toda a imprensa nacional e internacional falou da perda inimaginável. E o que resta dizer? Que o Brasil é uma republiqueta de quinta categoria e povoado de políticos canalhas que roubam dinheiro público impunemente.