Mudanças sociais x Valores cristãos
Antonio de Souza Matos*
A globalização é responsável pela massificação da cultura e, portanto, pela quebra de padrões alicerçados em princípios cristãos. As mudanças que vêm ocorrendo, na atual conjuntura, atingem setores fundamentais e estratégicos da sociedade: a família e a religião.
O modelo tradicional de família vem perdendo terreno paulatinamente para um novo paradigma fundamentado em filosofias ateístas e humanistas, que negam a existência de Deus e que consideram a Bíblia um livro ultrapassado e fomentador de toda sorte de discriminação.
De acordo com as Escrituras, o casamento foi estabelecido por Deus (Gn 2.18-25) entre duas pessoas de sexos diferentes (Gn 1.27; 2.24), para durar até a morte de um ou de ambos os cônjuges (Mt 19.6). Além disso, os papéis destes foram previamente definidos: o homem é o provedor e o líder da família (Ef 5.23). Já a mulher é a auxiliadora (Gn 2.18-25), cuja função primordial é educar os filhos (1Tm 2.11-15). O marido deve amar sua esposa de maneira sacrificial, e a esposa, por sua vez, honrá-lo, sendo-lhe submissa.
Entretanto, formam-se, a cada dia, famílias com um perfil completamente divergente do estabelecido pelo Criador. Segundo dados do IBGE, o número de divórcio no País cresceu 45,6% entre 2010 e 2011, aumentando o número de filhos criados sem a presença de um dos genitores, principalmente do pai. E cresceu também o contingente de crianças órfãs de pai e mãe vivos.
É cada vez mais comum, por exemplo, a união entre pessoas do mesmo sexo. Já é uma realidade a união estável entre homossexuais em diversos países do mundo, incluindo o Brasil. Conforme pesquisa do Ibope, 45% dos brasileiros são a favor do casamento gay. Os mais tolerantes são as mulheres, os jovens e pessoas com nível superior.
A inversão de papéis no âmbito familiar tem transferido a educação das crianças a empregadas domésticas, a professores, à TV e às redes sociais, já que as mães assumiram o papel de mantenedoras do lar e, portanto, não dispõem de tempo para educar os filhos. O resultado disso é o surgimento de uma geração sem limites, avessa às regras da boa convivência social e bestializada por jogos eletrônicos violentos e por contatos virtuais.
O cristianismo bíblico vem sendo atacado e ridicularizado até mesmo por pessoas que se dizem cristãs. A maioria das igrejas evangélicas se mesclou de tal maneira com o sistema mundano que é impossível diferenciar os crentes dos descrentes. A suficiência das Escrituras vem sendo negada sutil e até abertamente por pregadores de renome nacional e mundial que disseminam a teologia da prosperidade e que misturam os ensinos das Escrituras Sagradas com psicologia e com as diversas vertentes do misticismo oriental, tal como o pensamento positivo, que vem substituindo a fé bíblica nos arraiais evangélicos.
Cresce o número de igrejas que apoiam movimentos sociais que afrontam diretamente os princípios eternos e inegociáveis da Bíblia e que profanam o nome de Deus. Os cultos evangélicos se transformaram em espetáculos baratos, e pastores em animadores de auditórios cada vez mais ávidos por entretenimento. Predomina o pragmatismo em detrimento da verdade bíblica.
A onda tsunâmica do ecumenismo arrasta cada vez mais um número maior de igrejas fundamentalistas, afastando-as do separatismo bíblico e da sã doutrina. A piedade tem se tornado um negócio rentável, transformando igrejas em portentosas organizações empresariais, que arrecadam fortunas para enriquecer seus líderes e sustentar seu luxo, evidenciando que o povo cristão se afastou da pureza e da simplicidade devidas a Cristo.
Essas mudanças não são apenas um reflexo da conjuntura pós-moderna. Elas atentam contra os princípios cristãos e configuram o cumprimento dos ensinos bíblicos (Rm 1.18-32; Mt 24.12; 2Tm 3.1-9; 2Tes 2.3), apontando para a iminência da segunda vinda de Cristo (Lc 17. 28-30).
*Professor e revisor de textos. E-mail: [email protected]
O Mourão separa, as mães unem. Ele não!
Luiz Maito Jr.
Ele não! Não há desajuste em mim, porque minha mãe foi MÃE. Ele não! Porque minha avó foi MÃE da minha MÃE. Não, não há desajuste em mim.
Quem sabe haja até um reajuste, um reajuste sim. Mas você não falou isso, falou desajuste. Precisei sim me reajustar, ver que a figura paterna me devia explicações. Não, explicações não, me devia presença, não sei o que é esperar um pai, ele nunca veio, nunca esteve, nunca foi, nunca será.
Precisei do reajuste quando vi que outros tinham pai, e eles sempre falavam deles. Eu? Nem sabia o que era. O desajuste em mim era masculino, o reajuste? O masculino que eu precisava ser. Mas a construção desse masculino veio com a falta de um ente do gênero, e general, geralmente o masculino que você carrega é construção sabe.
O papel que deveria ser do Homem. Vem do Homem que você escolhe ser. Eu não tive escolha, a rua tentou me ensinar qual era esse homem, e quase conseguiu, porque sim ela é cheia de exemplos do qual você tentou utilizar, mas a minha MÃE e a MÃE da minha MÃE foram as escolhas que eu fiz, elas são quem realmente me impregnaram de escolhas masculinas sob outra perspectiva.
O universo de suas escolhas tem uma característica que eu realmente aprendi a abominar, o universo de uma masculinidade imposta e despejada na cabeça de meninos, um modelo arcaico e patriarcal, que submete a MULHER a inferioridade. Não General. Não somos desajustados,Somos um reajuste que começa a desmontar o modelo que você confia e assumiu como seu. Eu sei General que isso é desesperador, amedrontador e a reação é sempre a negação, mas tudo bem não tenha medo, o teu modelo de masculinidade ainda sobrevive por mais um tempo, pouco, mas sobrevive ainda, mas como já disse um poeta que vocês não gostavam muito “… O novo sempre vem…”.
General tenha medo não, eu sei que sua MÃE e, a MÃE da sua MÃE não estão mais aqui, elas cuidariam melhor disso, mas acredite não há desajuste numa MÃE ou MÃE de outra MÃE que criou seus filhos, eles são o futuro, e sinceramente um futuro bem mais bonito.
*Pós-graduando em História da Amazônia
Deus castiga
Afonso Rodrigues de Oliveira*
“As doutrinas têm essa vantagem: dispensam de pensar por conta própria.” (Edouard Herriot)
Você se lembra do jornal “Gazeta de Roraima,” do amiguíssimo Fernando Quintella? Foi ali que escrevi, aos domingos, o folhetinho: “E Deus Criou o Homem”. Foi o maior rebu. Legal pra dedéu; e pior para quem confundiu o título do artigo, com religião. Foi aí que no capítulo III, o revisor do jornal entrou na sala do Quintella e falou: – Seu Fernando, eu não vou mais revisar a matéria do seu Afonso. No seu estilo, Quintella empinou-se para trás e perguntou? – Por quê? – Porque ele está brincando com Deus.
Os anos se passaram. Certo dia o Quintella sugeriu que eu juntasse os artigos e os publicasse num livro. Acatei a ideia. Foi aí que descobri a esparrela em que me meti. Faz nuns dois anos que tento publicar o cara e nada dá certo. Acho que o revisor estava certo. Deus está me castigando. Ou pelo menos me chamando a atenção para eu mudar o título do livro, já que ele não tem nada a ver com religião. O empresário e grande amigo, Victor Perin não tem medido esforços para publicar o livro. O Jornal Folha de Boa Vista não tem medido tempo nem esforços para a publicação. Mas há alguém, ou alguma coisa, me amarrando, como se eu fosse elefante de circo.
Tudo prontinho para o lançamento; menos eu. Vou te dar um dos muitos exemplos do que vem me acontecendo. Ontem fui ao SESC, procurar uma ajuda para distribuiçã
o dos livros. Depois de ouvir as orientações do coordenador de cultura, percebi que ele olhava meio estranho para o exemplar do livro. Peguei o livro e pedi uma caneta para autografar. Quase desmaiei quando abri o livro. Estava tudo de cabeça para baixo. Desorientei-me e tentei justificar o injustificável. A capa do livro estava colocada de cabeça para baixo. Quase me joguei pra debaixo da mesa. Mas quando cheguei a casa verifiquei que todos os outros livros estavam em ordem. Aí pensei: é castigo. Por que eu teria que pegar exatamente o único livro bagunçado? Mas continuo acreditando que Deus não faria isso comigo, mas o adversário d`Ele, sim. O cara está se divertindo comigo.
Mas tudo bem. Daqui a mais uns dias estarei lançando o livro. E vai ter muita gente por lá: eu, os membros de minha família e você. E se você adquirir um exemplar, não se iluda porque, apesar do título: “E Deus criou o homem”, o livro não tem nada de religioso. É apenas uma brincadeira respeitosa e quase hilária. É para se divertir. Logo lhe direi onde será o lançamento. Espero você por lá. Um abração a todos os que colaboraram com a publicação. Não os menciono porque são muitos. Pense nisso.
*Articulista [email protected] 99121-1460