Opinião

Opiniao 18 10 2018 7095

A tensão das avaliações e sua real eficácia

Ana Regina Caminha Braga*

Dia de prova, e agora? Bastam as avaliações escolares começarem para que as crianças entrem em pânico, fiquem ansiosas e até desesperadas. As avaliações geram nos pequenos um misto de sentimentos, como o medo, a frustração e a preocupação. Esse é um processo delicado em que nós professores precisamos estar atentos e preparados, afinal, dia de prova é esperado com estresse e nervosismo por grande parte das crianças que estão sendo avaliadas. 

As crianças veem as provas como um julgamento do que é certo ou errado e levam isso a sério. E o ato que rotula é evasivo aos colegas, que por instantes constroem suas relações com base naquela visão. Toda essa ansiedade e tensão pré-avaliação podem acabar levando a criança a níveis de estresse fora dos padrões para a idade. Tal tensão pode desencadear sintomas demasiados como enjoo, diarreia, pressão baixa, taquicardia, sensação de desmaio, choro e sentimento de incapacidade. 

Se pararmos pra pensar, não são raros os momentos que vemos crianças de oito anos, por exemplo, que no dia da prova já acordam estressadas, mal-humoradas, falando para os pais que estão nervosos, que não conseguem comer, isso mesmo tendo estudado a matéria. Não é raro e deve sim, chamar nossa atenção para a questão: Será que os métodos avaliativos atuais são realmente eficazes? Vou dar outro exemplo: Gabriel é um menino inteligente, que precisava de determinada nota em matemática, porém, seu professor era rígido e tratava a avaliação de forma muito dura. Qual o resultado? Mesmo tendo estudado, Gabriel ficou nervoso e teve uma crise de choro do começo ao fim da avaliação, atrapalhando seus resultados.

Por esses e outros motivos, devemos parar e refletir sobre os métodos avaliativos usados em nossa educação, em como eles refletem nos alunos e em como nós podemos melhorá-lo, para uma real avaliação, sem toda essa tensão. O fato é: não existe um culpado para a situação aqui discutida, mas sim, um conjunto de fatores que precisam e devem ser avaliados, para se possível, serem melhorados, para que alunos e professores não sofram nesse processo. Afinal, o professor é a porta de entrada e de abertura ao novo, pois é ele que acompanha o aluno do primeiro ao último dia de aula. Se essa mediação não acontece de maneira tranquila, alguns problemas, como os já citados, podem ser revelados e precisam ser encaminhados para soluções adequadas, evitando assim maiores prejuízos.

*Escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.

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Professor: a mais nobre de todas as profissões

Flamarion Portela*

“Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro”. Essa frase, atribuída ao imperador D. Pedro II, reflete bem a importância dos educadores na formação do caráter e, sobretudo, no aprendizado de todos nós. 

Mas, será que nossos professores estão tendo o valor e reconhecimento que merecem? 

Recente pesquisa feita pelo Ibope, por iniciativa do Todos Pela Educação e do Itaú Social, revelou que metade dos professores brasileiros não recomenda a própria profissão por considerá-la desvalorizada.

O levantamento “Profissão Docente”, feito em todo o Brasil, mostra que a decisão pela profissão geralmente é feita de forma consciente, com ingredientes de satisfação pessoal relacionada ao prazer por ensinar e transmitir conhecimento. Porém, um grande percentual dos entrevistados escolheu a carreira por uma questão de falta de outras opções.

A pesquisa demonstra também que a qualificação e a escuta dos professores são, para os docentes, as medidas mais eficazes a serem tomadas para que haja maior valorização da profissão pela sociedade. 

Os entrevistados apontam a necessidade da formação continuada (69%) e a escuta dos docentes para a formulação de políticas educacionais (67%), bem como a restauração da autoridade e do respeito à figura do professor (64%) e o aumento salarial (62%) como pontos importantes para melhorar a imagem e a própria autoestima dos docentes.

Um dado preocupante da pesquisa é que quase um terço dos professores afirma realizar algum tipo de atividade para complementar sua renda, principalmente na rede particular e no ensino médio. Todos nós sabemos o quanto é estafante e, por vezes, estressante a vida do professor, que ao contrário da maioria das profissões, ainda tem de levar trabalho para casa. Imagine ter duas jornadas de trabalho em diferentes locais.

Por fim, apenas 21% dos professores da educação básica no Brasil afirmam estar totalmente satisfeitos com a atividade docente, enquanto um terço deles (33%) diz estar totalmente insatisfeito com a profissão, de acordo com a pesquisa.

Eu sou fruto da escola pública do início à universidade, e tenho consciência absoluta de quanto a Educação transformou minha vida e, consequentemente, de minha família.

É preciso que saibamos cada dia mais valorizar nossos educadores. Em primeiro lugar lhe dando o respeito que merecem, tanto em sala de aula quanto no dia a dia da profissão, como forma de garantir uma melhor qualidade de vida para eles e, consequentemente, uma educação de qualidade para nossos filhos.

*Ex-governador de Roraima

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CAMPEONATO RORAIMENSE SUB-20 2018

Ranior Almeida Viana*

Nesse ano, a Federação Roraimense de Futebol (continuo criticando a longevidade do presidente que está no cargo desde 1974) inovou trazendo um profissional da Federação Amazonense de Futebol que trouxe a novidade do site (www.federacaororaimensefutebol.com.br), que traz bastante informação para o amante do esporte local como: simulador, ranking, notícias, fotos, vídeos, regras e outros do Campeonato Roraimense Sub-20, Competição que dará vaga para a Copa São Paulo de Futebol Jr 2020.

Ainda mais tem a novidade das transmissões feita pela TV PEPEGANGA do querido Waldemar Caldas, o Wado, que tem uma grande história no futebol roraimense e juntamente com sua equipe leva os jogos para o mundo via live Facebook na página da Federação. E traz o programa BATE-PAPO que é produzido nas dependências do Estádio Raimundo Ribeiro de Souza (Ribeirão), onde traz convidados como técnicos, dirigentes, atletas e no mesmo é entregue o troféu de craque da rodada para o jogador que melhor se saiu em cada rodada. Além de matar um pouco da saudade dos pais de jogadores de outros estados como Rio de Janeiro, Amazonas entre outros.

Destaco o jornalista da casa (Folha de Boa Vista) Bennison de Santana que tá cobrindo o esporte local e o campeonato, retratando muito bem a realidade de cada uma das equipes participantes. Assim também como o Ivonisio Lacerda Jr, do Globo E
sporte, que dá visibilidade do campeonato.

Dessa forma é muito importante e salutar a divulgação deste campeonato, essa modalidade assim como as demais praticadas em Roraima, segue com as extremas dificuldades no quesito apoio para suas práticas e divulgação. As empresas e também as pessoas físicas não sabem da existência da Lei 11.438/2006 – Lei de Incentivo ao Esporte permite que empresas e pessoas físicas invistam parte do que pagariam de Imposto de Renda em projetos esportivos aprovados pelo Ministério do Esporte. As empresas podem investir até 1% desse valor e as pessoas físicas, até 6% do imposto devido.

Determinada vez fui falar para um conhecido patrocinar o Grêmio Atlético Sampaio (meu time do coração) e mencionei a este a lei de Incentivo ao Esporte, me respondeu com aquele “depois eu vejo”, nunca mais teve retorno (Risos). Ou seja, as pessoas preferem dar toda a porcentagem ao Imposto de Renda, o “Leão” da Receita Federal, do que contribuir com o esporte, nem preciso mencionar os benefícios do esporte como, por exemplo, afastar os jovens das drogas e outros males.

Aproveito o ensejo para parabenizar a Folha de Boa Vista que completará 35 anos no próximo domingo (21/10/2018).

*Sociólogo – CRP 040/RR

[email protected]

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A raiz da semente

Afonso Rodrigues de Oliveira*

“A neve e as tempestades matam as flores, mas nada podem contra as sementes.” (Gibran Khalil Gibran)

A tempestade pode derrubar a árvore, mas da semente que caiu da árvore vai brotar outra árvore. Por incrível que lhe pareça, nossa vida segue o mesmo padrão. Não vamos nos tornar velhas árvores improdutivas. Façamos o que devemos fazer para manter o crescimento da nossa produção, mesmo quando já não existirmos. E vamos fazer isso cuidando da educação dos nossos filhos. E para que façamos a coisa com racionalidade é necessário que sejamos racionais. E os racionais agem dentro da racionalidade, com maturidade. E quando se trata de filhos, devemos prestar mais atenção aos ensinamentos do Gibran. No seu livro “O Profeta” ele nos diz: “Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles vêm através de vós, e não de vós. E mesmo que vivam convosco não vos pertencem.”

Refletir sobre as palavras do Gibran nos leva a pensar melhor no futuro dos nossos filhos. E é preciso saber que eles já estão vivendo o mundo deles e não o nosso. E somos nós que temos que aprender a viver, para transmitir a sabedoria para eles. Portanto é responsabilidade nossa, educar nossos filhos. E não se educa sem Educação. E não construímos educação apenas com construções de creches e escolas. Mas com a construção de bons e competentes professores. Há séculos, o Napoleão Bonaparte já nos advertiu: “Devemos construir mais escolas para não termos que construir mais presídios.” E a Educação é a arma mais poderosa para combater o crime. Mas sem nos esquecermos de que “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira.”

Eduque com respeito, e evite a negligência no educar. O comportamento das crianças atuais está exigindo mais educação nos pais. E só quando formos realmente educados, saberemos educar. E não nos esqueçamos de que a política faz parte da Educação. E enquanto não entendermos isso não seremos nem teremos um povo civilizado. Vamos nos cuidar, na tarefa árdua de educar. Não desdenhe no valor do aprendizado no dia a dia, na Universidade do Asfalto. Porque é nas mudanças de cada dia, que aprendemos a seguir as veredas, rumo ao futuro que devemos construir para nossos descendentes. E seu filho é o aprendiz de timoneiro, orientado por você. E por isso você deve estar preparado para o cotidiano dos seus filhos. Observe-os, oriente-os, mas não os dirija. São eles que devem escolher e seguir o seu caminho, baseados nas suas orientações. Nosso futuro está na educação que dermos aos nossos filhos. Pense nisso.

*Articulista

[email protected]

99121-1460