Bom dia,
VISITA 1
O empresário Orsine Oliveira, proprietário da Oliveira Energia, visitou a Folha, ontem, terça-feira, pela manhã. Falou da história de sua empresa, que é regional, e das condições com que ela está operando como geradora de energia termoelétrica para todo o estado de Roraima. Disse, sobre a situação da oferta de energia elétrica, que para atender a demanda do estado, que já ultrapassa os 200 MW, no horário de pico, só com termoelétricas o consumo diário de óleo diesel chega a 1.000.000 de litros. Para transportar todo esse combustível são utilizadas, em média, mais de 700 carretas, das grandes.
VISITA 2
O empresário, professor e deputado federal recém-eleito – ele teve a maior votação individual do estado –, Haroldo Cathedral (PSD), visitou, ontem, terça-feira (23.10) a redação da Folha. Veio conversar sobre o cenário político e econômico do estado e do Brasil, mas disse do entusiasmo com que está encarando essa mais nova atividade a que está se propondo, na certeza de que existe espaço para que a representação popular se exerça na plenitude e seja feita com dignidade e respeito ao interesse público.
BASTIDORES
Na reta final de campanha a boataria corre à solta, com direito à publicação de notícias falsas, e outras com conteúdo de alguma verdade, mas claramente exageradas. Dentre as notícias falsas estão postagens em que se publica que alguns candidatos já montaram suas equipes de primeiro escalão. É claro, a intenção é mostrar que o candidato vai ter que ouvir as forças políticas na hora de compor sua equipe de governo.
RACHA
Outro boato que está viralizando – só para usar a linguagem da moda – nas redes sociais locais dá conta do rompimento do candidato Antonio Denarium (PSL) com o empresário Antônio Parima, um dos maiores entusiastas de sua candidatura, e também um dos coordenadores de sua campanha. Apesar da falta de prova (parece ser mais uma notícia falsa), os dois personagens não a desmentiram publicamente.
JÁ GANHOU
Embalados pelos números de intenção de votos divulgados pelos institutos de pesquisas, os milhões de simpatizantes da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) andam contaminados pelo clima do já ganhou. Por conta desse clima, os mais chegados ao candidato já falam abertamente em nomes para compor o governo e até mesmo já projetam o controle da Câmara dos Deputados e do Senado Federal através da eleição de um deputado federal, e um senador, ligados ao novo presidente, para presidir as duas casas. Essa gente otimista chega a pensar em fazer presidente da Câmara dos Deputados, o filho de Bolsonaro, campeão absoluto de votos no Rio de Janeiro, com mais de dois milhões de votos.
SUSTO?
Ontem, o IBOPE divulgou uma nova pesquisa de intenção de votos para a eleição presidencial do segundo turno. Os números dessa pesquisa indicam que Bolsonaro, apesar de manter uma larga vantagem sobre Fernando Haddad (PT), teve uma leve redução do percentual de eleitores que dizem preferi-lo. Considerando apenas os votos válidos os números são 57% a 43%. Será que essa queda vai dar algum susto naqueles que consideram a eleição liquidada? Prudência e caldo de galinha não fazem mal, ao contrário são bastante recomendáveis, diz a sabedoria popular. Para os bolsonaristas – é claro, com a permissão para utilizarmos o neologismo –, o que chama mais atenção é o crescimento significativo da rejeição do candidato.
SILÊNCIO
A reportagem da Folha tentou, de toda forma, ampliar as informações sobre aquele episódio divulgado em redes sociais sobre a apreensão pelos próprios indígenas de um helicóptero numa comunidade com material de propaganda eleitoral de um candidato ao governo. Infelizmente, nenhuma das instituições que poderiam averiguar toda a extensão da verdade – Ministério Público Eleitoral e Polícia Federal – quis dar qualquer informação. Pelo que se pode concluir, não haverá investigação sobre o caso.
VERSÃO
Em entrevista concedida à Rádio Folha FM 100.3/AM 1020, no último domingo (21.10), o ex-deputado federal Airton Cascavel, que era um dos ocupantes do helicóptero apreendido pelos índios, negou que no interior da aeronave houvesse dinheiro, material de propaganda ou material esportivo para doação. Cascavel disse que emprestou o helicóptero de um amigo empresário e foi para o município do Uiramutã para agradecer os votos que recebeu na eleição para a Câmara Federal. Por enquanto, vale a versão dele.
DE NOVO?
Nos anos 70 do século passado, no auge do milagre econômico promovido pelo governo militar – o Brasil chegou a crescer mais de 11% ao ano –, os propagandistas governamentais fizeram distribuir adesivos com a seguinte mensagem: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. A alusão era clara: quem não concordasse com o governo dos generais deveria deixar o país. Nos governos do Lula/petismo, quem não concordava com eles era chamado de “coxinhas”, para marcar a diferença entre o governo e os que deles discordavam. Agora, alguns correligionários muito próximos do Bolsonaro estão sugerindo que os que não concordarem com a vitória dele deixem o Brasil. De novo?