Bom dia,

A maioria dos brasileiros e brasileiras não deu muita atenção às palavras do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) quando ele disse que um dos objetivos da realização da COP 25, a reunião que seria promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, no próximo ano, seria forçar seu governo a aceitar a criação do chamado Corredor Triplo A, a mais nova artimanha dos países desenvolvidos – especialmente os Estados Unidos e seus fiéis parceiros da Europa Ocidental – para internacionalizar e transformar boa parte da Amazônia em um território sob administração supranacional.

Os brasileiros e as brasileiras não deram a devida atenção às palavras de Bolsonaro porque não têm a menor ideia do que seja o tal do “Triplo A”. Não sabem que a proposta, já defendida pelo ex-presidente colombiano Juan Manoel Santos, quer a criação de uma imensa área de preservação ambiental com quase 150 milhões de hectares que começa nos Andes, atravessa a Floresta Amazônica até atingir o Oceano Atlântico. Incorporaria terras da Venezuela, Bolívia, Colômbia e do Brasil. Do Brasil uma extensa faixa sairia de terras do Amazonas, e para variar, de Roraima. Só para pontuar: o “Triplo A” teria uma superfície sete vezes maiores que a de Roraima.

A criação desse imenso território retiraria dos Estados nacionais envolvidos o uso soberano de seus recursos naturais, a começar pela proibição de construir qualquer obra de infraestrutura, bem como de destinar a utilização produtiva daquele espaço protegido. A intenção deliberada da construção do imenso território com vista a transformá-lo num futuro próximo, talvez no primeiro Estado sob governança global, um sonho da ONU e seus satélites, fica evidente pelo cuidado de ser criado um acesso marítimo pelo Oceano Atlântico.

A aceitação rápida do governo colombiano a tal desfaçatez tem uma razão aparentemente lógica. Quando divulgou sua obediência a essa atitude neocolonialista, e até a defendeu, Juan Manoel Santos ainda não tinha firmado o acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARCs), que dominavam completamente o território que aquele país cederia ao Triplo A. Na verdade, a estratégia de Santos era abrir a região à intervenção de forças militares internacionais, como a da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), para derrotar os terroristas esquerdistas. É bom lembrar que, faz pouco tempo, a Colômbia anunciou adesão àquela organização militar liderada pelos Estados Unidos da América.

Embora ainda não tenhamos qualquer fração territorial brasileira dominada por terroristas de esquerda, e portanto, não enfrentamos a necessidade de ceder territórios a eles, por certo não faltarão maus brasileiros e brasileiras, obedientes seguidores da ideologia imposta pelos países do Centro, que defenderão o Triplo A. Parte deles o fazem de boa-fé, por razões ideológicas ou visão de vida; outra parte são asquerosos mercenários que traem os interesses nacionais por bons salários que lhes pagam instituições governamentais internacionais ou Organizações Não Governamentais (ONGs) financiadas por dinheiro de governos estrangeiros ou empresas transnacionais.

Boa parte das estruturas do Estado Federal brasileiro está aparelhada por esse tipo de gente, que recebe gordos salários pagos pelos contribuintes brasileiros e trabalha para submeter o Brasil a esses interesses internacionais, por isso tem razão o presidente eleito Jair Bolsonaro de não financiar um caríssimo convescote internacional, dominado pelas potências econômicas e militares, para pressioná-lo a aceitar essa e outras pressões, que estão muito longe de representar o interesse nacional.

OUTRO

Aliás, essa história das forças internacionais tentarem criar imensos territórios, quase sem donos, na Amazônia é antiga. O caso mais bem-sucedido é o da criação do Território Ianomâmi, no início dos anos 90, do Século passado. Com terras de Roraima e do Amazonas foi estabelecida pelo governo Collor de Mello a Terra Indígena Ianomâmi, com superfície de mais de nove milhões de hectares, a Oeste da Amazônia. Essa etnia, ainda nômade, vive transitando entre o Brasil e a Venezuela, que lhes reservou para uso exclusivo outra área com superfície superior a oito milhões de hectares. As áreas são contíguas e somadas ocupam uma superfície contínua de mais de 18.000.000 ha.

NITROGLICERINA

Essas operações policiais para apurar eventuais desvios de recursos públicos na administração estadual podem estar apenas começando. Uma fonte da Parabólica diz ter conversado recentemente com um dos personagens preso nas recentes operações comandadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) que lhe disse não ter nenhuma disposição de pagar a conta sozinho. “Se for preso não terei qualquer dúvida de fazer delação premiada. Não tenho vocação para herói. Tenho tudo documentado e vou entregar os que se beneficiaram”, teria dito. É nitroglicerina pura, dizemos nós.

SERÁ?

O governador eleito Antonio Denarium (PSL) prometeu para hoje o anúncio do restante de sua equipe de governo no primeiro escalão. Faltam, entre outros, os secretários/secretárias de Fazenda, Agricultura, Trabalho Bem-Estar Social, Administração, Justiça e Cidadania, Iteraima, Codesaima, entre outras. É possível que o governador eleito possa falar também sobre as secretarias extraordinárias, que aliás nunca disseram a que vieram.