COM NADA
* Médicos que atuam nas unidades de saúde do Estado, contratados por meio da Coopebras, suspenderam os atendimentos agendados justificando que estão com salários atrasados. Pacientes com exames marcados para o dia 10 deste mês, no Coronel Mota, por exemplo, receberam ligação no dia 8, sendo informados da paralisação dos profissionais. Uma fonte da coluna nos mandou mensagem informando que ligou ontem para o hospital e recebeu a notícia de que a coisa continua do mesmo jeito.
COM TUDO
O Movimento Nacional em Defesa dos Direitos Sociais e da Justiça do Trabalho acontecerá na segunda-feira, 21, em todo o Brasil, e em Boa Vista será em frente ao Tribunal Regional do Trabalho – 11ª Região, localizado na Avenida Benjamin Constant, nº 1853, Centro. Por aqui, o ato tem o apoio do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e no Estado, da Associação Roraimense da Advocacia Trabalhista e da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Roraima.
Renan Monteiro, jogador do São Raimundo que brilhou na mídia nacional, recebe hoje kilométricas homenagens por conta de sua troca de data
Do Fusca
*Em comemoração ao “Dia Nacional do Fusca”, o Pátio Roraima Shopping vai promover um encontro de colecionadores e fãs do carro que é sucesso entre várias gerações. O evento, comemorado no Brasil há mais de 30 anos, vai acontecer no domingo, 20, a partir das 16h.
* A expectativa é reunir mais de 30 Fuscas durante a exposição no estacionamento do shopping e a novidade para este ano é a presença de carros de época de outras marcas. Para animar o evento, haverá muita música! É tudo gratuito!
Exemplo
* O roraimense Renan Monteiro, de 19 anos, ficou nacionalmente conhecido (Pasmem!!!) por causa de uma derrota. Jogador do São Raimundo local que foi goleado por 7 x 0 pelo Grêmio, na 1ª fase da Copinha, Renan, capitão do time derrotado, transbordou humildade.
* Disse que os colegas eram muito jovens e que deveriam ter cabeça erguida e que “não acabou nada não”. Sua postura chamou a atenção de um repórter do Globo Esporte, que o elogiou em sua rede social. Foi o suficiente pra viralizar.
Marina Cantão e Stanley “Boboco” Lira com o filho Celso, aniversariante da vez
Exemplo II
* Depois da postagem sobre Renan na rede social do repórter, ele estrelou matéria no disputado Globo Esporte e deu outro show de humildade. Emocionado, se referiu à família como sua base, declarou amor aos pais e à irmã e emocionou o Brasil.
* Na verdade, Renan é mesmo um “menino de ouro”. O jovem atleta roraimense é acadêmico de Educação Física e atua com um projeto social na periferia da cidade com crianças carentes. Um verdadeiro exemplo para outros jovens, pessoa em quem realmente vale a pena investir!
Feijoada
* O chef Élson Boaventura Tertulino realiza todos os sábados no Jeeps Bar (localizado dentro do Parque Anauá, acesso via lateral bairro dos Estados), a famosa “Feijoada do Élson”, das 11h às 15h30.
* E neste sábado, 19, terá três tipos de feijoada. A Carioca (Completa – com pé, costelinha suína salgada, charque, carne de sol, bacon e calabresa assados); a Macuxi – sem carnes de porco (com feijão preto, carne de sol e charque) e a Feijoada Nutella (apenas com calabresa e bacon, ambos assados). Os acompanhamentos são arroz branco ou arroz com couve, farofa de banana, abacaxi e couve.
Feijoada II
* A propósito, a “Feijoada do Elson” disponibiliza aos clientes Caipivodka de Maracujá (com Vodka SKY em sistema self-service), além de arrojada promoção, com descontos para quem comprar duas feijoadas e mais um guaraná de 1 litro.
* Na compra de três feijoadas, além do desconto leva mais um prato adicional e criança de até dez anos não paga. A feijoada pode ser consumida no Jeep Bar ou encomendada para viagem. Aceitam-se cartão e encomendas de outros tipos de pratos. Informações: (95) 99112-2500
*De 21 a 25 de janeiro, será realizado o 1º Encontro de Desenvolvimento Profissional e Corporativo de Boa Vista, das 19h às 21h, no auditório da Farmácia Pague Menos (em frente do DB).
*As palestras serão ministradas pelas consultoras na área de gestão Ana Beltrão e Kleryssan Tobias. A inscrição é 1 quilo de alimento não perecível por cada dia de palestra, que serão doados para instituição filantrópica, e pode ser feita no Instituto Ana Beltrão, na Avenida Terêncio Lima, 1910 – sala 1.
Ana Beltrão especial para a coluna
#RÁPIDAS
* Inaugurando idade nova nesta sábado, Dr. Evandro Moreira, Wagner Feitosa e Eudiene Martins.
* Amanhã, quem troca de data é Mercedes Peixoto, Fred Pedro Santana, Elias Rodrigues Costa e Domingos de Souza Ramos.
* A Associação Roraimense da Advocacia Trabalhista (ARAT) promoverá nesta segunda-feira, 21, o “Ato em Defesa dos Direitos Sociais e da Justiça do Trabalho”, a partir das 9h, no saguão do Fórum Trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho (Av. Benjamin Constant, nº 1853, Centro).
* O ato faz parte do Movimento Nacional em Defesa dos Direitos Sociais e da Justiça do Trabalho e ocorrerá no mesmo dia e horário em todo o Brasil.
PERFIL
Camila Asano: “Se houve vozes e episódios de xenofobia, há muito mais pessoas e iniciativas de acolhimento e solidariedade”
* Camila Asano é coordenadora de Programas da ONG Conectas Direitos Humanos e, atualmente, também está sob sua responsabilidade a coordenação do Programa Espaço Democrático e a atuação internacional da Conectas, o que inclui representação da ONG em foros multilaterais como ONU e OEA. Ela é formada em Relações Internacionais e mestre em Ciência Política, pela renomada USP, e já integrou o Conselho Municipal de Políticas para Migrantes da cidade de São Paulo. Camila Asano é membro do Conselho Nacional de Direitos Humanos; secretária-executiva do Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa e ocupa um assento no Conselho da Centre for Civil and Political Rights com sede em Genebra (Suíça). É professora de Relações Internacionais na FAAP em São Paulo desde 2010 (atualmente licenciada). Representando a Conectas, ela tem atuado em Roraima desde 2016 com importantes trabalhos em prol dos imigrantes venezuelanos.
* Por que você decidiu estudar Relações Internacionais?
Desde criança, eu sempre quis saber mais sobre outras culturas e países. Adorava brincar com o globo terrestre caríssimo da minha tia-avó, para desespero dela. O interesse por história e geopolítica foi crescendo na escola e isso acabou me levando a estudar Relações Internacionais. É uma área de estudo muito ligada à política, algo que me fascina. Ainda mais política internacional e todas suas complexidades.
* Como se dá a atuação na Conectas no Brasil?
Somos uma entidade parte de um movimento que persiste na luta pela igualdade de direitos. Conectados a uma rede extensa de parceiros espalhados pelo Brasil, trabalhamos para proteger e ampliar os direitos de todos e todas, especialmente para os mais vulneráveis. Propomos soluções, impedimos retrocessos e denunciamos violações para produzir transformações.
* E no exterior?
Trabalhamos com ONGs parceiras locais em países do Sul Global como Zimbábue, Indonésia, Mianmar e México em uma lógica de compartilhamento de experiências e estratégias. E em ações de mobilização e solidariedade diante de abusos e violações de direitos humanos. Há quase dez anos, atuamos com ONGs venezuelanas para denunciar na ONU e na OEA a violência e limitação das liberdades no país vizinho e cobrando uma posição responsável do Brasil diante da crise que vinha ali se agudizando.
* O que faz exatamente o Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa?
Somos um agrupamento de ONGs e órgãos do Estado como a Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos (do Ministério Público Federal) criado para exigir o cumprimento do Artigo 4º, II da Constituição que determina que as relações internacionais do Brasil devem ser regidas pela prevalência dos direitos humanos.
* Como membro do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, como você vê a questão da imigração no mundo?
Migrar é um direito humano e políticas migratórias devem ser pensadas sob essa perspectiva. Quando falamos em direitos humanos, estamos nos referindo àquele piso mínimo que vai propiciar dignidade às pessoas, como não ser torturada, ter liberdade para se expressar, exercer sua fé, acesso à saúde e educação. São direitos fundamentais que pertencem a você e a mim por sermos humanos, não por conta de uma nacionalidade.
* Qual a sua avaliação sobre a crise humanitária na Venezuela que trouxe milhares de venezuelanos ao Brasil através de Roraima?
Estive três vezes em Caracas ao longo de sete anos. Vi a situação ir se deteriorando dramaticamente. Trabalhei com ONGs venezuelanas na denúncia internacional de casos de ataque à independência do Judiciário e escassez absoluta de remédios que têm gerado mortes por diabetes e pressão alta. As famílias venezuelanas que chegam a Roraima não tiveram outra escolha. Precisaram abandonar suas casas e vidas e buscaram no Brasil acolhida e proteção.
* E quanto à “Operação Acolhida”?
É e será positiva na medida em que seja pensada e implementada na perspectiva humanitária. Os eixos de registro, documentação e imunização na fronteira, do sistema de acolhimento nas cidades de Pacaraima e Boa Vista e interiorização são fundamentais. Mas acredito que há um eixo que não tem aparecido com tanta ênfase que precisa ser reforçado: a integração local dos venezuelanos em Roraima. Mais projetos de geração de renda em Roraima podem inclusive contribuir com a economia local do Estado. E reforços nos sistemas de saúde e educação tornam-se legados para os próprios roraimenses. Criar sistemas paralelos de saúde e educação a venezuelanos dentro dos abrigos vai na contramão disso.
* Como tem sido a atuação da Conectas Direitos Humanos em Roraima?
Atuamos em parceria com entidades que estão presentes no Estado e buscamos contribuir no processo de desenho e definição de política pública voltada à questão da migração venezuelana, sobretudo nos debates e decisões em Brasília. Um ponto que nos preocupa muito é a demora injustificável do Comitê Nacional para Refugiados (Conare) para decidir sobre os pedidos de refúgio de venezuelanos.
* Qual seria a solução para a crise migratória, a curto, médio e longo prazo?
Em primeiro lugar, o Brasil não deve promover medidas que gerem mais danos à situação na Venezuela como intervenção militar ou sanções que penalizaram indiscriminadamente a sociedade. O anúncio de continuidade da Operação Acolhida pelo governo Bolsonaro era a medida necessária a curto prazo. A médio e longo prazo, é preciso dar mais atenção à questão da integração local dos venezuelanos, seja em Roraima e nos Estados da interiorização. Para isso, é preciso um trabalho colaborativo e construtivo entre governo estadual e federal. No passado, tivemos uma relação conflitiva que levou até o governo anterior de Roraima a entrar com uma ação contra o governo federal no STF. Precisamos superar isso.
* Que mensagem você deixa à população de Roraima?
Deixaria uma mensagem de extrema admiração. Se houve vozes e episódios de xenofobia, há muito mais pessoas e iniciativas de acolhimento e solidariedade. E digo isso pensando nas tantas pessoas especiais que tenho conhecido nas minhas passagens pelo Estado. Roraima se tornou um local de muito trabalho e também de muitos novos amigos e amigas para mim.