Bom dia,

Os brasileiros e as brasileiras discutiram estarrecidos, ontem, a tragédia ocorrida numa escola estadual no município de Suzano, interior paulista, onde dois jovens mataram sete pessoas – duas funcionárias e cinco estudantes homens – e depois cometeram suicídio. Antes, um deles, ainda passou numa loja de vender carros, e depois de rápida discussão, matou o próprio tio com três tiros. Foram dez mortes, e quase outro tanto de feridos em poucos minutos. Todos passaram o dia se perguntando por quais motivos os dois jovens cometeram esse ato tresloucado e sem justificativa aparente. E, infelizmente, não foi o primeiro dessa natureza, e provavelmente não será o único.

Esse tipo de tragédia tem sido muito comum no Estados Unidos, e de lá a prática macabra é imitada em outras partes do mundo, e aqui no Brasil não se faz diferente. E que ninguém se engane, não é fato isolado do contexto do imperialismo cultural e comportamental que países do Centro impõem aos da Periferia. A imprensa comprometida; as escolas de todos os níveis, inclusive as universidades; as mídias eletrônicas hoje impulsionadas pelas redes sociais; e toda sorte de instituições formadoras de opinião trazem para países culturalmente fragilizados e com fraca soberania, tudo aquilo que o mundo desenvolvido resolve transformar em valores e práticas universais.

É assim que os tupiniquins são adestrados para cultuar o valor do ambientalismo; dos direitos humanos; do indigenismo; da política de gêneros e do globalismo como valores que estão acima de quaisquer outros. É como se todos tivessem que assumir comportamentos para buscar objetivos universais comuns. Em outras palavras, somos todos iguais mesmo vivendo em mundos tão diferentes. Por isso, parece até racional que nossos loucos tupiniquins imitem os loucos do mundo desenvolvido. Por que não?

COINCIDÊNCIA? Em campanha, Jair Bolsonaro (PSL) reclamou contra as multas aplicadas pelos órgãos de defesa do meio ambiente que, no dizer dele, eram excessivas. Talvez por coincidência, nos dois primeiros meses (janeiro e fevereiro) de seu governo, os autos de infração emitidos pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) foram os menores dos últimos dez anos. Neste primeiro bimestre de 2019, os fiscais do Ibama fizeram 1.139 autuações contra 1.580, no mesmo período de 2018. Uma redução de 441 autuações. Mas, é bom levar em conta que janeiro e fevereiro são meses chuvosos em quase toda a Amazônia. Logo…

DIVIDIDO O Brasil está realmente fraturado do ponto de vista político. A prisão de dois suspeitos de terem executado a vereadora carioca Mariele Franco e o fato de o acusado de ter puxado o gatilho morar no mesmo condomínio onde residia o presidente Jair Bolsonaro, tem sido suficiente para que seus adversários estejam fazendo todo o esforço para ligá-lo ao crime. Em reação, a legião de defensores de Bolsonaro voltou a pedir que sejam aprofundadas as investigações sobre possíveis mandantes do atentado de que ele foi vítima, tendo como autor o tal do Adélio Bispo. É uma situação permanentemente marcada por armas desembainhadas. Até quando?

DESISTIU O deputado estadual Jorge Everton (MDB), um dos 12 candidatos inscritos para concorrer à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), no lugar do falecido conselheiro Essen Pinheiro Filho, protocolizou ontem, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), requerimento desistindo de concorrer. Segundo fontes da Parabólica, a desistência do parlamentar, que é também eleitor na indicação do novo conselheiro do TCE, é resultado de articulações de bastidores. Para os mais próximos, Jorge Everton já teria manifestado sua preferência entre os 11 restantes candidatos.

DIFERENÇA Noutro dia, contamos aqui a história de sofrimento de uma pessoa pobre, obrigada a enfrentar despesas muito altas para cuidar de um problema num dos olhos. Pois bem, estimulado pelos comentários, um microempresário resolveu contar sua história: “Estou enfrentando alguns problemas de coração. O médico me pediu vários exames e, como no governo está tudo parado, resolvi fazer uma pesquisa na rede privada local para ver se eu conseguiria pagar. Não dava. Falei disso com um amigo que mora em Maceió, Estado de Alagoas. Ele pediu que eu mandasse a minha pesquisa para ele comparar com os preços naquela praça”.

DIFERENÇA 2 “Para minha surpresa, se eu fosse para Maceió, gastaria para fazer todos os exames pedidos pelo médico menos da metade do que gastaria aqui em Boa Vista. Só para dar um exemplo, um eletrocardiograma que aqui custa até R$ 400, encontrei uma clínica alagoana que faz o mesmo exame por R$ 140. Fiz as contas, consegui comprar parcelada uma passagem em promoção e, como tive a hospedagem oferecida pelo amigo, deu para eu fazer todos os exames por lá”, disse o microempresário.

GRANA Os dados que a Folha divulga hoje mostram que o governo estadual não deve ter muitas queixas sobre a chegada de recursos provenientes do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Considerando as parcelas referentes aos meses de janeiro e fevereiro, e aquela referente ao primeiro decêndio de março, a transferência líquida de FPE, no período, chegou muito perto dos R$ 500 milhões. Ainda tem as outras transferências federais e a arrecadação do ICMS. É uma boa grana.