Bom dia,
“É uma oportunidade inédita, e talvez única. Como nunca Roraima teve. Não há registro histórico da presença de tantas figuras do primeiro escalão do governo federal em solo roraimense na mesma ocasião. Nem mesmo nos velhos tempos do Território Federal, quando Roraima era uma espécie de autarquia tutelada pela União. A presença de tantos agentes federais com capacidade de decisão entre nós não pode ser desperdiçada. A vinda desses ministros e dos principais dirigentes de autarquias ao Estado não deixa dúvidas quanto ao sincero desejo do presidente Jair Bolsonaro [PSL] de fazer de Roraima uma das prioridades regionais de seu governo. Eles não viriam aqui para fazer jogo de cena”, disse ontem à Parabólica um ex-deputado federal.
O bom senso manda que todos concordemos com ele. Se essas autoridades federais decidem visitar Roraima, devem fazer isso para colher dados e sugestões de como transformar o Estado em prioridade do governo nacional. E, com certeza, é sobre esse ângulo que deve ser levada em consideração a advertência do ex-parlamentar federal ao lembrar que a oportunidade não pode ser perdida. O governo estadual, seguramente, deve ter formulado um conjunto inteligente de propostas para serem submetidas aos ministros e seus acompanhantes. O entusiasmo com esse apoio explícito do governo Bolsonaro ao povo de Roraima não pode ser transformado em mero deslumbramento.
REGULARIZAÇÃO
É claro, a vinda dos ministros ligados à questão de regularização fundiária no Estado não é fato novo. Na verdade, por dever de justiça, é preciso reconhecer que o governo Suely Campos (PP) fez todo o trabalho técnico, inclusive com a recuperação moral, operacional e estrutural do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima). Este assunto não foi resolvido, Faltava transferir poucas glebas e a expedição da famigerada Anuência Prévia para que o governo de então pudesse expedir títulos definitivos com segurança jurídica. Isso só não ocorreu por interesses políticos mesquinhos de um governo que transformou o Palácio do Planalto num lugar de práticas criminosas e politiqueiras. Ao novo governo cabe apenas cumprir a lei e agir com conduta republicana.
LINHÃO DE TUCURUÍ
Com certeza, o ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque, vem ratificar a decisão do governo Bolsonaro de iniciar proximamente a construção do Linhão de Tucuruí. Esse projeto tem, sem qualquer dúvida, uma enorme importância estratégica para o desenvolvimento de Roraima, e que vem sendo tentado desde 2011, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou o leilão que definiu o consórcio para construir a obra e explorar a transporte da energia. Não dá para nominar uma paternidade para obra – embora seja relativamente fácil indicar os vilões que a retardaram – e nesse sentido a crise entre Brasil e Venezuela foi a pá de cal que levou Bolsonaro a se decidir fazê-la.
MIGRAÇÃO
Os ministros devem anunciar também a continuidade por mais um ano da Operação Acolhida, executada pelo Exército Brasileiro, de apoio aos migrantes venezuelanos. É um conjunto de atividades que só o governo federal pode, e tem obrigação de fazer, e seguramente, mesmo que meritória do ponto de vista humanitário, tem pouca coisa a ver com o desenvolvimento sustentável de Roraima, muito embora no curto prazo contribua para dinamizar a economia interna. Não será, portanto, qualquer novidade que possa ser trazida pela grande comitiva de ministros e dirigentes de autarquias federais.
ALC
Quem acompanha e sente os efeitos até agora trazidos pela criação da Área de Livre Comércio (ALC) de Boa Vista não tem dúvida de que ele representa o único e mais poderoso instrumento de desenvolvimento criado nos últimos 30 anos para promover o desenvolvimento de Roraima. Ela precisa ser completada – entre outras coisas até hoje não foi implantado o porto seco para desembaraçar mercadorias estrangeiras aqui mesmo – e pode ser aperfeiçoada para se tornar mais forte ainda no fomento da economia roraimense. É preciso ver que, além do agronegócio, o comércio e a indústria podem ser setores dinâmicos da economia local.
CONSELHO
Empresários com negócios sediados no Distrito Industrial decidiram criar um Conselho de Desenvolvimento do Distrito Industrial de Roraima. Para presidi-lo, foi escolhido o empresário Remídio Monai, ex-deputado federal e dono da Amatur. E os empresários não perderam tempo: encaminharam ofícios ao governo do Estado e à Prefeitura de Boa Vista solicitando urgentes intervenções naquele local que abriga centenas de empresas, gerando milhares de empregos. Entre outras coisas, eles pedem saneamento (esgoto e drenagem), iluminação pública, recuperação de asfalto e policiamento. Faz tempo que o Distrito Industrial se ressente de uma atenção maior tanto do governo do Estado, quanto da prefeitura.
ANIVERSÁRIO
O 7º Batalhão de Infantaria de Selva, Batalhão Forte São Joaquim, realiza hoje, logo mais às 19h30, formatura para comemorar o 58º aniversário de criação daquela importante unidade militar. O comandante da unidade, Ten. Cel. Gian Dermário da Silva, já expediu convites para o evento, que vai ser realizado no Quartel-Sede da unidade. Merece ser prestigiada.
HISTÓRIA
Alguém deveria levar ao conhecimento do presidente do Incra, o general de Exército João Carlos Jesus Corrêa, que estará hoje em Boa Vista, a história de sofrimento dos produtores expulsos da Raposa/Serra do Sol. Eles foram, até agora, enganados pelo governo federal. Uma vergonha.