A transformação de Roraima exige planejamento estratégico – Jalser Renier
Uma comitiva com cinco ministros de Estado desembarcou nessa quinta-feira em Roraima para verificar de perto a situação que estamos enfrentando. Essa é uma demonstração da importância estratégica de Roraima e um gesto claro do governo do presidente Jair Bolsonaro de preocupação com o Estado. Roraima passa por sérios problemas e a situação pode se agravar ainda mais diante das dificuldades enfrentadas pela Venezuela, país vizinho e irmão.
Em determinado momento da nossa história, olhamos para a Venezuela como uma alternativa para soltar as amarras que impedem nosso desenvolvimento. Confiamos que a energia produzida pelo nosso vizinho seria a melhor solução para o abastecimento urbano e para impulsionar a economia local.
Os problemas da Venezuela, no entanto, ressoam em nosso cotidiano, pois a fronteira se transformou em rota de fuga para os venezuelanos mais necessitados e que precisam de ajuda. Correm para cá em busca daquilo que nós, roraimenses, também precisamos. O Estado não tem como oferecer trabalho e oportunidade para os milhares de refugiados que tentam escapar da fome e da miséria.
Roraima passa por uma crise financeira crônica, baixa produção agrícola, ausência de indústrias e de um parque tecnológico, falta de estímulo para o setor do turismo e, como consequência de tudo isso, o Estado não produz riqueza para oferecer uma melhor condição de vida para a população e para custear a máquina pública.
Precisamos ser claros: Roraima precisa de ajuda para ultrapassar essa difícil situação e encontrar o rumo do desenvolvimento. Temos profissionais qualificados que necessitam de emprego, temos áreas férteis para o cultivo, temos uma exuberante beleza natural atraente para turistas de todo o mundo, um povo trabalhador e acolhedor. Com tanto potencial, por que nosso Estado ainda não encontrou o seu caminho, por que ainda não pode oferecer saúde, educação, segurança, estradas e infraestrutura de qualidade à população? A resposta não é muito difícil. Ao longo de sua história, faltou – e ainda falta – a Roraima um planejamento estratégico, que permita a exploração dos potenciais de maneira sistemática, organizada e de longo prazo. Um plano duradouro de desenvolvimento social e econômico que transforme a vida das pessoas e o próprio Estado.
Ações pontuais são extremamente necessárias neste momento, mas não avançaremos com soluções paliativas e tapa-buracos. É preciso ir além. A visão estratégica de estado precisa ser transversal aos governos que se sucedam, deve ser um compromisso da classe política com a sociedade e da sociedade com as futuras gerações.
Além da ajuda federal para problemas conjunturais, precisamos saber exatamente o caminho a seguir e como trilhá-lo. A estagnação econômica também decorre da falta de planejamento e da inexistência de um projeto estratégico. E essa tarefa é nossa, da academia, do setor privado, da sociedade civil em geral, da classe política, do governo e das prefeituras. Devemos ser os timoneiros dessa transformação e do nosso destino, não é uma tarefa que possa ser delegada.
Antes de chegar ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro esteve inúmeras vezes em Roraima, ele fala do nosso Estado com respeito e admiração. Por diversas vezes, já demonstrou preocupação com a Região Norte e com nossa fronteira com a Venezuela. Braço direito do presidente, o chefe de Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva Augusto Heleno, foi comandante militar da Amazônia e conhece profundamente a região.
Roraima conta hoje com a boa vontade do governo federal. É preciso aproveitar essa oportunidade e investir e acreditar num plano de desenvolvimento. A chegada da comitiva de ministros é, ao mesmo tempo, animadora e desafiadora. Precisamos arregaçar as mangas para elaborar e colocar em prática um plano de desenvolvimento capaz de, efetivamente, promover as oportunidades e gerar os benefícios que os roraimenses merecem.
*Deputado estadual e Presidente da Assembleia Legislativa de Roraima
A inovação do ensino a distância e o estudo de novas línguas – Felipe Dib
De uns anos para cá, o mercado de educação e ensino a distância (EAD) está em ampla expansão. Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), existem hoje no País cerca de 161 empresas neste setor, o dobro se compararmos com o ano de 2015.
Podemos creditar esse crescimento ao surgimento de novas tecnologias para a área, que acabam facilitando o acesso dos alunos e, claro, ao momento de instabilidade econômica do País, que levou diversos estudantes a procurar alternativas para não interromper os estudos.
Um fato curioso é que quando se fala em EAD, a primeira coisa que vem à mente são os cursos de graduação ou supletivos. Mas o ensino a distância vai muito além. O aprendizado ou aprimoramento de outras línguas é um exemplo disso. Antes visto no mercado de trabalho como um diferencial, hoje, o conhecimento de idiomas é imprescindível em quase todas as áreas. O que antes era transmitido de forma arcaica e básica (quem nunca viu um comercial de escolas de Inglês ando a entender que a aula dava sono?), passou a ser dinâmico e de fácil acesso de qualquer lugar do mundo. Aqui, destaco outro ponto importante do EAD para línguas estrangeiras. O ritmo de aprendizado de cada um é muito específico, portanto, por que manter o mesmo antigo formato de aulas? Não faz mais sentido.
E sabe o melhor disso tudo? As novas opções de ensino são muito bem vistas aos olhos dos alunos, pois podem realizar as aulas e atividades em qualquer lugar e em horários variados, sempre adequados à sua realidade, prática que não acontece quando as aulas são presenciais. Então, o EAD é mil maravilhas? Not really! Entre as vantagens que vemos estão comodidade, o valor (que em sua maioria são mais baixos do que optar por aulas presenciais) e o alcance, já que pessoas de qualquer lugar do mundo possuem acesso às aulas.
É claro que não existem fórmulas mágicas para se dar bem com o EAD, mas uma dica importante que dou a todos os meus alunos no “Você Aprende Agora”, e que enxergo ser o melhor método de ensino unindo o aprendizado e a motivação, é que precisam seguir três passos básicos: 1) assista ao vídeo da aula; 2) veja novamente e anote tudo o que foi dito; 3) assista pela terceira vez e repita tudo o que está sendo ensinado (escute sua voz falando Inglês).
Parece fácil demais, né? E é! Garanto que com esses três passos básicos e com uma dedicação de pelo menos dez minutos por dia, o aluno consegue reter informações e aprender, muitas vezes, mais do que em aulas presenciais. Portanto, em resumo: aposte SIM no EAD, procure por aulas que possam ser personalizadas ao seu ritmo de estudo e se jogue no mar de conhecimento que pode surgir à sua frente.
*Fundador do curso de Inglês online
Quando irá chover? – Vera Sábio
Amanhece e anoitece e a fumaça cresce e as chuvas não chegam…
Não sei por que pouco estou observando falar sobre a seca enorme pela qual estamos passando. Já soube de pessoas que chegaram a ser internadas com problemas de pulmão devido ao nevoeiro de fumaça que per
cebemos todos os dias.
O calor é intenso, o sol escaldante, e ventos que ajudam o fogo a se espalhar rapidamente.
Cadê as chuvas e a consciência humana para poupar água e não espalhar fogo?
Já sabemos que nem bem 1/3 de água potável temos em nosso planeta; no entanto, muitos são teimosos em pensar que grandes problemas não o atingirão, mesmo estando eles no mesmo barco de todos nós.
Portanto, é hora de parar de brincar com fogo, pois prestes seremos queimados e, pior ainda, mesmo aqueles que lutam pela preservação do planeta, poupando água, não jogando lixo, fazendo economia e mantendo a ordem, se não conseguirem conscientizar os que não agem assim, sofrerão igualmente o mal que os outros fizerem.
É incrível que mediante tantas catástrofes ambientais, ainda tem aqueles monstruosos que colocam fogo, simplesmente por colocarem, para ver queimar, por quererem a destruição; matando a natureza e todos os animais que estão nela. O que será que tem na cabeça de indivíduos assim?
É preciso divulgar mais a necessidade da preservação, colocando penalidades mais rígidas e severas àqueles que colocarem fogo, desperdiçarem água e não terem os cuidados necessários para a preservação da vida.
Enquanto não houver consciência, que haja leis. Para que os que preservam, poupam e cuidam, não paguem pelo desleixo daqueles que são maus e querem ver queimado nosso mundo e nossos sonhos, junto com nosso futuro.
*Escritora, palestrante, servidora pública, esposa, mãe e cega com grande visão interna. Adquira meu livro “enxergando o Sucesso com as Mãos”. Cel 95 991687731 Blog: enxergandocomosdedos.blogspot.com.br
Vivendo a crise – Afonso Rodrigues de Oliveira
“Bendita crise que vai me mostrar novas oportunidades.” (Mirna Grzich)
Com nariz arrebitado, você pode estar criando uma crise. E sem perceber, ela vai acabar mostrando um novo caminho para você seguir. Mas não vá nessa. Procure ficar na sua, sempre que o aborrecimento chegar.
O tempo aqui na Ilha Comprida está chato pra dedéu. Faz três dias que chove, um chuviscozinho chato, do tipo molha trouxa. E a dona Salete fica o dia todo reclamando porque não pode ir à praia. As reclamações acabam me aborrecendo. Aí fico pensando: por que devo me preocupar porque ela não pode ir à praia? Pensei, pensei e resolvi mandar um e-mail para o Pedrão lá no céu, pra ele parar de lavar o quintal e de jogar água na gente. Pelo que falam os entendidos por aqui, ele vai me atender, e amanhã o tempo estará bom.
Estamos vivendo uma crise, que de uma maneira ou de outra, é mais ou menos igual às anteriores. E ainda não aprendemos a conviver com elas. Ainda não sabemos que enquanto ficarmos perdendo tempo com as crises, nunca iremos encontrar a solução. No mundo da política, por exemplo, ficamos o tempo todo criticando a política, sem nos tocarmos que o problema não está na política, mas nos políticos. Aí nos aborrecemos, perdendo tempo com a crise, sem entendermos que nós é que somos responsáveis pelos maus políticos que temos. Então, somos nós os responsáveis pela crise. Então vamos parar de boboquice e pensar em novas oportunidades.
Deu pra sacar como é fácil se deixar abater com a força de quem ou do que não é nem pode ser mais forte do que nós? Vamos amadurecer e procurar nos educarmos para que mereçamos mais respeito dos “políticos” que estão, ou deveriam estar, sob nossa responsabilidade. Mas precisamos merecer o respeito. E não o mereceremos enquanto não nos educarmos. Então, vamos fazer por nós o que os políticos deveriam fazer. Vamos nos educar politicamente, para que saibamos e possamos mudar o ritmo da coisa, tirando nosso País da crise em que está afundado.
Vamos aprender a encarar a crise como uma mestra que nos ensina a ver a vida como ela realmente é. E quando a conhecermos, não nos preocuparemos com ela. Em vez de nos aborrecermos com a crise, vamos procurar a solução. E esta está ao alcance de todos nós, e em cada um de nós. Não desperdice nem perca seu tempo. Aproveite cada minuto de sua vida para uma reflexão sobre sua responsabilidade. Porque enquanto não conhecermos nossos deveres, não mereceremos nossos direitos. E enquanto o ignorarmos, não conseguiremos ser cidadãos de fato e de direito. “No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo.” Pense nisso.
*Articulista [email protected] 99121-1460