Em entrevista coletiva no final da manhã desta sexta-feira, dia 03, a cúpula do Sistema de Segurança Pública de Roraima apresentou o resultado da perícia realizada pelo Instituto de Criminalística, que confirmou a apreensão de 2,5 toneladas de explosivos do tipo emulsão encartuchada. A Polícia investiga se a carga é roubada.
A apreensão ocorreu na madrugada do dia 1º de outubro, no Posto de Fiscalização da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), no Jundiá, município de Rorainópolis, na divisa com o Amazonas.
O comandante da PM (Polícia Militar), Dagoberto Gonçalves, explicou que a apreensão da ocorreu, quando o caminhão Mercedes 1620, na cor branca, de placa NAP-7003, com capacidade para 14 toneladas, foi abordado pelos fiscais da Sefaz, que observaram que o peso não condizia com o que estava indicando na nota, que seria ração para peixe, pois o caminhão estava muito pesado.
“Juntamente com os policiais militares, os fiscais fizeram a verificação e descobriu-se que tinha mais de duas toneladas de explosivo encartuchado, em forma de cartucho de emulsão. É uma quantidade considerada, tratando-se de norte do Brasil. A carga estava totalmente irregular e agora a Polícia Civil vai fazer a investigação para saber a origem e o que aconteceu com essa carga”, disse.
Segundo o secretário de Segurança Pública, coronel Amadeu Soares, essa foi a maior apreensão de explosivo registrada pelas polícias estaduais. Ele disse que a Polícia Civil vai dar sequência para checar a procedência da carga, o destino e a finalidade para qual seria usada.
“A Polícia Civil vai investigar se o explosivo era para uso em pedreiras, para seguir com destino à fronteira seja Venezuela ou Guiana ou para explosão em caixas eletrônicos”, cogitou, informando que todo o material explosivo está custodiado no Exército Brasileiro, que possui a competência para controle e fiscalização desse tipo de carga.
O delegado geral de Polícia, Luciano Silvestre, informou que o delegado que conduziu as investigações, João Evangelista, já identificou o motorista do caminhão. “No momento em que a carga era fiscalizada o motorista conseguiu fugir se escondendo na mata. Infelizmente a região de Rorainópolis é de floresta, o que torna difícil a localização dele para prendê-lo ainda em flagrante, uma vez que estamos com diligências ininterruptas. Entretanto, caso não consigamos prendê-lo em flagrante, vamos solicitar a prisão preventiva dele para o desfecho da investigação”, explicou.
O delegado geral informou também que o explosivo tem um código de barra. Por meio desse código vai ser possível localizar onde o produto foi fabricado. “Vamos conseguir identificar a indústria que fabricou e por sua vez a indústria deve informar para quem vendeu e vamos conseguir fechar esse ciclo para saber se é roubada, quem vendeu e quem comprou, para facilitar a identificação”, disse Silvestre.
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