Bom dia,

Qual o principal significado da decisão dos deputados federais em retirar do domínio do ministro Sérgio Moro o Controle de Atividades Financeira (Coaf), passando-o para o atual ministro da Economia, Paulo Guedes? Desde que foi lhe entregue, a administração do Coaf, o ministro da Justiça estava transformando-o no mais poderoso órgão de inteligência para identificar especialmente a lavagem de dinheiro da corrupção endêmica que fez o Brasil adoecer do ponto de vista moral. E isso estava incomodando muita gente no Congresso Nacional, que de uma forma ou de outra, continua sendo investigada pela Lava Jato.

Por outro lado, resta muito claro que a famosa renovação que o povo teria feito através do voto nas eleições de 2018 não foi capaz de mudar muita coisa na prática de como se faz política no Brasil. Resta muito claro que o Congresso, na atual legislatura, não é muito diferente daquele que negou por duas vezes o pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) para processar Michel Temer (MDB) por corrupção. Enquanto Poder, o Legislativo continua sem nenhuma vontade política de passar o Brasil a limpo, sua maioria parece preferir ver o país sangrando pela corrupção endêmica, que quebrou nossa pátria.

DERROTOU

Ontem, na Câmara dos Deputados, o governo Bolsonaro sofreu outra significativa derrota, e desta vez para os partidos de oposição; para o lobby das organizações não governamentais (ONGs); e para o poder da mídia que recebe dinheiro do aparato ambientalista/indigenista internacional. Essa derrota foi expressa na volta da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, como queriam essas forças. Pela proposta do governo, a Funai estava no Ministério da Mulher e Cidadania. 

PAB

Finalmente, como o leitor pode ler hoje na Folha, o consórcio vencedor para a construção e operação do Linhão de Tucuruí, entregou À Funai, o Plano Básico Ambiental (PAB) daquela obra. Agora, esse PAB vai ser discutido com todas as comunidades e lideranças dos índios Waimiri-Atroari, para que finalmente os indígenas digam se concordam, ou não, com a construção do Linhão de Tucuruí, que para quase todos os roraimenses representa a solução definitiva para o abastecimento da energia elétrica do estado. Em quanto tempo isso será feito, ninguém pode dizer com precisão.

OTIMISMO 

O governo federal e suas autoridades do setor elétrico estão otimistas quanto ao desenlace da consulta que vai ser realizada entre comunidades Wamiri-Atroari. Fontes de bom relacionamento com os indígenas dizem que eles estão interessados especialmente sobre o valor que deverão receber anualmente, a título de indenização, por permitirem a passagem do Linhão de Tucuruí pelos pouco mais de 123km que atravessam sua reserva. O governo também sabe que tem organização não governamental interessada em ganhar um dinheirinho com a elaboração de laudo antropológico para balizar a decisão dos índios, na forma como preconiza a Convenção 169/OIT.

CERCO

Para quem acompanha a resistência organizada por ambientalistas e indigenistas contra o governo de Jair Bolsonaro está muito claro que está sendo feito um cerco para fazer o novo governo recuar de sua anunciada decisão  de adotar uma nova política para o setor, que leve mais em conta os interesses reais do Brasil, e não o que querem nos forçar a fazer o movimento ambientalista internacional. A pressão vem de dentro e, especialmente, de fora do país, com a ameaça até de parar de comprar commodities, agrícolas e minerais, do Brasil. 

ELEGANTE

Fontes da Parabólica dizem que a saída da Secretaria Estadual de Segurança de Márcio Amorim ficou longe de ser motivada por problemas familiares ou de foro íntimo, como elegantemente declarou o delegado exonerado. No futuro ainda serão revelados os verdadeiros motivos da saída de Márcio Amorim da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), que decididamente foi motivada pela insatisfação de alguns grupos políticos com sua atuação à frente daquela pasta.

CANDIDATO

Correligionários da prefeita Teresa Surita (MDB) não descartam a hipótese de que ela tem o vice-prefeito Arthur Machado Filho como uma das alternativas de candidato a sua substituição na Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV). Esses correligionários dizem que a nomeação de Arthur Machado Filho para a Secretaria Municipal de Educação pode fazer parte de uma estratégia para lhe dar mais visibilidade política. E se isso ocorrer, o nome do vice pode se impor como candidato do grupo político da prefeita, que é comandado pelo ex-senador Romero Jucá (MDB). Arthur Filho é filiado ao PSD.

PARALISAÇÃO

Professores ligados ao movimento sindical da Universidade Federal de Roraima (UFRR) estão decididos a fazer nova paralisação na próxima quinta-feira, 30.05, como aquela ocorrida no último dia 15.05. E se depender do movimento sindical, ainda no mês de junho os professores e servidores da UFRR poderão decretar greve. A motivação ainda é a mesma: corte nas verbas para a instituição.