Bom dia,
Os brasileiros e as brasileiras acordaram ontem, quinta-feira, 30.05, sabendo que ficaram mais pobres no primeiro trimestre (janeiro/ fevereiro/ março) deste ano. É que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de desempenho da economia brasileira referentes àquele período, que mostram uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,2%. O PIB é a soma de todas as riquezas (bens e serviços) produzidas no país, durante determinado período de tempo.
Para um país que vem apresentando um desempenho econômico pífio nos últimos anos; que produz em 2019 menos do que produziu em 2012 – e lá se vão sete penosos anos – a divulgação desse número equivale a um cruzado desferido no rosto de um boxeador à beira de um nocaute avassalador. Por trás desse número está um país afogado no desemprego, na violência e na desesperança; dividido entre uma direita que não consegue formar consensos para avançar; e uma esquerda carcomida que torce pelo quanto pior melhor.
É uma pena!
CANDIDATURA
A Parabólica noticiou ontem, quinta-feira, 30.05, que o ex-deputado estadual Oleno Matos estaria prestes a filiar-se ao Cidadania (ex-PPS), presidido nacionalmente por Roberto Freire, que virá a Boa Vista para prestigiar a filiação, no próximo dia 14 de junho. Pois bem, fontes da Coluna dizem que na oportunidade será lançada a pré-candidatura de Oleno Matos à Prefeitura de Boa Vista, na eleição do próximo ano.
SEM ENTUSIASMO
O Ministro do Supremo Tribunal Federal, José Roberto Barroso, foi entrevistado por um canal de notícias por assinatura na quarta-feira, (29.05), à noite. Quando perguntado sobre o futuro pacto a ser assinado pelos chefes dos três poderes, em torno de propostas para destravar o Brasil, ele não demonstrou o menor entusiasmo. Ao contrário, citou três grandes eixos (a questão econômica, a corrupção/violência e a educação) como essenciais para serem enfrentadas, independente de acordos assinados. A posição de Barroso dá uma pálida ideia das dificuldades que o presidente do STF, Dias Toffoli, terá para fazer seus pares aceitarem o acordo.
DE FORA
Quem acompanha o cenário político/institucional do Brasil, e sabe do protagonismo do Ministério Público Federal, tem a nítida sensação de que faltou alguém naquele café da manhã de segunda-feira, 27.05, no Palácio da Alvorada, para as tratativas iniciais com vistas à formulação do pacto entre os poderes, para destravar o Brasil. Trata-se da ausência da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O MPF, é verdade, não é poder, mas tem um enorme potencial de fazer barulho, especialmente em matéria de direitos humanos, inclusive, indigeníssimo; e ambientalíssimo.
MANDOU PROIBIR 1
Como na paralização do dia 15.05, os manifestantes fizeram piquetes na frente do Campus do Paricarana, da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Toda a comunidade universitária esperava encontrar fechados, ontem de manhã, os portões daquele campus. Não foi o que aconteceu. Eles permaneceram abertos com livre acesso para todos os que quisessem adentrar no interior da UFRR, inclusive, alguns poucos alunos lá compareceram. As aulas só não foram normais porque muitos alunos e professores imaginaram que haveria piquetes executados pelos manifestantes.
MANDOU PROIBIR 2
A Parabólica foi procurar saber as razões que levaram os manifestantes a decidirem não fazer piquetes na entrada do Campus do Paricarana. Descobriu que, na quarta-feira, 29.05, o procurador federal Pablo Francesco Rodrigues da Silva, que é procurador-chefe da Procuradoria Federal Especial junto à UFRR, encaminhou, em caráter de urgência, ofício ao reitor Jefferson Fernandes, lembrando que impedir o acesso de professores, alunos e servidores ao local de trabalho numa repartição Federal é crime.
MANDOU PROIBIR 3
O Procurador Federal lembrou ao reitor que ontem estava marcada mais uma etapa da realização do concurso público para professores da UFRR, e que o impedimento do acesso dos candidatos ao local dos exames poderia trazer prejuízos irreparáveis aos mesmos. Sutilmente o procurador federal lembrou ao reitor que a obrigação de fazer cumprir a lei é dos dirigentes da universidade, que se preciso poderiam solicitar ajuda à Polícia Federal. Foi também solicitado ao reitor Jefferson Fernandes o envio de uma cópia do ofício à SESDUF – a Seção Sindical dos Docentes da UFRR – que organizava e promovia a paralisação.
INEXPRESSIVA
Algo deu errado na organização que preparou a paralisação, ontem, quinta-feira, 30.05, tanto na Universidade Federal de Roraima quanto na Universidade Estadual de Roraima (UERR) e também no Instituto Federal de Educação (IFERR). Sem piquetes, o movimento em frente às instituições pela manhã foi muito pequeno, tanto que chamou pouca atenção. À tarde, no Centro Cívico, a aglomeração de manifestantes foi inexpressiva, apesar da presença de um carro de som que tentava animar os presentes. Está na hora dos organizadores repensarem suas estratégias sob pena de enfrentarem outros fracassos.
TRANSTORNOS
Os manifestantes que acorreram ao Centro Cívico, ontem à tarde, enfrentaram dois tipos de obstáculos. De um lado, as ruas que contornam aquele logradouro estavam quase todas fechadas ao trânsito devido a obras que estavam sendo realizadas pela Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV). De outro lado, quando tentaram utilizar a energia do prédio da Assembléia Legislativa do Estado (ALE) para ligar as caixas de som, onde seria realizada uma espécie de “aulão”, os servidores as desligavam. Será por conta do preço da energia em Roraima?