Bom dia,

ESTICADA

Alemanha e Noruega, os maiores financiadores do bilionário Fundo Amazônia, criado para que estes países interfiram na política ambiental do governo federal na Amazônia continuam a esticar a corda contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL). Os dois países querem manter a menor influência possível do governo federal na aplicação dos recursos que são direcionados para projetos que evitem qualquer atividade produtiva para o mercado na região. Visam esses dois países europeus especialmente evitar o desmatamento da floresta amazônica.

ONGS

Desde que foi criado o Fundo Amazônia já aprovou e contratou em torno de 103 projetos sendo:27 em Terras Indígenas, 27 em Unidades de Conservação, 19 para a realização de Cadastro ambiental, 16 em projetos de assentamento e 6 de combate a incêndios e queimadas. Ao todo, esses 103 projetos já embolsaram R$ 1,16 bilhão. A grande maioria dessa montanha de grana foi parar nos cofres de conhecidas organizações não governamentais (ongs) internacionais que atuam na Amazônia., e que vocalizam as principais reações internacionais à nova política do governo brasileiro para a Amazônia.

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Uma parte desses recursos já liberados pelo Fundo Amazônia veio para Roraima através dessas organizações não governamentais internacionais. O atual ministro do Meio ambiente, Ricardo Salles, já disse que essa grana da Alemanha e Noruega é benvinda, mas a prioridade de sua aplicação deve obedecer aos reais interesses do país para a Amazônia. Ontem, segunda-feira (12.08) o governo da Alemanha anunciou a suspensão de uma transferência de R$ 150 milhões para o Fundo Amazônia, alegando que a conduta do atual governo brasileiro não demonstrava vontade de combater o desmatamento da região. Bolsonaro reagiu de imediato afirmando que o Brasil não precisa desse dinheiro.

SERÁ?

Entrevistado domingo (11.08) na Rádio Folha FM 100.3, no programa Agenda da Semana, o presidente da Codesaima, Anastase Papoortzis, disse que só o resultado da exploração de uma jazida de ouro sobre a qual a empresa possui concessão de pesquisa e lavra daria para sustentar o governo de Roraima e financiar o desenvolvimento do estado. Geólogos ouvidos pela Parabólica são unânimes em dizer que não acreditam nessa hipótese, pelo menos em se considerando as pesquisas até agora realizadas.  Aliás, Anastase Papoortziz, reconhece que a totalidade das áreas (29 ao todo) sobre as quais a Codesaima ainda detém a concessão de pesquisa e lavra estão localizadas em Terras Indígenas.

LOBISTA 1

Como lobista e presidente nacional do MDB, o notório ex-senador Romero Jucá continua transitando com desenvoltura nos corredores do Congresso Nacional. Segundo o site O Antagonista, Jucá participou de uma audiência sobre a chamada MP da liberdade econômica, prevista para ser votada hoje (13) no plenário da Câmara dos Deputados. Questionado sobre o motivo de estar presente no seminário, o ex-senador afirmou que foi convidado.

LOBISTA 2

Aliás, não foi só na Câmara Federal que a presença do ex-senador incomodou. Um deputado estadual do Espírito Santo, Enivaldo dos Anjos, repudiou a presença do ex-parlamentar no estado para fazer lobby em favor de uma empresa privada interessada em investir um porto local. Enivaldo lembrou que Jucá teria sido acusado de receber propina da empreiteira Odebrecht para aprovar, em 2012, uma Medida Provisória (MP) que prejudicou os interesses portuários capixaba.     

VISITA

O Alto Comissário para Refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), Filippo Grandi, visita o Chile e o Brasil nesta semana. Em Roraima, a sua passagem deve acontecer por Boa Vista e Pacaraima, entre os dias 15 e 18 de agosto. Dentre as suas atividades estão previstas reuniões com o governo em Brasília, encontro com venezuelanos recém-chegados ao Brasil, além de se encontrar com organizações parceiras e principais doadores. Uma coletiva para imprensa local deverá acontecer em Boa Vista na sexta-feira, 16.

VIRAR

Sobre refugiados, ontem, segunda-feira, o presidente da República Jair Bolsonaro citou novamente Roraima em discurso. Foi ao comentar os resultados das eleições primárias na Argentina, que demonstrou a fraqueza eleitoral do atual presidente Maurício Macris, que teve apenas 32% da intenção de votos, contra os 46% do candidato da esquerda apoiado pela ex-presidente Cristina Kirchner, que é candidata a vice. Bolsonaro disse que se a esquerda vencer na Argentina, o Rio Grande do Sul pode ser transformado num novo Roraima devida a imigração dos argentinos que fugirão da fome no país portenho.

EXONERÇÃO       

E o governador Antônio Denárium (PSL) parece não ter acertado ainda na escolha dos dirigentes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Ontem, foi anunciada a exoneração do secretário-adjunto daquela pasta, Elias Carvalho, que foi nomeado para o cargo em abril próximo passado. Não foram dadas a público as razões da exoneração. Atual secretária da Sesau, é a terceira a ocupar o posto em pouco mais de meio ano.

PROJETO

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou na última sexta-feira, 09, o relatório favorável do senador Telmário Mota (Pros-RR) ao projeto de lei (PL 2.098/2019) que determina que o Fundo Nacional de Cultura (FNC) deverá dar prioridade à projetos ligados às expressões de origem local, reconhecidamente tradicionais e consideradas raízes da cultura brasileira, e às comunidades indígenas e de afro-brasileiros. A priorização dos projetos deve se dar na questão da distribuição de recursos.