Bom dia,
O Brasil está entre dois fogos. De um lado, o aparato ambientalista internacional orquestrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e suas dezenas de poderosas organizações não governamentais (Ongs), que representam os interesses dos países mais desenvolvidos e industrializados do Planeta que tenta encurralar o governo de Jair Bolsonaro (PSL) para praticar a mesma política ambiental que o Brasil vem adotando desde o governo Collor de Mello. Esse aparato tem o apoio de boa parte das mais poderosas empresas de mídia do país, que recebem gorda fatia de dinheiro vindo do exterior, e de “cientistas” que vocalizam a visão esquerdista tupiniquim.
De sua parte, o governo instalado desde janeiro de 2019 no país, tem um discurso de que sua política ambiental, especialmente sobre a Amazônia, será pautada pelos interesses reais do Brasil; e não pelo que nos mandam fazer os países estrangeiros, que se julgam também donos de nossa maior floresta, que eles dizem ser patrimônio da humanidade. Acontece que, apesar do discurso, com o qual muitos concordam, o atual governo brasileiro ainda não disse claramente qual é sua política ambiental para a Amazônia, em substituição àquela submissa aos interesses internacionais praticadas nos governos anteriores.
Ao contrário, ao fechar os olhos para a garimpagem ilegal – inclusive aqui em Roraima – e ao desmatamento criminoso, o governo de Jair Bolsonaro só fornece munição para seus poderosos adversários que o cercam desde o exterior – inclusive com intervenção direta do Estado do Vaticano que vai realizar agora, em outubro próximo, um Sínodo específico sobre a Amazônia –, e até internamente, como este encontro preparatório que se realiza atualmente em Salvador (Bahia). Se não explicitar rapidamente qual sua política ambiental para a Amazônia, o governo de Bolsonaro vai perder facilmente essa guerra.
ESGARÇAMENTO
Ninguém quer falar sobre o assunto, mas fontes da Parabólica dizem que as relações entre o presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier (SD) e o governador Antonio Denarium (PSL) já estiveram bem melhores. Isso pode ficar mais explícito ainda esta semana, se como está previsto, for colocada em votação a indicação de um nome de gestor da administração indireta, que obrigatoriamente deve ser submetida ao crivo dos deputados estaduais.
NÃO É VERDADE
Pelas redes sociais, que estão virando lixo e latrina, foi divulgado um convite para uma solenidade a ser realizada num hotel da cidade, no próximo sábado (24.08), onde seriam filiados vários políticos, todos ligados ao ex-senador Romero Jucá (MDB) ao PSB. No convite está consignado que logo após serão realizadas as eleições para a composição do novo Diretório Regional do partido. À Parabólica, o ex-prefeito Iradilson Sampaio, que preside o partido em Roraima, disse que não faz qualquer sentido aquele convite. “Se houvesse qualquer alteração do partido em Roraima, eu seria, naturalmente, o primeiro a ser avisado”.
VISITA
O alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, depois de uma visita de quatro dias ao Brasil, disse ser necessário fazer um apelo urgente por maior engajamento internacional, inclusive por instituições financeiras e agentes de desenvolvimento, nas comunidades que abrigam refugiados e migrantes venezuelanos. “A solidariedade do povo brasileiro com as pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela tem sido exemplar. Mas o impacto sobre as comunidades anfitriãs em estados como Roraima e Amazonas tem sido avassalador”, disse Filippo.
INDECISOS
O movimento “Vem Pra Rua” criou uma ferramenta virtual chamada Mapa da Previdência com o objetivo de mobilizar a sociedade civil a fim de pressionar os parlamentares pela aprovação da Previdência, deixando clara a posição de cada um sobre o tema. Um mapeamento da vida pública do parlamentar indica sua pré-disposição sobre a reforma, o que gera informações sobre as formas de entrar em contato com o senador que ainda esteja indeciso ou não tenha declarado seu voto. De Roraima são considerados indecisos os senadores Telmário Mota (PROS) e Mecias de Jesus (PRB).
PRESSEM
Como já divulgamos sobre o estado de Roraima, também o município de Boa Vista não tem, em curto prazo, qualquer necessidade de embarcar na reforma da previdência para os servidores públicos municipais. A Prefeitura Municipal de Boa Vista acaba de informar que os servidores municipais podem contar com recursos garantidos por, pelo menos, 30 anos. O saldo atual financeiro do regime próprio de previdência do município (Pressem) é de R$ 660.736.338,60; e paga 321 aposentados e 224 pensionistas. E 6.779 servidores efetivos, na ativa, contribuem mensalmente ao fundo.
ABSURDO
Com a autoridade de quem é filiado ao MDB desde 1965, o ex-senador e ex-governador do Rio Grande do Sul, Pedro Simon, disse em entrevista ao Estado de São Paulo que o partido deve fazer uma “profunda reflexão” porque, se continuar como está, “corre risco de desaparecer”. Ele diz considerar “um absurdo” a permanência do ex-senador Romero Jucá na presidência do partido. “Ele deveria estar afastado. O presidente do partido tem de ser uma figura unânime na seriedade, dignidade e correção. Sem um pingo de resquício. Romero não é a pessoa certa para ser presidente do MDB. É negativo”, disse.
SUSPENSÃO
O Secretário-Geral da OAB, José Alberto Simonetti, e o diretor tesoureiro da OAB, José Augusto Araújo de Noronha, se reuniram com o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Pediram a suspensão da abertura de novos cursos de em Direito pelo prazo de cinco anos, para que se verifique a qualidade dos cursos já existentes. Só em 2019, já foram autorizados 121 cursos de Direito com 14.891 vagas anuais. Hoje, já existem 1.684 cursos jurídicos em funcionamento no Brasil. Dos milhares de bacharéis formados anualmente, muitos não conseguem de ser aprovados no exame de ordem; e não podem exercer a advocacia.