Bom dia,
AFAGO
Depois das reclamações feitas na terça-feira (20.08), desde o Plenário da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), quando vários deputados estaduais reclamaram da tentativa do governador Antonio Denarium (PSL) de capitalizar politicamente, para si, a assinatura da abertura de crédito para a Universidade Estadual de Roraima (UERR), a fim de dar continuidade ao concurso da Polícia Militar, os parlamentares resmungões foram chamados ao Palácio Senador Hélio Campos para receberem um afago. Doze deles ouviram um pedido de desculpas do governador. E ficaram felizes com o gesto.
QUEIXAS
Os doze parlamentares ouviram de Antonio Denarium várias queixas contra o tratamento que o governo federal vem dispensando ao estado de Roraima, e, particularmente, ao governo estadual. Falou especialmente da falta de transferência de recursos para o enfrentamento da questão migratória e disse que tudo o que foi mandado para esta finalidade ficou nas mãos dos responsáveis pela Operação Acolhida, sem nenhuma contribuição do governo estadual. Denárium disse aos deputados estaduais que está na hora de todas as lideranças políticas do estado, especialmente dos parlamentares, se unirem para ir a Brasília pressionar o governo federal para ajudar Roraima nesta hora difícil.
CONTRIBUIÇÃO
No final da reunião Palácio Senador Hélio Campos, o governador surpreendeu os deputados estaduais ao pedir que cada um deles comprasse cinco mil reais em ingressos para distribuir para seus eleitores assistirem ao show musical e o rodeio que serão realizados como parte dos festejos da colheita de soja. Denárium disse que os empresários rurais precisam dessa ajuda porque o governo estadual não está gastando qualquer centavo no evento. Os parlamentares saíram sem dar uma resposta definitiva ao governador.
LÁ FORA
O deputado federal Hiran Gonçalves (Progressistas), que é membro da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, onde está sendo discutida a Medida Provisória que transferiu mais R$ 223 milhões para a Operação Acolhida, disse por telefone à Parabólica que, ao fazer uma análise da destinação desses recursos, descobriu que a maior parte deles é aplicada fora de Roraima, sem maiores benefícios para a economia roraimense.
MUDANÇA
Aliás, o parlamentar, que é coordenador da bancada federal, esteve ontem, quarta-feira (21.08), no Palácio do Planalto, com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luís Eduardo Ramos. Hiran Gonçalves disse ao ministro-general que a Operação Acolhida não é minimamente eficaz no acolhimento dos migrantes e que o governo federal precisa mudar urgentemente a metodologia e a estratégia no tratamento aos milhares de venezuelanos e venezuelanas que chegam diariamente a Roraima.
FICAM EM CURITIBA
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, manifestou-se pelo indeferimento dos agravos apresentados pelos ex-senadores da República Romero Jucá e Valdir Raupp, contra decisão que determinou o encaminhamento dos processos nos quais são réus para a Justiça Federal no Paraná. Jucá e Raupp respondem por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por desvios ocorridos na Transpetro, subsidiária da Petrobras.
RORAIMA NÃO
Nos recursos, os políticos pedem ao Supremo Tribunal Federal (STF) que designe a competência para julgamento dos casos à Justiça Federal no Distrito Federal. Jucá ainda indica a Justiça Federal em Roraima, onde alguns dos crimes pelos quais responde teriam sido cometidos. Para a PGR, as decisões monocráticas, proferidas pelo ministro Edson Fachin, estão corretas e devem ser mantidas.
NÃO DEU
Convencido da inviabilidade de sua permanência na presidência nacional do MDB, Romero Jucá tentou na reunião da Executiva do partido emplacar, no seu lugar, o governador de Brasília, Ibaneis Rocha Barros Júnior. Na Capital Federal, fala-se nos bastidores que Jucá teria feito algumas indicações para a formação da equipe de governo do Distrito Federal. A tentativa não deu certo. Os membros da Executiva Nacional emedebista rejeitaram Ibaneis. O deputado Baleia Rossi, de São Paulo, que é o atual líder do partido na Câmara Federal, surge como o mais provável novo presidente da sigla.
BEM QUERER
Depois de seis anos sem realização de nenhum leilão para oferta de grandes hidrelétricas na região amazônica, o presidente Jair Bolsonaro decidiu que é hora de retomar a construção dessas grandes usinas na região. O plano veio à tona nesta quarta-feira, 21, durante a divulgação de um pacote de novas privatizações, concessões e leilões que o governo pretende fazer nos próximos anos. Na lista dos empreendimentos que o governo pretende oferecer na área de energia estão as hidrelétricas Bem Querer, em Roraima, e Tabajara, em Rondônia.
MAIS UM
Está desde ontem, em Boa Vista, uma equipe de uma rede nacional de televisão, ao que parece com foco nas denúncias feitas pelo Ministério Público de Roraima contra o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Jalser Renier (SD); o deputado estadual Marcelo Cabral (MDB); o ex-deputado Naldo da Loteria (PSB); e vários ex-funcionários da instituição. Vem por certo, até o final desta semana, mais uma reportagem levada ao conhecimento da opinião pública nacional envolvendo Roraima. Muita gente sabe que sempre tem alguém por trás disso.
RECURSOS
A forma atual de distribuição de recursos, baseada no tamanho das universidades, poderá ser trocada. Uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo afirma que o governo estuda a implantação de um novo parâmetro, o desempenho em indicadores como governança, inovação e empregabilidade, entre outros, que poderá ter início em 2020. Com o novo modelo, as universidades de Lavras (UFLA) e do Mato Grosso do Sul (UFMS) seriam as maiores beneficiadas, já que estão no topo do ranking do TCU divulgado em 2018. A UFRJ e a Universidade Federal de Roraima aparecem como últimas colocadas na listagem.