Bom dia,
Vamos tentar escrever de forma simples uma coisa, a princípio, complicada. A história pode ser simplificada assim: os ambientalistas do Primeiro Mundo – aqueles que produzem as ideias para os macaquitos, letrados ou não, reproduzirem no Terceiro Mundo da periferia – inventaram uma contabilidade para medir o peso da cada ser humano que vive no mundo em relação ao esforço que o meio ambiente – alguns chamam de Biota – tem de fazer para suportar fazê-lo viver. Eles chamam esse peso de Pegada Ecológica. Exatamente isso mesmo, é o peso cobrado ao meio ambiente decorrente da existência de cada humano na face da Terra. É claro, quanto mais pesado ao meio ambiente for a existência de cada ser humano, maior será sua Pegada Ecológica.
Em 2014, por exemplo, cada cidadão com o padrão de vida semelhante aos norte-americanos, europeus e uma parte dos asiáticos ricos, necessitava em média, 7,19gha (hectares globais) durante seu tempo médio de vida. A população global é, hoje, de 7 bilhões de pessoas, com a possibilidade de alcançar os 9 bilhões antes de terminar a metade do Século XXI. Segundo esses mesmos ambientalistas, o Planeta Terra tem cerca de 12 bilhões de hectares globais de terra, e de água, que permitem produzir alimentos e matérias-primas para os seres que habitam o universo. Vamos lembrar que ¾ da superfície global é coberta por águas marítimas e doces.
Vamos fazer um cálculo simples, mas esclarecedor. Se dividirmos o total de terras disponíveis para aproveitamento econômico (12 bilhões de hectares globais), pela Pegada Ecológica dos humanos que vivem nos países desenvolvidos (12 bilhões por 7 bilhões) chegaremos a uma capacidade máxima de suporte do meio ambiente para uma população máxima de 1,7 bilhões. A constatação é muito clara: se todos os habitantes do mundo tivessem o mesmo padrão de vida dos mais ricos humanos, o meio ambiente planetário só teria capacidade para suportar 1,7 bilhões de almas, ou seja, menos de ¼ dos atuais 7 bilhões.
SUSTENTABILIDADE
A conclusão é óbvia, não é, caro leitor? Não dá, na visão dos privilegiados humanos que habitam os países mais ricos do mundo, como não enfrentar essa situação que parece estar próxima a uma crise planetária. E eles, e seus ideólogos, não deixaram por menos, e desde os anos 70 do Século XX, sob a batuta da Organização das Nações Unidas (ONU), começaram a desenvolver alguns conceitos de sustentabilidade, e de controle do crescimento populacional, que passaram a marcar uma nova fase da trajetória dos humanos sobre a Terra, que está explícita em menos produção de riqueza material, acompanhada do menos crescimento possível da população planetária.
TAREFA IMEDIATA
Implicitamente – e isso jamais será admitido pelos ideólogos dos regimes internacionais de meio ambiente e direitos humanos – a tarefa imediata é evitar que os demais habitantes humanos, especialmente daqueles que habitam as regiões mais pobres do mundo, continuem a aumentar sua produção de riquezas – o aumento do PIB per capta – como vem acontecendo desde o fim da Segunda Guerra Mundial, pois isso vem aumentando sua Pegada Ecológica. Isso, é claro, na visão dos gestores e operadores do ambientalismo internacional, é insustentável.
REFLEXÃO
O espaço da Parabólica é, decididamente, pequeno para tratar de todos os desdobramentos derivados de toda essa política internacional de meio ambiente e de seus reflexos sobre povos e países que, como o Brasil, são historicamente permeáveis às ideologias e crendices – a questão ambiental vem se transformando quase numa crença, onde as pessoas reproduzem “verdades” sem discutir suas razões, baseadas apenas na fé – como mostra nossa história. Por isso, basta levantar esses pontos de reflexão, que esperamos, sejam úteis para compreender melhor o momento de extrema pressão internacional que se abate sobre o Brasil, neste momento de queimadas na Amazônia, que existem, mas estão sendo potencializadas.
PULMÃO
Por muitos anos, a cobiça e o meter o bedelho dos governos internacionais sobre a Amazônia diziam que a floresta deveria ser mantida intocável, porque ela era o pulmão do mundo, afinal, suas árvores produziam o oxigênio que impedia o envio de gases tóxicos para a atmosfera. Biólogos e botânicos desmoralizaram essa estúpida tese provando que o oxigênio produzido por árvores na floresta amazônica mal dava para seu próprio consumo. E aí, os cobiçadores passaram – com a ajuda dos macaquitos tupiniquins – a utilizar outros argumentos para continuar a dizer que a “Amazônia é patrimônio mundial”. Sem saber que isso agora é ridículo, o banqueiro que preside a França, Emmanuel Macron, voltou a falar que o “Pulmão do Mundo” precisa ser preservado.
SEM FOGO 1
Nessa atual “crise” ambiental que se abate sobre a Amazônia tem espaço para todo tipo de oportunismo. Acuado pelas intensas pressões orquestradas por governos estrangeiros, com repercussão interna também, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), resolveu editar um decreto autorizando o uso das Forças Armadas para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no combate imediato às queimadas na Amazônia. A vigência do decreto presidencial vai até o final de setembro próximo. E sabe qual foi o primeiro governador estadual a correr até o Palácio do planalto para aderir aos efeitos do decreto de Bolsonaro? Adivinhou quem disse Antonio Denarium (PSL), de Roraima.
SEM FOGO 2
Acontece que a adesão do governo de Roraima aos efeitos do decreto presidencial para utilizar as Forças Armadas no combate a incêndios no estado é absolutamente ineficaz, pela simples razão de que no período de sua vigência, não há ocorrência de focos de queimada em Roraima, porque a estação chuvosa, mesmo com menor precipitação de chuvas, ainda está umedecendo o lavrado e florestas locais. Apesar disso, a adesão de Denárium lhe proporcionou alguns segundos de protagonismo nalgumas redes de televisão, desde Brasília.