Depois dos 50 – Flamarion Portela *
Chega uma fase da nossa vida que passamos a encarar o mundo por outra ótica. O amadurecimento nos faz ver as coisas de uma forma bem diferente daquilo que vivenciamos ao longo da vida.
Passamos a ser mais exigentes com nós mesmos e até com os outros. Passamos a fazer escolhas diferentes, gostos diferentes e até opiniões diferentes. Tudo muda depois dos 50 anos, depois da maturidade.
Recebi de um amigo um vídeo com uma mensagem bem interessante sobre o tema e resolvi compartilhar com os amigos leitores para sua reflexão.
“Depois dos 50 você descobre que o amor é adolescente, irracional e inconsequente, e que chorar faz bem e hidrata o coração.
Descobre que o espelho do banheiro começa a mostrar a neve em seu cabelo. O tempo escoa feito areia entre os dedos.
Descobre que a solidão de uma casa de três quartos é a mesma solidão que a de uma de meia água.
Descobre que a televisão é chata e que o transito é um problema e que o celular incomoda muito.
Descobre que não devemos brigar por pequenas coisas. Tem coisas que são pequenas demais.
Descobre que as palavras têm muita força, depois fica difícil de apagá-las.
Descobre que você não deve guardar ressentimentos, faz mal pra você.
Você descobre que deve pedir desculpas, pedir perdão. Você vai se sentir bem por muito pouco.
Depois dos 50 você descobre que deve doar alguma coisa, mas deve doar de coração, sem nada em troca.
Descobre que a multidão em seu redor, com egos infláveis, faz você se sentir só. Mas, se você tem um amigo, tem um tesouro.
Depois dos 50 você descobre que vai gastar dinheiro com sua saúde. Saúde que perdeu justamente para ganhar dinheiro.
Depois dos 50 você descobre que tem mais passado do que futuro. É preciso desesperadamente viver o presente.
Depois dos 50 você vai sentir vontade de voltar no tempo, de misturar-se com as crianças. Jogar bola, soltar pipa, andar de bicicleta. Mas, esse tempo não volta mais. E ele passa por nós todos os dias.
Depois dos 50 você descobre que não existe um caminho definido para ser feliz, mas sim, estradas diferentes.
Depois dos 50 você descobre que nasceu sem nada, brigou por tudo e vai partir de mãos vazias, porque o caixão não tem gavetas e que o solo que você pisa hoje será seu teto amanhã.
Depois dos 50 você descobre que tudo isso foi vaidade. Pense nisso e viva bem”.
Se você ainda não tem 50 anos, comece a pensar nessas possibilidades. Se já tem, certamente já deve ter enxergado essas mudanças na sua vida. De qualquer forma essas mudanças são inevitáveis e fazem parte do nosso ciclo de amadurecimento enquanto pessoas. Pense nisso!
*Ex-governador de Roraima
A EUROPA e as “girafas” da nossa AMAZÔNIA. – Luis Cláudio de Jesus Silva*
Para quem vive na Amazônia brasileira, nunca foi novidade a cobiça e os interesses econômicos do resto do mundo. No entanto, as posições políticas do governo Bolsonaro, tanto no trato das questões ambientais quanto da proteção e fortalecimento da soberania nacional, desnudaram as reais pretensões dos países europeus. As revelações do presidente da França, Emmanuel Macron, revelaram o que os amazônidas já sabiam e não deixaram dúvidas da existência de projetos para enfraquecimento da nossa soberania objetivando a internacionalização da nossa Amazônia, excluindo-a do mapa e domínio brasileiro. O banqueiro e presidente francês foi muito claro em sua fala, ao afirmar que “associações, ONGs e outros atores, já há vários anos, levantaram a questão para saber se podemos definir um status internacional da Amazônia”. Pois bem, essas intenções sempre foram negadas ou mantidas em sigilo, pois a estratégia era a preparação do terreno para de surpresa aplicar o golpe final e certeiro. O que mais está por trás dos planos, até então secretos, de Macron e sua turma? Não acredito que seja só a proteção das “girafas e leões” da nossa rica e cobiçada floresta.
As notícias, mesmo que muitas vezes dissociadas da verdade, foram importantes para colocar o assunto em pauta e nos mostrar que o discurso ambientalista contra o Brasil não se sustenta. Somos o país que mais preserva suas florestas em todo o planeta, 66% das nossas florestas naturais estão intactas. E os bondosos europeus o que fizeram com as deles? Nos últimos dez anos o Brasil reduziu em 20% as áreas de pastagem e ainda assim, aumentamos em 120% a produção de carne bovina, aumentando a exportação inclusive para a ‘sempre solidária’ Europa. Neste cenário, no momento em que o Brasil alcança a marca de terceiro maior exportador agrícola do mundo, era esperada a reação do protecionismo econômico europeu, o qual, não tendo como competir com o avanço do Brasil, apega-se ao pretexto da pseudo preocupação com o aumento de queimadas da floresta amazônica. Quem aqui vive, quem sofre as agruras do isolamento da floresta, quem sobrevive na pobreza mesmo estando sobre um solo rico em recursos minerais, sabe que as queimadas são uma rotina nos períodos de estiagem e por isso nunca despertaram tanta preocupação do resto do mundo. Onde estavam Macron e sua turma, onde estavam os esquerdopatas ambientalistas, onde estavam os falsos protetores do meio ambiente quando a fábrica norueguesa Hydro Alunorte, contaminou com metais tóxicos o Rio Pará em Barcarena? Esse caso serve para desmascarar como são seletivas as ONG’s na defesa do meio ambiente. Se o problema ambiental é causado por quem os patrocina, no caso os países europeus, a submissão silenciosa é a resposta. Não há protestos, nem interesse midiático, nem reunião do G-7. O interesse nunca foi nossa invejada floresta amazônica e sim o que está abaixo das árvores, no subsolo.
Não questiono os dados que indicam um aumento nos focos de incêndio na Amazônia, os quais, se criminosos, devem os responsáveis serem identificados e punidos. No entanto, já vi incêndios piores sem que a repercussão mundial fosse tão ruidosa. O mundo precisa ent
ender que o Brasil não está mais de joelhos e não aceita que os interesses nacionais, nossas riquezas, acima e abaixo de nossa terra, sejam colocados à venda. Felizmente, nas últimas eleições presidenciais, atrapalhamos os planos de tomada da nossa Amazônia. Tanto dinheiro investido, tantos projetos abandonados, tantos sonhos frustrados… É Europa, vocês não esperavam por isso! Estavam tão perto de colocar as mãos na nossa Amazônia e nas nossas “girafas”. Não está sendo fácil, eu entendo o desespero e a revolta de vocês, assim como entendo a frustração dos esquerdopatas tupiniquins que também tiveram seus planos interrompidos.
*Professor universitário, Doutor em Administração. [email protected]
Temos que mudar – Afonso Rodrigues de Oliveira*
“Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos.” (Victor Hugo)
Nas décadas dos cinquentas e sessentas, em São Paulo, ali na descida no viaduto do Chá, saindo da Praça do Patriarca, havia sempre uma exposição de arte. E eu era viciado naquele ambiente. Eu estava ali todos os dias. E foi ali que li, num quadro, na parede do salão, essa frase do Victor Hugo. Ela ficou na minha cabeça, nunca saiu nem sairá. As mudanças são indispensáveis para o progresso. Nunca nos desenvolveremos se não mudarmos. E comecemos pelas mudanças nos pensamentos. O mundo evolui e nem sempre acompanhamos a evolução. Não podemos mudar praticando os mesmos erros, e nem sempre os mesmos acertos. O que é certo hoje pode não ser amanhã. Mas há uma coisa que deve ser levada em consideração: há qualidades em nós que não podemos deixar para trás. Quais são, não sei. Cada um de nós tem qualidades distintas que não podem, nem devem, ser jogadas pra escanteio, nas mudanças.
Mas não esquente a cabeça. Apenas procure acompanhar o desenvolvimento da humanidade. O que é muito lento, mas muito importante. E o mais importante é que estejamos preparados para as mudanças onde quer que elas estejam acontecendo. Elas sejam quais forem, vão fazer a diferença de que necessitamos para o avanço da humanidade, no mundo em que vivemos. Mas não permitamos que as mudanças façam com que nos tornemos marionetes e títeres de quem quer que seja. Vamos ser sempre o que somos, mas com a bandeira das mudanças. Vamos acordar e sair do círculo de elefante de circo. Vamos aprender que para nos libertarmos teremos que rebentar a corda que nos prende.
Vamos trabalhar com afinco, para que possamos, mais tarde, desfrutar das sementes que plantamos. Mas temos que saber o que estamos plantando. E cada um de nós tem o dever de saber o que deve fazer para o progresso da Nação. E o que estamos fazendo para a melhoria da nossa Educação? Quem está lutando com parcimônia, mas com determinação, para melhorar o nosso padrão de vida, para que possamos ser realmente cidadãos? E o que ainda consideramos como cidadania? Quem de nós está preocupado como o andamento da carruagem nesse engodo doentio em que nos encontramos, com discussões vazias e arrufos descabidos?
Vamos fazer nossa parte para tirarmos o Brasil do balaio de desajustes na nossa cidadania. Nada de blá blá blás. Chega de arengas medíocres e vamos procurar ser o que ainda não somos, mas sem desprezar o que somos para que possamos ser o que realmente somos como brasileiros. E tudo que queremos é respeito. Mas primeiro precisamos nos respeitar. Pense nisso.
*Articulista
99121-140