Cotidiano

Militares fiscalizam fronteiras de RR

Veículos e pessoas que passam pelas fronteiras e rodovias estão sendo revistados a fim de verificar ilícitos

A 1ª Brigada de Infantaria de Selva deu início ontem à Operação Ágata 10 em toda a extensão da fronteira roraimense. Sob controle do Ministério da Defesa, está sendo colocado em prática um conjunto de ações pontuais contra o crime transfronteiriço, que conta com o apoio de vários órgãos federais, estaduais e municipais, sob a coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).

A 1ª Brigada cumprirá o dever legal previsto na Constituição Federal, intensificando a presença do Estado Brasileiro junto à faixa de fronteira, visando contribuir com o combate aos ilícitos transfronteiriços, tais como: narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração ilegal e garimpo ilegal.

Além da parte de combate a ilícitos, o Exército realizará ações cívico sociais (Aciso), que consistem em levar o atendimento médico, odontológico e hospitalar aos locais onde concentram famílias das comunidades onde estão sendo realizadas as operações. Também reforçará junto à sociedade o sentimento de nacionalismo e de defesa da Pátria.

A Operação Ágata 10 ocorre em todo o arco fronteiriço e áreas interioranas do Estado de Roraima. As regiões de atuação específicas serão mantidas em sigilo para a manutenção do efeito surpresa, permitindo uma maior eficácia do trabalho.

HISTÓRICO – Em 8 de junho de 2010, a presidente da República, Dilma Rousseff, lançou o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF), coordenado pelo vice-presidente Michel Temer. A partir dessa iniciativa, foram criadas duas operações. Uma, no âmbito do Ministério da Justiça, é a Operação Sentinela, de caráter permanente e sob responsabilidade da Polícia Federal. Ela conta com apoio logístico do Ministério da Defesa.

Até o momento, foram realizadas nove Operações Ágata de forma não simultânea e uma simultânea (Ágata 7). Os principais resultados foram: 319.635 veículos e 222 aeronaves inspecionados, 498 embarcações apreendidas, 498 embarcações vistoriadas e/ou notificadas, além de 106 armas, 19,8 toneladas de explosivos e 11,8 toneladas de drogas apreendidas. Também foram revistadas 16.919 pessoas.

Em 2013, a Operação Ágata 7 foi a maior ação militar voltada à segurança pública, tanto em número de participantes e equipamentos, quanto em abrangência. Foram 25 mil militares mobilizados para patrulhar toda a fronteira do país simultaneamente.

A operação abrangerá uma área de cerca de 2,3 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a 27% do território nacional. As ações cobrirão os principais pontos da linha de fronteira, cuja extensão é de 16.886 quilômetros, do Oiapoque (Amapá) ao Chuí (Rio Grande do Sul), área que compreende 11 estados, 710 municípios e abrange uma população de 10,9 milhões de pessoas.