Bom dia,

De um observador político local, colhemos a seguinte percepção sobre o governo de Antonio Denarium (PSL): “Cresce no inconsciente popular a ideia de que o governo de Denarium é voltado exclusivamente para um pequeno grupo de grandes empresários. A falta de uma política de assistência social e de geração de emprego para quem governa um estado com uma população que vive abaixo da linha de pobreza, com percentual que ultrapassa os 33% do total, reforça essa ideia de um governo elitista. Somam-se a isso os parcos resultados alcançados na melhoria de serviços essenciais com os da saúde, segurança e educação, que atingem diretamente as necessidades da população; e ainda a suspensão do pagamento do Vale Alimentação; e sem dúvida, parece assistir razão ao julgamento das pessoas comuns sobre o atual governo”.

E essa compreensão, e não queremos aqui discutir se ela é justa ou não, respinga em personagens que estão na ilharga – como dizem os paraenses de Cametá – do governador. Dois episódios recentes parecem indicar que essa avaliação ganha consenso na opinião pública local: No último domingo, os jovens empresários que organizam a Roraima AgroShow – em vez de elogiados pela iniciativa – foram duramente criticados por ouvintes da Rádio Folha. Ontem, o nome da empresária Mariana Poltroniere – considerada por muitos como uma executiva competente – foi rejeitado pela Assembleia Legislativa. Ela é esposa do empresário Antônio Parima, muito próximo do governador Antonio Denarium.

COMEÇA

Começa hoje, 04.09, no Parque de Exposição Dandãenzinho, a Roraima AgroShow, uma forma que os agricultores roraimenses encontraram para comemorar o início da colheita da soja na safra 2019. Haverá vários shows musicais e de rodeios; exposição de máquinas e equipamentos; agências bancárias funcionando e também oficinas de tecnologias para os interessados. A iniciativa, diga-se mais uma vez, é dos empresários rurais, que bancaram todos os custos e arranjaram outros patrocinadores. Ao governo estadual, coube apenas ceder as instalações do Parque de Exposição, que passou por pequenas reformas. É bom prestigiar.

AVISADO 

Uma fonte da Parabólica, bem situada no Palácio Senador Hélio Campos, garante que há duas semanas o governador Antonio Denarium foi avisado, durante uma reunião com parlamentares, da possibilidade muito grande do nome da empresária Mariana Poltroniere, indicada para a presidência da Junta Comercial do Estado de Roraima, não ser aprovado pelos deputados estaduais. Houve, na ocasião, a sugestão para que outro nome fosse submetido á Assembleia Legislativa, mas o governador teria reagido incontinente afirmando que não mudaria sua indicação em qualquer hipótese. Perdeu.

BALDE, COLHER OU COPO?

Do médico psiquiatra e leitor da Parabólica, Laerth Thomé, recebemos o seguinte quebra-cabeça:

Teste da Banheira

Durante uma visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor:

 – Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?

O diretor respondeu:

 – Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde, e pedimos que ele a esvazie. E de acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.

O visitante respondeu:

 -Ah! Entendi. /uma pessoa normal escolheria o balde, que é maior que a colher e o copo.

 -Não! Respondeu o diretor. Uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo.

 – O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?

OPORTUNISMO?

E os governadores da região Norte aproveitaram a questão dos incêndios na Amazônia para pedirem, quase em uníssono, como uma espécie de samba de uma nota só, que o governo federal facilite a titulação de terras, evidentemente rurais, em todos os estados. O que será que está por trás dessas reivindicações. As reuniões que os ministros de Bolsonaro realizaram em Belém (02.09) e em Manaus (03.09) teriam como foco central o combate a incêndios florestais criminosos na Amazônia. O que isso tem a ver com titulação, especialmente de grandes propriedades? Não seria melhor discutir o modelo de ocupação territorial da região?

NÃO ACREDITA

A disputa da presidência da CPI da Saúde, entre Coronel Chagas e Betânia Almeida (PV), acabou causando um novo imbróglio no plenário daquela Casa Legislativa. Depois de perder a presidência da Comissão, Betânia pediu a palavra e informou que apresentaria um requerimento pedindo para sair da comissão. Ela disse não acreditar na seriedade do trabalho da CPI da forma como foi composta, insinuando que o comando teria ficado com governistas. Lenir Rodrigues (Cidadania) assumiu a vaga.