Bom dia,
Já passamos do primeiro decêndio do mês de setembro e, assim, estamos nos encaminhando para a reta final de 2019. Neste tempo, desde janeiro, as consequências do intenso fluxo migratório venezuelano para Roraima só ficaram mais graves, apesar de todas as reclamações feitas para o governo federal pelos políticos locais quanto a pouca eficácia da Operação Acolhida, idealizada e implementada desde o governo de Michel Temer (MDB), que deixou o comando do Palácio do Planalto no final de 2018. De lá para cá, o fluxo de entrada de venezuelanos no estado não parou de crescer. Uma parte seguiu caminho para outros estados; a maior parte tomou conta de ruas, logradouros, e prédios públicos em cidades roraimenses, especialmente de Boa Vista e Pacaraima.
E as autoridades federais parecem não se incomodar com a situação de Roraima. Dá mesmo a sensação de que os dirigentes de Brasília acreditam que a situação vai sendo acomodada e assimilada pela população local, que começa a aceitar e gerenciar com o próprio sacrifício a crescente violência – Roraima é líder no ranking da violência no país –; o desemprego cavalar; e a péssima qualidade dos serviços públicos – em parte provocados pela migração desenfreada. E no fundo, essa insensibilidade frente a tais problemas é o preço que a população vem pagando pela falta de força política da bancada federal e do governo estadual, junto ao governo central de Brasília.
OUVIDO DE MERCADOR
Segundo fontes da Parabólica, alguns deputados federais de Roraima têm avaliado, nos bastidores, que o presidente “deixou os pedidos na geladeira” por não considerá-los questões prioritárias para o governo federal. O cenário, segundo o líder do PRB na Câmara Federal, Jonathan de Jesus, desencadeará uma articulação com partidos do Centrão e da oposição, para obstruir as votações até que o Planalto se posicione oficialmente. Em agosto, três deputados mobilizaram partidos aliados e conseguiram ensaiar uma obstrução. Na ocasião, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), atuou como “bombeira” e pediu um prazo maior para consolidar medidas a serem desenvolvidas em Roraima. O prazo, porém, expirou no dia 05.09, sem resposta. VISTA
Renan Calheiros (MDB), aquele conhecido parceiro do ex-senador Romero Jucá (MDB), representou contra o procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Denunciado várias vezes na Lava Jato por corrupção, Calheiros quer o afastamento imediato de Dallagnol das investigações e de suas funções. O CNMP ainda não decidiu se aceita ou não abrir processo contra o procurador-chefe da Lava Jato, e por isso, por 12 votos a zero, negou o seu afastamento. No mérito, o julgamento foi suspenso porque o conselheiro Fábio Stica, que é do Ministério Público do Estado de Roraima (MPERR), pediu vista.
SEM CONCORRENTES
Paulo Hermann – presidente da John Deere do Brasil, durante sua passagem pela Roraima Agroshow 2019, disse que o Brasil terá um futuro brilhante no agronegócio nos próximos anos. Segundo ele, nosso país não terá concorrentes na produção de alimentos nos próximos 30 anos e os produtores devem aproveitar as oportunidades que o avanço no crescimento trará para o setor. Hermann acredita que para o país alcançar todos os patamares que pode oferecer, é preciso que o país tenha uma narrativa proativa. “Normalmente nossa narrativa sempre é defensiva. Alguém aponta um problema e nós saímos defendendo ou atacando, e isso não é uma maneira eficiente de se posicionar”, comenta.
SEM LICITAÇÃO
O governo de Roraima publicou termo de ratificação da dispensa de licitação, em favor da Empresa Centro Norte Construções Ltda., no valor total de R$ 3,7 milhões para contratação emergencial de “empresa especializada em engenharia para execução dos serviços de reforma e ampliação da Cadeia Pública Feminina de Boa Vista/RR”. Estranho, fica difícil entender esse recurso, diga-se de passagem, legal, depois de quase 10 meses de governo.
EMBAIXADOR
O governador de Roraima, Antonio Denarium, publicou decreto nomeando o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos, como Embaixador Honorário de Roraima para ações no setor de Fruticultura, pelo período de 3 (três) anos. Segundo o decreto, a atividade é considerada serviço público relevante e não enseja remuneração. A Casa Civil e as Secretarias de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) oferecerão o suporte administrativo necessário ao exercício das atividades do embaixador.
“SUGAR DADDY”
Coisas da internet. “Sugar Daddy” define um homem maduro, rico e bem-sucedido, normalmente entre 35 e 60 anos de idade que se relaciona com mulheres jovens e atraentes e patrocinam um estilo de vida de luxo para elas. Eles são homens generosos e gostam de cobrir suas parceiras com presentes e viagens. Em Roraima, existe uma rede social específica para encontrá-los. São 1.676 pessoas cadastradas que já gozam dos patrocínios ou que aguardam por um “ombro amigo” para ajudar nos custos como pagamento de mensalidades em faculdades. As beneficiárias são chamadas de “Sugar Babies”. O relacionamento é claro e direto; baseia-se no investimento econômico de homens ou mulheres, em troca de uma relação afetiva.
CANCELOU
O cacique Megaron Txucarramãe havia aceitado vir dar uma palestra na Conferência da Terra, que se desenvolve na Universidade Federal de Roraima (UFRR), no próximo dia 16 de setembro. Depois de receber a passagem, Megaron mandou cancelar sua participação no evento sob a alegação de que havia assumido compromissos na mesma semana para fazer palestras em Londres e Paris. Chique, né?