Bom dia,
Pressão e muita pressão. Como dissemos ontem, os europeus, tendo como ponta de lança o banqueiro francês e presidente da França, Emmanuel Macron, agora não utilizam apenas as organizações não governamentais – os braços operacionais da Organização Nações Unidas (ONU) para operar o Regime Internacional de Meio Ambiente –, mas igualmente uma legião de jovens e até crianças, para pressionar o presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Eles acreditam que vão quebrar a “castanha” de Bolsonaro em matéria ambiental. Será?
A pressão do aparato ambientalista não tem economizado truques para colocar o governo brasileiro contra a parede. Angela Merkel, chancelar da Alemanha, até inventou um programa para plantar um milhão de árvores. Ela, e seus parceiros do aparato ambientalista, acha que somos bobos e que isso vai nos convencer a deixar a Amazônia brasileira intocável, como eles querem. Como Bolsonaro – diferente de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula da Silva (PT) – não sonha se transformar em secretário-geral das ONU quando deixar o governo brasileiro –, seu governo não vai embarcar nesses botes lançados pelos europeus.
Se os europeus, e seu aparato ambientalista, não querem o desmatamento da Amazônia para a produção de madeira podem adotar dois caminhos: de um lado, não deveriam comprar madeira produzida na Amazônia, que não fosse de áreas reflorestadas ou de manejo sustentável; de outro, bastaria que se criasse um fundo mundial de financiamento para reflorestar com espécies regionais – e já temos tecnologia absolutamente testada para tanto – as áreas já desmatadas (antropizadas) que existem com abundância em todos os estados amazônicos. Em 15 anos, ninguém iria mais desmatar a floresta virgem. Simples assim. MINISTRO
Esta vem de Brasília. Com ajuda de um aliado de peso do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Hélio Negão (PSL-RJ), o Progressistas, antigo PP, quer tirar do Ministério da Saúde o ministro Henrique Mandetta (Democratas) para colocar no seu lugar o presidente da Frente Parlamentar da Saúde no Congresso Nacional, o deputado federal Hiran Gonçalves (Progressistas-RR). O deputado federal roraimense já esteve cogitado para assumir este cargo ainda no governo de Michel Temer (MDB), quando o antigo ministro Ricardo Barros (Progressistas-PR) deixou aquele ministério para se candidatar na eleição de 2018. Na época, consultado, Hiran declinou da indicação. Será que agora vai?
CORRIGINDO
A Parabólica quer fazer uma correção quanto a uma matéria publicada ontem, na edição da Folha, que trata da contratação de uma empresa para a reforma da cadeia pública feminina de Boa Vista. Quem leu a matéria pode ser levado a achar que a Folha colocou em dúvida a capacidade técnica e financeira da empresa selecionada, a Centro Norte Construções. Longe disso, a empresa e seus proprietários são idôneos fazendo parte de um grupo empresarial que atua com sucesso e probidade em vários negócios, especialmente no campo da construção civil. Queremos de público fazer esse reconhecimento.
REAGINDO
E o ex-deputado federal Remídio Monai (sem partido) não deixou por menos. Ao tomar conhecimento que o ex-senador Romero Jucá (MDB) fizera divulgar um vídeo em redes sociais onde aparece mostrando a reforma da Praça Capitão Clóvis como se a obra fosse financiada com dinheiro que ele trouxe de Brasília, Remídio utilizou as mesmas plataformas para desmentir o notório ex-senador. O ex-deputado federal fez circular vídeo provando que teria sido ele o verdadeiro autor da emenda de bancada, no valor de R$ 11 milhões, destinados à Prefeitura Municipal de Boa Vista, para reformar três praças, entre as quais a Capitão Clóvis. Tem gente que não se emenda.
MULTAS
O Ministério da Defesa anunciou nesta segunda-feira que o governo federal fez 112 autuações na operação para combater as queimadas na Amazônia. Ao total, as multas chegariam a R$ 36,6 milhões. Este é o primeiro balanço divulgado pelo governo federal desde que as Forças Armadas foram acionadas para combater as queimadas na Amazônia. O governo federal prorrogou por mais um mês a autorização do emprego das Forças Armadas na Amazônia, para realizar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em razão da quantidade elevada de queimadas e desmatamento na região, incluindo Roraima.
COMEÇO
O senador Telmário Mota (Pros-RR) denunciou, nesta segunda-feira (23), no Plenário do Senado, que a intervenção federal em Roraima, pelo então presidente Michel Temer, em 2018, fomentou a imigração em massa de venezuelanos, com falsas promessas de recursos, que variavam de R$ 700 a R$ 1,2 mil para aluguel. Segundo o senador pelo estado, ainda havia transporte para interiorizar e alimentação custeada pelo governo federal, que transferiu R$ 225 milhões para esses fins. De acordo com Telmário, agora há 10 mil estrangeiros vagando pelas ruas de Boa Vista sem perspectiva, o que, segundo ele, elevou os índices de criminalidade. Na verdade, a promessa de pagamento de aluguéis aconteceu um pouco antes da intervenção.
NO ANDAR SUPERIOR
E o governo federal parece estar mesmo convencido de que a Operação Acolhida é suficiente para enfrentar os problemas trazidos para Roraima em decorrência da grave crise migratória de venezuelanos. Telmário acusou o general Eduardo Pazuello, responsável pela acolhida de refugiados, de “não ter resolvido a situação dos venezuelanos em Roraima”. Ele também levantou suspeitas sobre suposto superfaturamento em despesas da Operação Acolhida. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou na manhã do último sábado que “não são cabíveis” os xingamentos feitos pelo senador Telmário Mota. Ele se referiu a uma expressão de Telmário que chamou Pazuello de “general de m…”, em reação à acusação de uma assessora daquele militar contra sua esposa, a médica Suzete Mota, afastada da política; e em recolhimento por conta da morte recente de sua genitora.