Opiniao 30 09 2019 9021

Pedras no caminho – Linoberg Almeida*

Chegar aos 1003 dias de mandato é desafiador no caminho democrático. Entre autoritarismos e autocracias latentes, a Política é coisa que o povo diz que tomou abuso, mas no fundo não pode viver sem. Para mim, a Política é cuidar da cidade e de toda gente, como gregos pediram e o regime manda, mesmo que por caminhos tortuosos. É a fé na missão de tornar teorias em práticas. 

Percorremos caminhos arrevesados, inadequados, sem projeto e participação popular efetiva como as calçadas que atrapalham a integração de pessoas com deficiência e idosos; as vias e ciclovias que desrespeitam a legislação de trânsito; espaços públicos que excluem autistas; pisos tatéis mal colocados. E não é por falta de lei: tem a lei brasileira de inclusão, tem normatização das condições de acesso, tem resoluções. Infelizmente também temos rampas recém-construídas com inclinação errada, como na Av. Parimé Brasil; e temos calçadas novas fora de nível com grelhas e remendos desnecessários na Ataíde Teive. Diz-se por aí que uma pesquisa acabou de nos colocar entre as melhores ‘Calçadas do Brasil’. Como quem conta um conto aumenta um ponto, só esqueceram de contar que todas as cidades brasileiras foram reprovadas e, vale lembrar que, proporcionalmente, Boa Vista foi, das ranqueadas, uma das que mais fez reforma, revitalização ou construção de espaços públicos. De 23 praças que acompanhamos com lupa, somente a dos Bambus, da Bandeira e das Águas tiveram notas acima de 8. Essa era nota de corte da pesquisa. Quando relacionamos calçadas com instituições de ensino, saúde, transporte e prédios da administração pública, a nota cai para 5,8.

Se os critérios são segurança, conforto, sinalização e acessibilidade e as demais praças são reprovadas, onde está o erro? As normas técnicas e leis não mudaram recentemente. A mesma pesquisa mostra que áreas de grande fluxo como Hospital da Criança teve nota 4. Nossas faixas de pedestre nota 5,8; e o mais dramático em terra de “se liga, tem pedestre na faixa” é a nota 1,5 pela ausência de semáforos para pedestres. 

As entrelinhas da pesquisa confirmam o que todos sabemos, para além dos informes publicitários.  A questão da regularidade do piso ficou com a média 5,8 e sobre a largura das calçadas recebemos 6,1. Todas notas baixas. Fomos reprovados e precisamos aceitar para aprender com erros. Como professor, sei que a reprovação é uma das situações mais desgastantes e doloridas e há solução a esse grande desafio: rever métodos e prioridades. Dinheiro público não aceita desaforo, nem mau uso. 

Falando em semáforos, no Centenário o trânsito trava nos horários de pico em rotatórias e retornos obsoletos. Um cálculo técnico pode apontar quando esse tipo de organização viária perde a eficácia. Especialistas contam que a intervenção com semáforos pode organizar o tráfego, mas existem situações em que não adiantam, e só um viaduto pode salvar a paciência dos motoristas. O da Av. Brasil foi reprovado. Mudar é uma questão de método e prioridade.

Vivenciamos problemas; e muitos… Dar possibilidade de participação àqueles que desejarem participar é caminho. Um plano municipal de caminhabilidade, um guia prático de construção das calçadas dentro das normas, fiscais antenados, sensibilizar cidadãos, projetos abertos à consulta pública, concursos de arquitetura, engenheiros que conheçam nossa realidade são meios. Só teremos uma cidade mais humana para todos, não só para numa parte dela, quando dermos vez ao real sentido da democracia. Aí sim, vamos passar de ano com louvor, nota 10.

*Professor e Vereador de Boa Vista

Dicas para correr melhor e não se machucar – Ana Paula Simões*

Para algumas pessoas correr pode parecer difícil, mas isso não precisa ser um fato. O objetivo de correr mais rápido e adicionar mais quilometragem a sua rodagem, seria para executar sua corrida de forma mais econômica e usar a menor quantidade de energia possível. Isso é particularmente importante nas corridas de longas distâncias, pois depois de correr 20km, por exemplo, a última coisa que você precisa é gastar qualquer energia extra.

Assim, com alguns ajustes inteligentes na sua rotina você consegue executar os treinos com muito mais eficiência usando a energia que tem, sem ter que recorrer a um gel extra, por exemplo, e desgastar sua musculatura.

Alongamento

Você deve alongar após os treinos, mas se não alongar antes, seu corpo pode não estar pronto para a carga de trabalho que está prestes a submetê-lo. Na maioria das vezes, os músculos podem lidar bem com isso, mas se você quer se certificar que os tendões, ligamentos e articulações estão prontos e vão suportar o impacto, certifique-se de alongá-los, principalmente: os glúteos, isquiotibiais, coxa, quadris, pernas e bandas íleo tibiais, passando de 30 a 60 segundos em cada grupo muscular antes de se lançar em sua dinâmica de aquecimento.

Trabalhe seu equilíbrio

Correr não é apenas ir para frente em uma linha reta. Existe todo um processo de apoio do pé que fica sustentando seu corpo por alguns segundos sozinho até a troca e balanço para o outro. Aumentar a propriocepção (percepção do seu corpo e a força e esforço que está sendo usado em movimento) e coordenação ajuda muito na corrida e melhora de performance. Recomenda-se começar os exercícios lentamente e ir aumentando a velocidade. O ritmo tem que ser confortável. Intensifique os exercícios ficando cada vez mais tempo em equilíbrio em um pé só, e se conseguir faça isso na cama elástica ou num balanço. A recompensa: seu corpo vai aprender a disparar os músculos corretos no momento adequado e prevenir torções.

Misture o ritmo

Execute a sua velocidade mais rápida em cada treino intercalada com rodagens lentas. Sugiro misturar uma corrida de resistência lenta, uma corrida de ritmo mais intenso e algum trabalho de velocidade em uma pista, pelo menos uma vez por semana. Trabalhar diferentes intensidades no seu coração, pulmões e músculos é a chave para se tornar um corredor mais eficiente.

Faça o seu corpo trabalhar pela sua corrida: fortaleça!

Durante seu treino concentre-se no joelho, quadris, coluna e braços e no trabalho de movimento que cada um faz para te ajudar na absorção e impulsão da corrida. Recomendamos a prática de exercícios de fortalecimento de toda perna, coxa, quadris coluna e braços. E para ganhar um pouco mais de velocidade mantenha uma ligeira inclinação para a frente o que ajuda a mudar seu eixo de gravidade e acionar seu reflexo de correr e se movimentar.

Troque os tênis, corrija a pisada e atenção ao terreno

Cuidado com tênis velhos e deformados. Eles podem viciar sua pisada, sobrecarregar sua musculatura e ainda enfraquecer outras. Pisar errado gera pontos de pressão e calosidades nos pés. Certifique-se de começar a usar tênis novos quando os seus estiverem bem rodados (alguns dizem de 300 a 600 milhas). E analise sua pisada para verificar se não precisa do uso de palmilhas. Bons treinos!

*Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Torno
zelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. www.anapaulasimoes.com.br

Todo sentimento merece respeito – Vera Sábio*

Primeiro se pensa. Se é capaz de pensar é ser humano para sentir.

Depois se deseja. Se pode querer, desejar, amar e aproximar, é porque se sente.

O respeito tem haver com espaço; espaço para deixar o outro ser o outro da mesma forma que cada um quer ser o que se é.

Não precisa de grandes regras, de grandes transformações. Basta querer, deixar levar pelo bem e fazer o bem sem olhar a quem. Isto é empatia, amor e doação. Isso são gestos que faz bem ao coração.

Por isso sinta o que é bom e faça feliz, para que a felicidade te invada.

Afinal, todo sentimento merece respeito e precisa ser valorizado.

Quando se chora, o sentimento de dor precisa ser respeitado, sabendo que podemos ser ombro para que a dor seja amenizada e transformada em apenas lembrança, pois estará no passado, fará parte da história, mas não precisa ter o mesmo significado, não precisa ter solidão, pode não passar tão rápido, mas irá passar e com companhia, com certeza o fardo será mais leve.

E quando sentir cansaço é porque o irmão pesa mais do que os problemas e não será por solidão da ausência de um abraço, então em vários braços o cansaço é reconforto, pois terá solidariedade.

E quando sentir alegria, o riso será leve e recheado de vários sons, pois todos estarão sorrindo juntos, se o sentimento for bom.

Agora quando o sentimento curva a testa, abaixa a cabeça e pesa o coração com mal-estar e enjoos só de lembrar o que se sente, é hora de abrir a boca, de gritar, de chorar e de desabafar. É hora de abrir o coração e perdoar mesmo se não houver motivo para este perdão. Pois sempre o maior motivo existe, já que ninguém merece levar lixo e ficar sobrecarregado da raiva que tanto corrói.

Então simplesmente deixe ir o que não presta e valorize os bons sentimentos, sendo eles combustível para uma vida saudável e feliz.

*Escritora, servidora pública, psicóloga, esposa, mãe e cega com grande visão interna.

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Acordei feliz – Afonso Rodrigues de Oliveira*

“Hoje acorde para vencer. A automensagem positiva logo pela manhã é um estímulo que pode mudar seu humor, fortalecer sua autoconfiança e, pensando positivamente, você reunirá forças para vencer os obstáculos.” (Aristóteles Onassis)

O Onassis teve toda a autoridade para falar assim. Logo, o que devemos é pensar no que está dito e pensar no mesmo diapasão. Nada mais fortalecedor do que pensamentos positivos, sobretudo pela manhã, logo que acordamos. Nada mais derrotista do que quem acorda pensando negativamente. Despeça-se do seu mês de setembro com pensamentos positivos, porque é com eles que você vai viver o mês dentro do positivismo. E não caia na esparrela de pensar que isso é filosofia de botequim. Isso, em si, já seria um terrível pensamento negativo. Cuide para o que você realmente quer ser no que você já é.

Victor Hugo nos disse que: “Devemos ser o que não somos, mas sem deixar de ser o que somos.” O importante é que aprendamos, no dia a dia, a ser diferente sendo o mesmo que somos. Nas mudanças não devemos deixar para trás o bem que adquirimos no passado. E o que importa é o que adquirimos no aprendizado. Inicie seu dia, hoje, como se ele fosse o último, mas não o último de sua vida, mas o último na tarefa de aprender para o futuro. E comece pensando que seu futuro é amanhã que já será hoje, quando você acordar. Então acorde preparado, ou preparada, para a tarefa no aprendizado para o amanhã. Simples pra dedéu. 

Deixe os aborrecimentos na lata do lixo. Porque é o que eles são, meros pacotes de lixo. Todos nós temos a força suficiente para dominar e dirigir nossos pensamentos. E é neles que está tanto a nossa felicidade quanto a nossa infelicidade. Tudo depende do nosso preparo. Então vamos nos preparar para o futuro que queremos. E comecemos pela nossa educação. Mas não estamos falando da educação do b+a=b-a-bá. Isso é coisa do passado. Mas também não nos esqueçamos de que não devemos esquecer-nos do passado, o que nos interessa no presente.

Falando sério. Vamos nos aprimorarmos nos nossos pensamentos. Inicie sua tarefa logo ao acordar pela manhã. Evite todo e qualquer pensamento negativo que estiver tentando penetrar nos seus pensamentos. E você é a única pessoa que tem o poder de fazer isso por você. Então faça-o no instante. Inicie seu dia positivamente. Viva-o em cada minuto, sem perder tempo com pensamentos negativos. Mesmo que você encontre dificuldade em pensar positivamente, não desista. Tente até alcançar o pódio necessário para comemorar a vitória. Mas não se deixe abater pelos maus momentos. Eles fazem parte da vida. Pense nisso.

*Articulista [email protected] 99121-1460