Redesenho do personagem ainda não é oficial, mas é muito mais fiel aos games
‘Sonic the Hedgehog’ só estréia nos cinemas em 2020 mas é um filme que já deu o que falar, graças à violenta reação dos fãs ao primeiro trailer oficial: o ouriço que é símbolo da Sega e amado por gerações de gamers não se parecia em nada como a versão dos jogos, lembrando mais algo criado pela ‘carreta furacão’.
Felizmente a Sega ouviu os fãs e decidiu adiar a estréia do filme para que o visual da personagem pudesse ser modificado. E parece que a estratégia deu certo: imagens publicadas no Twitter pelo usuário BestInTheGalaxy, que diz ter ‘contatos na Paramount’, mostram uma versão muito melhor de Sonic, mais fiel ao design original.
As imagens não são oficiais e podem ser trabalho de um fã dedicado, como já ocorreu anteriormente. Entretanto, considerando que a Sega, a Paramount e o diretor Jeff Fowler já se mostraram dispostos a ouvir o público, talvez os fãs já possam respirar aliviados.
Cerca de 1,6 milhões de pessoas já foram assistir “Coringa”
Parece que o sucesso de “Coringa” está só começando. O longa que já foi aclamado pela crítica e é um grande favorito a ganhar diversos prêmios importantes do cinema, caiu no gosto dos espectadores e lidera o ranking da semana, levando 1,6 milhões de pessoas aos cinemas de todo o Brasil e arrecadando R$74 milhões em bilheteria.
Projeto Gemini
Logo atrás de Coringa, chega “Projeto Gemini”. Em sua primeira semana de exibição, o filme duplamente protagonizado por Will Smith teve uma estreia tímida, mas que garantiu o segundo lugar e R$5 milhões em bilheteria. Será que podemos esperar mais?
Angry Birds
Em terceiro lugar a animação “Angy Birds 2 – O Filme” se mantém entre os três mais assistidos. Meio milhão de pessoas já foram conferir essa aventura, acumulando uma renda de R$7 milhões.
Terror nacional que consegue fugir do óbvio
Por Luiz Zanin Oricchi
São Paulo, 09 (AE) – Mortos não falam. A não ser com Stênio, o plantonista do Instituto Médico Legal interpretado por Daniel de Oliveira. O que os finados lhe dizem são confidências das mais tortuosas. Envolvem da intimidade de sua esposa, Odete (Fabiula Nascimento), a relações perigosas com gangues, polícias e milícias.
O que se pode dizer deste que é o primeiro longa-metragem de Dennison Ramalho é que coloca o terror brasileiro contemporâneo em um patamar de excelência. Dennison sabe filmar. É diretor consistente e trabalha bem com imagens, como já se sabia por seus inúmeros curtas-metragens. E também por ter sido assistente de direção de Encarnação do Demônio, filme que trouxe de volta um então afastado José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Mojica é patrono de todos os aficionados brasileiros pelo gênero terror e foi considerado um dos grandes cineastas do país na época do cinema dito “marginal”. Em Morto não Fala, Dennison mostra-se um discípulo à altura do mestre. Em particular por colocar a distopia social brasileira no centro de sua história de horror. Não cai em sustinhos fáceis, próprios do gênero quando tratado de maneira óbvia. Prefere aliar o sobrenatural ao realismo social que, muitas vezes, revela-se mais macabro que qualquer aparição do além.
Morto não Fala tem seu lado gore. Não evita nem a sangueira e nem as sequências de cemitério, ambas de rigueur no gênero. Mas, de modo geral, Denisson, como cineasta, tenta se livrar do óbvio, dos clichês e as ideias recorrentes.
O resultado é muito bom, seja pela qualidade da filmagem, pela originalidade de tratamento do tema, seja pela excelência do elenco. Nem todo cineasta é capaz de reunir uma trinca de craques como Daniel de Oliveira, Marco Ricca e Fabiula Nascimento. Trabalhar com gente desse quilate é coisa de outro mundo.