A Polícia Federal (PF), em Roraima, deflagrou, na manhã de ontem, a segunda fase da Operação Gênesis, com objetivo de combater a pornografia infantil. Os mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nos estados de Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
De acordo com delegado da Polícia Federal, Alan Robson, as ações foram iniciadas pontualmente às 06 horas. Foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão, mobilizando mais de 160 homens. As investigações foram baseadas em um trabalho de inteligência que identificou usuários que utilizam redes sociais, serviços de e-mail e de armazenamento de arquivos para distribuir pornografia infantil.
“Essa operação é coordenada pela Unidade de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia na Internet. Aqui, em Roraima, havia alguns inquéritos que investigavam esses fatos e que foram representados por medidas judiciais”, comentou. Segundo o delegado, foram deferidos cinco mandados de busca e apreensão, quatro de mandados de condução coercitiva, além da apreensão de materiais que serão usados no inquérito.
Durante a ação, que ocorreu em alguns pontos da Capital, uma pessoa foi presa em flagrante com material pedopornográfico. “A princípio, houve uma confusão na questão da localidade, mas a prisão desse homem ocorreu no bairro Aparecida, zona Norte. Nos outros locais, houve a apreensão de materiais como computadores, celulares, pen drives e máquinas fotográficas. Esses materiais serão analisados no inquérito e, caso constatado que naquela residência aqueles equipamentos estavam, de fato, produzindo materiais com pornografia infantil, essas pessoas serão responsabilizadas”, explicou.
Durante a primeira fase da operação, deflagrada no início do mês passado, 02 de setembro, a PF cumpriu 39 mandados, que resultaram na prisão de onze pessoas, além da coleta de vários materiais contendo imagens de cunho sexual envolvendo crianças e adolescentes.
Após ser ouvido pelo delegado de plantão, o homem foi encaminhado para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, onde ficará à disposição da Justiça. Os demais envolvidos deverão aguardar o resultado do inquérito. “Difusão, recebimento e posse de imagens são crimes previstos no Estatuto da Criança e Adolescente. A pena pode chegar a seis de anos de prisão e multa”, frisou o delegado.