Bom dia,
A semana começa marcada pelo fiasco, do ponto de vista de resultados, da COP 25, encontro realizado em Madri-Espanha, sob o patrocínio do grande capital internacional e organização de um complexo extraordinário de organizações não governamentais internacionais, tudo sobre a batuta da Organização das Nações Unidas (ONU). Para a Capital espanhola acorreram representantes de quase 200 países, desde os chamados desenvolvidos até os mais atrasados, incluindo os mais miseráveis do mundo.
O centro das discussões de mais esse encontro organizado pela ONU, como nos encontros anteriores, foi debater a versão alarmista de que o clima médio do planeta está aumentando em velocidade e intensidade capaz de, em poucas décadas, tornar a vida na terra insalubre, e até mesmo inviável. Para a quase totalidade dos que participam desse tipo de convescote, a responsabilidade pelo aquecimento do clima no planeta é a presença da sociedade humana no mundo, embora ela tenha uma história de pouco mais de cinco mil anos, contra bilhões de anos de existência da terra. A receita para evitar essa tragédia seria, na visão dessa gente, evitar o aumento da produção de riqueza utilizadora de matéria-prima, bem como do crescimento da população global.
Se fosse possível traçar um perfil, do ponto de vista dos países representados na COP 25, é possível dividi-los em três grupos distintos: de um lado, os países desenvolvidos, cujo interesse é ditar comportamentos para os outros países com menos soberania – embora detentores de enorme potencial de recursos naturais –; no segundo, os países do mundo subdesenvolvido – ou chamados de emergentes – que, sem recursos, esperam que os ricos financiem programas de preservação ambiental; e, finalmente, alguns países pobres cujos representantes, por mero colonialismo cultural, falam e votam como se fossem pertencentes aos países do primeiro grupo.
É claro, os países desenvolvidos têm seus próprios problemas, entre eles o do enfrentamento da pobreza e do desemprego de suas próprias populações, e por isso não possuem grana para distribuir para os pobres do resto do mundo. Os países pobres não podem negar o direito de seus habitantes de saírem da miséria em nome de um interesse difuso, e incerto, quanto ao futuro do planeta; e não dispõem de recursos para adotar as práticas que lhes são recomendadas. São interesses e objetivos não conciliáveis, de forma que não pode ser surpresa que os resultados da COP 25 tenham sido tão decepcionantes como o foram.
SEM GRANA
O secretário estadual de Agricultura, Emerson Baú, e o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (FEMARH), Ionilson Sampaio, representaram o governo de Roraima num encontro paralelo sobra a Amazônia na COP 25. Afinados com a política ambiental e com a postura do governo federal de Jair Bolsonaro sobre a Amazônia, os representantes de Roraima voltaram com a firme convicção de que os países desenvolvidos não estão muito dispostos a bancar as políticas ambientais nas regiões periféricas do mundo. O que pode vir de recursos mal dá para financiar projetos de pouco efetividade. Foi o que eles disseram ontem, durante entrevista concedida ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3.
ENIGMÁTICO
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), Leandro Almeida, foi bastante enigmático durante uma entrevista dada ontem à Rádio Folha FM 100.3 (programa Agenda da Semana). Ao protestar contra a não inclusão de nove categorias de policiais civis na lei aprovada de surpresa pela Assembleia Legislativa na última quinta-feira (12.12), que concedeu aumento salarial aos delegados, o presidente do Sindpol afirmou que nos próximos dias poderá haver revelações que mostrarão quem, de fato, faz investigações no âmbito da Polícia Civil. Fez questão de frisar que os resultados são produtos do trabalho de uma equipe, e não de uma única categoria.
MOTIVAÇÃO
O presidente do Sindpol, Leandro Almeida, também não foi muito claro ao dizer que nos próximos dias podem surgir revelações bombásticas, mas no contexto da entrevista que ele concedeu à Rádio Folha FM 100.3, é possível deduzir que tenha havido uma conexão entre o acordo político que resultou na aprovação de lei que aumentou o salários dos delegados e o recente imbróglio na esfera policial. Os episódios envolvem operações que já atingiram servidores públicos, advogados e empresários. O certo é que, num mesmo dia, o Projeto de Lei que aumentou o salário dos delegados chegou à ALE e foi votado nas comissões e no plenário. Isso não é regime de urgência/urgentíssima, é tramitação relâmpago. E não constava na pauta da ALE.
ACORDOS 1
O governador Antonio Denarium passou longas horas da última quinta-feira (12.12) no interior da Assembleia Legislativa. Passou a maior parte do tempo no gabinete da presidência, conversando com o presidente da ALE, o deputado Jalser Renier (Solidariedade) e com outros parlamentares. Denarium só saiu da sede do Poder Legislativo perto da meia-noite, depois de aprovadas a Lei Orçamentária Anual (LOA) e a lei que garantiu aumento no salário dos delegados da Polícia Civil. Além do interesse específico na aprovação das duas matérias, o governador também tratou com os parlamentares de uma nova relação entre os dois poderes.
ACORDOS 2
Dentre os acordos firmados entre o governador Antonio Denarium e os deputados estaduais, à frente o presidente da ALE, Jalser Renier, ficou acertada a substituição da atual secretária estadual da Saúde, Cecília Lorenzom, pelo atual diretor-geral da Assembleia Legislativa, Marcelo Lopes. A revelação foi feita ao programa Agendada Semana, da Rádio Folha FM 100.3, pelo deputado estadual Jânio Xingu (PSB), que é vice-presidente da ALE. A mudança está prevista para ocorrer no final desta semana.