Bom dia,

Estamos fechando mais um ciclo do calendário gregoriano, afinal, hoje é o penúltimo dia de 2019, e esta é a penúltima Parabólica do ano. E, felizmente, estamos encerrando este último ano da segunda década do Século XXI com bastante otimismo para encarar esta terceira década do século. Fechamos esta década sem enfrentarmos um monte de questões essenciais para desenvolver uma grande nação, que seja especialmente desenvolvida com base numa necessariamente melhor distribuição de riqueza. Também precisamos, enquanto nação, deixar de ser refrataria da ideologia do ambientalismo radical e a serviço de interesses ditados de fora para dentro, para centrar nossas ações no bem-estar dos homens e das mulheres brasileiras como centro de nosso objetivo enquanto pátria.

Terminamos a segunda década do Século XXI sem enfrentar adequadamente a natureza excludente do desenvolvimento brasileiro; com aceitação de privilégios odiosos a determinadas corporações que agravam a desigualdade social no país; sem um visão de ambientalismo centrada em nossos reais interesses; com o nível de violência que esgarça nossa desigualdade social; com uma inaceitável violência contra as mulheres; com uma sociedade que se recusa a adotar a meritocracia como fundamento de ascensão social, preferindo erigir uma sociedade de coitadinhos, que sustenta uma democracia e prática política dominada pelo populismo barato. Infelizmente, nestas duas primeiras décadas do novo século não conseguimos colocar como pauta prioritárias essas questões acima elencadas.

De qualquer forma, estamos começando a terceira década com a sensação de que pelo menos estamos saindo do fundo do poço a que fomos levados por conta da pior crise econômica, moral e ética da nossa história enquanto pátria. Os brasileiros e as brasileiras em sua maioria entrarão, daqui a dois dias, em 2020 com uma visão bem otimista quanto ao futuro próximo. A inflação brasileira continua baixa, faz quase quatro anos; os juros nunca estiveram tão pequenos; os empregos, embora lentamente, estão voltando e tudo indica que podemos estar iniciando um novo ciclo virtuoso de crescimento. O que torcemos é para que este crescimento seja mais inclusivo e acompanhado de mudanças igualmente importantes no campo social e econômico de nossa realidade.

DESESPERO

Um pequeno empresário – dono de um restaurante no bairro Paraviana, cuja clientela é composta basicamente da classe média boa-vistense-, distribuiu, utilizando redes sociais, um apelo comovente para seus amigos. Só neste mês de dezembro seu estabelecimento foi “visitado” por ladrões em quatro oportunidades. Na última, os ladrões levaram todo o estoque de bebidas; os televisores de 60’; computadores; objetos de decoração caríssimos e, para completar tudo, o que encontraram de gêneros alimentícios. Convencido de que a polícia estadual não encontrará os ladrões e os objetos roubados, o pequeno empresário – que vai ter de, na prática, recomeçar do zero –, está apelando aos amigos para espalharem a notícia com a finalidade de evitar que eles sejam vendidos a receptores, de boa ou má fé.

FECHANDO

A Parabólica registra esse apelo do dono deste pequeno restaurante no Paraviana, quase fechado por falta de segurança para trabalhar, para lembrar que milhares de pequenos negócios estão sendo fechados em Roraima porque seus proprietários não conseguem manter as portas abertas por conta da insegurança que toma conta de nossas vidas. Há exemplos não raros de alguns que pagaram com a própria vida, ou de seus colaboradores, pela teimosia e necessidade de tocar seus pequenos negócios. E esse ambiente de insegurança, fruto da incompetência e descaso do aparato policial local, é comum tanto as áreas urbanas quanto no meio rural. Está na hora de o governador, que é um empresário bem-sucedido, deixar a função de apartador de brigas corporativas, para ser gestor de um sistema integrado de segurança pública, que traga um mínimo de condições para quem deseja, e precisa, trabalhar.

BASTIDORES

Ainda não está oficializado, afinal, o decreto de exoneração não foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), mas está quase oficializada a demissão da atual secretária estadual de saúde, a advogada Cecília Lorenzom. A decisão de exonerá-la foi tomada pelo governador Antonio Denarium na última sexta-feira, 27.12, que comunicou para algumas pessoas. Fontes da Parabólica dizem que antes de tomar a decisão o governador mandou apurar algumas denúncias que lhe chegaram tendo ficado convencido da insustentabilidade de manter a secretária no cargo. O substituto deverá, como vem sendo especulado, vir de Brasília.

RÁPIDAS

Tem muita gente apostando que será hoje que o deputado estadual Jalser Renier (SD), presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), vai encaminhar para a sanção do governador Antonio Denarium a Lei Orçamentária Anual (LOA) do estado para 2020. ### Em entrevista ontem, domingo (29.12), ao programa Agenda da Semana da Rádio Folha FM 100.3, o senador Mecias de Jesus (Republicanos) garantiu que várias promessas do presidente Jair Bolsonaro para Roraima devem ocorrer ainda no primeiro semestre de 2020. ### Entre estas promessas, Mecias de Jesus citou o início da construção do Linhão de Tucuruí; a transferência das terras e a regularização da exploração mineral e agrícola das Terras Indígenas. ### O ex-deputado estadual Joaquim Ruiz, que é coordenador de assistência aos municípios da Assembleia Legislativa, diz que os orçamentos de 2019, somados, dos 14 municípios interioranos de Roraima, atingem os R$ 412 milhões para atender cerca de 200 mil habitantes. Já a Operação Acolhida teve à sua disposição, no mesmo período, algo em torno de R$ 500 milhões para atender cerca de 8.000 imigrantes venezuelanos. ### O ano está terminando e, apesar de todos os bochichos, ainda não surgiram pré-candidaturas para a Prefeitura de Boa Vista, em 2020, com aparência de aglutinar forças políticas e eleitorais. Diferente das eleições anteriores, parece que a próxima passará ao largo dos tradicionais grupos políticos locais.