Bom dia,
Quando se ouve o que dizem os governantes (governador do estado e prefeitos de municípios), fica-se com a nítida impressão de que o volume de investimentos públicos em Roraima é relevante e existem obras espalhadas por todas as regiões e localidades. São milhões de reais que se destinam a várias modalidades de investimentos públicos que abrangem desde a construção de unidades básicas de saúde, construção e recuperação de vicinais, construção de redes de energia elétrica para atender o meio rural, compra de equipamentos para construção rodoviária e de apoio ao produtor agrícola, entre outros.
E nesta direção, uma acurada observação sobre o que dizem esses mesmos agentes públicos, a impressão que se tem é que dentro de pouco tempo estaremos, por exemplo, com a infraestrutura de primeiro mundo na área de segurança pública – com prisões, penitenciárias, delegacias, instituto de polícia técnica e viaturas suficientes –; e não é diferente na área da educação com escolas – reformas e equipadas – suficientes para garantia de que os estado possa contribuir para que Roraima ajude o Brasil a sair dos vergonhosos números divulgados pelo PISA.
O problema é que todo esse conjunto de anúncios de gastos não se traduz em transformar Roraima realmente em um espaço de desenvolvimento econômico e social que possa decididamente livrar o estado dos grilhões do modelo do contracheque chapa branca, que já não responde às demandas de quem precisa emprego; também do próprio financiamento do governo estadual e dos governos municipais que continuam dependendo das transferências financeiras do governo federal.
SEM CONJUNTO
Um economista ouvido pela Parabólica arriscou um palpite para explicar porque o volume de grana anunciado por governantes e políticos, que é realmente grande, não tem sido capaz de impactar positivamente para mudar o modelo econômico do estado: “Apesar da transferência per capita de recursos federais para Roraima seja a maior do país, a destinação desses recursos não obedece a um planejamento que dê unidade de ação governamental. Na verdade, cada parlamentar indica os recursos sem ter qualquer consonância, por exemplo, do que consta no Plano Plurianual (PPA), que a princípio é a estratégia do governo local para promover o desenvolvimento a partir dos investimentos públicos. No fundo, cada um desses parlamentares tem interesses e demandas próprias”. Será que ele tem razão?
CANDIDATURA 1
O secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento, Marcos Jorge, visitou a Folha na última sexta-feira (24.01). Entre outros temas, ele confirmou que seu partido, o Republicanos, já bateu o martelo com relação a sua candidatura à Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) na próxima eleição de outubro. Ele disse que o próximo prefeito de Boa Vista precisará possuir experiência para enfrentar as enormes dificuldades que vão ser herdadas da atual administração municipal, que elevou bastante os custos de manutenção de praças, teatro, vila olímpica, guarda municipal; e crescimento da folha de pagamentos com os concursos que estão sendo realizados atualmente, mas cujo impacto maior viria ser sentido pela nova administração a partir de 1º de janeiro de 2021. Marcos Jorge já exerceu cargos de secretário estadual e foi ministro da Indústria e Comércio, no governo de Michel Temer (MDB).
CANDIDATURA 2
E ontem, domingo (26.01), durante entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3, quem também anunciou ser pré-candidato à Prefeitura Municipal de Boa Vista foi o ex-deputado federal Luciano Castro (PL). Luciano, que já exerceu seis mandatos de deputado federal consecutivos, com passagem por vários cargos públicos relevantes – foi secretário de Planejamento do ex-Território Federal de Roraima e secretário da Secretaria Nacional de Infraestrutura do Ministério dos Transportes –, diz ter decido entrar na disputa pelo comando da PMBV por entender que os desafios da próxima administração municipal exigirá no comando um administrador experiente, que tenha bom trânsito com a bancada federal e saiba transitar em Brasília, com conhecimento das fontes de recursos no governo federal.
RÁPIDAS
As redes sociais continuam sendo território livre para o cometimento de toda sorte de ofensas pessoais e políticas, sem que seus autores tenham qualquer pena por conta da irresponsabilidade de caluniar, difamar e destruir reputações. Até quando? ### Carlos Barbudo, prefeito do Cantá, que é do PSL, diz que é candidato à reeleição, mas vai escolher um novo partido e um novo grupo político para tal. Ele é irmão do deputado estadual Jânio Xingu (PSB), primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE). ### E os principais protagonistas da crise instalada na Polícia Civil do estado aguardam, para esta semana, a decisão do governador Antonio Denarium sobre os pleitos das outras nove categorias, que ficaram fora dos benefícios concedidos aos delegados. ### Enquanto patinam os entendimentos para asfaltar o pedaço da estrada que liga Lethen a Lindem, na Guiana, governadores do Mato Grosso, Acre e Rondônia tentam se unir ao governo da China para construir uma ferrovia que vai ligar os Oceanos Atlântico ao Pacífico.