Bom dia,
Hoje é quinta-feira (23.04). A semana -que foi curta por conta do feriado de Tiradentes vai terminar com o início de mais uma polêmica no interior do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Primeiro, os brasileiros e as brasileiras assistiram, semanas a fio, as divergências públicas entre o presidente e seu ministro da Saúde, Luis Henrique Mandetta, em torno da metodologia e dosimetria do isolamento social, como principal estratégia de combate a Covid-19; bem como sobre a utilização de um remédio para combater o vírus. A situação só teve um desenlace com a demissão de Mandetta, que por sua vez, quase dá início a uma grave crise política entre Bolsonaro e os principais dirigentes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
E como previmos, aqui da Parabólica, ontem, quarta-feira (22.04) ficou explicita mais polêmicas outra polêmica e divergência pública no interior do atual governo federal brasileiro. Desta vez, de um lado o general Braga Neto, ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República -e como dissemos ontem, uma estrela em ascensão no governo-, e que comanda uma força-tarefa para propor medidas de reanimação da economia após a pandemia da Covid-19; e o ministro da Economia, Paulo Guedes e sua equipe.
O general e seus outros dois colegas ministros que compõem a força-tarefa que elabora o Pró-Brasil -o Palácio do Planalto não que mais o chame de Plano Marshall-, querem utilizar dinheiro público para obras de infraestrutura geradoras de emprego e estimuladora do investimento privado. Já, Paulo Guedes e sua equipe -que por enquanto guardam a chave do Tesouro Nacional-, dizem, com todas as letras, que não tem espaço para aumentar o déficit público; e que a economia brasileira tem de ser reanimada com investimento privado; nem que para isso, tenha que ser aprofundada a privatização de ativos públicos entre as quais incluiria algumas joias como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social e Petrobrás. É uma senhora divergência, que deverá ser decidida pelo chefe do governo, o presidente Jair Bolsonaro. Alguém tem dúvida sobre para que lado os sinos vão dobrar?
PROFISSIONAIS
Faz poucos dias, dissemos deste espaço que nessa pendenga entre os chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário -que quase todo dia é destaque na imprensa brasileira-, ninguém era amador. Eram todos profissionais na manipulação das regras do exercício do poder político, e que no fundo, cada um de seu lado, queria alargar seu próprio espaço. Pois bem, a notícia de que Bolsonaro tem recebido dirigentes partidários com representantes no Congresso Nacional, e com eles negociado a indicação de correligionários para ocupar cargos na administração federal -o PL, de Waldemar Costa Neto já levou a indicação da diretoria do BNB-, é a confirmação das nossas predições.
REMINISCÊNCIAS
Morreu na última segunda-feira (20.04) em Belém, abatido pela Covid19, aos 88 anos de idade, Gerson Peres, ex-deputado federal e um dos políticos mais influentes do Pará nas décadas de 70 e 80 do Século XX. Líder inconteste de Cametá -onde as pessoas gostam de churrasco de carne de “bui”-, Peres liderou a iniciativa de um grupo de parlamentares federais da Amazônia para fazer Ottomar de Sousa Pinto, então governador do Território Federal de Roraima, presidente do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), quando o economista Paulo Yokota pediu demissão em 1980. A iniciativa não logrou êxito porque o então general-presidente João Figueiredo tinha outro planos.
MUITO PRÓXIMOS
Esta vem de um leitor da Parabólica, via Whats: “Embora os frentistas de muitos postos de abastecimento de combustíveis estejam utilizando máscaras -embora muitos também continuam de cara limpa-, eles estão se aproximando muito dos clientes quando vão pegar o cartão, ou o dinheiro, para quitar a compra; ou mesmo quando querem dizer alguma coisa. E tudo poderia ser resolvido se os donos desses postos orientassem seus frentistas a guardarem a distância prudencial dos clientes. Simples, assim”, diz o leitor.
RÁPIDAS
Livre pensar, é só pensar: “A escolha do general Eduardo Pazuello como o dono da chave do cofre no Ministério da Saúde, que administra o maior orçamento da República, aproxima o governo Bolsonaro de Romero Jucá e Michel Temer, ambos do MDB”, diz um leitor da Coluna. ### Aliás, quem acredita na afirmação do atual presidente nacional deputado federal Baleia Rossi (SP), e do líder do partido no Congresso Nacional, senador Eduardo Braga (AM); que à saída de uma audiência com o presidente da República Jair Bolsonaro, afirmaram que o MDB não quer indicar nomes para ocupar cargo na administração federal? ### Por telefone, o ex-senador Mozarildo Cavalcanti (PTB) disse que está propondo ao presidente estadual da sigla em Roraima, o deputado estadual Jefferson Alves, que seja realizada uma pesquisa de opinião junto aos eleitores envolvendo os dois nomes para decidir quem vai representar o partido na disputa pela Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), nas próximas eleições. Quem perder apoia o mais bem avaliado pelos eleitores.