É o combate às fake news, estúpido!
Alexsandro Ribeiro*
Não é perseguição ou censura à liberdade de expressão, mas sim a contundente luta contra a indústria das fake news. As ações do Supremo Tribunal Federal (STF), as denúncias de entidades da sociedade civil, e até as medidas tomadas por pequenos grupos digitais são respostas necessárias contra um mal que vem contaminando a saúde da boa informação. A tecnologia e os meios de comunicação são as lentes que usamos para contemplar a realidade do mundo. A quantidade imensa de acontecimentos diários relevantes para nossa vida e a importância de ter uma boa filtragem e seleção dos fatos, a distância entre onde eles ocorrem e onde vivemos são fatores que reforçam nossa dependência dos meios. Quando interesses escusos e quadrilhas começam criminosamente a alterar o grau ou opacidade desta lente e vidas entram em risco, é importante entender a gravidade de uma curtida e de um compartilhamento na rede.
A distorção de valores se acentua no desabafo presidencial de que a imprensa que o defende é perseguida. Se defende, não é imprensa. Este não é o papel do jornalismo, defender interesses de indivíduos, mas sim o de lutar pela verdade e atender ao interesse público. Esta mesma ideia patrimonialista da imprensa e dos meios é que respalda a ideia de que o que me conforta ou o que me reafirma é que é a verdade. O resto, é plano de “esquerdalha” para dominar o mundo. Neste enredo ficcional, o que não é ilusão é o resultado de reenviar para seus pares um vídeo mentiroso ou uma “notícia” que distorce a realidade.
Não há inocência no compartilhamento de um vídeo que causa o linchamento e a morte de uma mãe de família, no boato que faz com que idosos caiam na lábia de quadrilhas e percam a pouca aposentadoria que recebem, nas fake news que fazem com que as pessoas se automediquem e se exponham à morte, na mentira que desonra a imagem de indivíduo e causa o suicídio. Os exemplos reais da brutalidade são muitos, e estão ao acesso de qualquer pesquisa na internet. Não é só uma brincadeira quando coloca a ciência e o campo da saúde em descrédito, promovendo um cenário de desinformação que ceifa a vida de milhares de pessoas. Também não é válido ou moralmente defensável só porque concordamos ou por ser vantajoso em uma discussão na internet. O “reenvio” irresponsável é um gatilho que destrói os sonhos e a vida de famílias.
É contra este tipo de abominação e contra quadrilhas das fake news, que curiosamente mantêm relações escandalosas e execráveis com grupos que estão em diversos governos, que são urgentes medidas reais de coação e combate. Questionável ou não, do ponto de vista jurídico a competência do STF para deflagrar investigação sobre o tema, fato é que ação escancara os agentes públicos, os atores e influenciadores digitais e os financiadores que estão coadunados com a desinformação e com os interessados em tirar proveito do caos promovido com as fake news. Na prática, o que se reforça é que o direito de se manifestar não corre longe à obrigação de se responsabilizar pelo discurso que opera. Além disso, se para uns a medida atende interesses corporativos para responsabilizar quem macula a imagem de uma das mais importantes instituições democráticas do país, para outros, o mérito também reside em dar cara, nome e endereço eletrônico de quem cria a desinformação e mantém e alimenta a rede de robôs que propaga fake news.
Da mesma forma, mas com ferramentas distintas, vemos surgir ações na sociedade civil como a Sleeping Giants, que vem desvendando uma das faces mais absurdas das estratégias de alimentação do mercado das fake news, que é sua forma de sustento. Sites que surgem com a única função de promover a desinformação são financiados por grandes empresas, algumas delas, pasmem, de administração pública, como o caso do Banco do Brasil. A simples ação de ir às redes sociais e publicar nas páginas destas empresas que elas estão financiando fake news tem gerado um impacto imenso na rede, e atacando na fonte das quadrilhas. Absurdo, em meio a isso, é perceber, no caso do Banco do Brasil, um esforço do governo, a partir da secretaria de comunicação, e de familiares da presidência, em remar contra a maré e continuar “aplicando” recurso público nestes sites de propagação de mentiras.
A única coincidência entre a deflagração dos inquéritos do STF e das denúncias da Sleeping Giants é a simultaneidade. De resto, são medidas que, quer seja no seio do poder público judiciário quer seja na sociedade civil, demonstram que a guerra contra as fake news e as quadrilhas que atuam em meio ao caos da desinformação não pode ficar apenas no discurso, e deve ganhar ares de concretude. O resultado imediato e palpável, neste momento, é o de fazer recuar os que acham que podem escrever e compartilhar o que bem entendem na rede sem que a Polícia Federal bata na porta das suas casas às tanta de uma manhã qualquer; ou ainda que as empresas que se preocupam com a imagem institucional retirem o respaldo financeiro dos sites de desinformação.
Num amanhã possível, o resultado que se espera é que a repercussão promova uma legislação mais efetiva para criminalizar tais atos, e que a sociedade deixe de enfrentar com normalidade o compartilhamento de “notícias falsas”. Em alusão ao mote da campanha presidencial dos EUA na década de 1990, que escancarava o eixo importante daquela disputa de urna, “It’s the economy, stupid”, a tônica da atualidade em meio à pandemia de desinformação é “É o combate às fake news, estúpido!”.
*Professor nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Internacional Uninter
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Afonso Rodrigues*
“O único meio de se descobrir os limites do possível é ir além dele, alcançando o impossível”. (Arthur Clarke)
Não há impossível para quem acredita no potencial da sua mente. Quando acreditamos que podemos, podemos. O importante é que saibamos distinguir o sonhador do visionário. Quando não sonhamos ficamos presos aos limites do presente. Então não vamos limitar os nossos pensamentos. Vamos relembrar o Swami Vivecananda: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, e sim pela maneira de ele executá-la.”
Só quando formos devidamente educados não necessitaremos das orientações dos que foram educados para a vida. Ser racional é saber viver a vida no seu nível de evolução. O Planeta Terra ainda está em evolução. E deveríamos observar que os dilúvios fazem parte da evolução. E pare de rir quando digo que estamos na iminência de um novo dilúvio. Que quando o último aconteceu não sabemos qual era o grau de evolução dos que foram para ao espaço, levados pelo dilúvio. Então, vamos nos preparar e cuidar da nossa evolução, mas com respeito à Natureza.
Nada de preocupações nem aborrecimentos. Vamos levar a vida como ela deve ser levada, vivendo-a como ela deve ser vivida. Com amor, respeito e muito carinho. Respeite-se no que você é. Nunca tente ser o que os outros querem que você seja. O salão de beleza de Deus está dentro de você, à sua disposição. Frequentá-lo é muito simples. E tudo de que você necessita para se embelezar está dentro de você mesmo, ou mesma. Sorria sempre. Nunca se intimide. Lute sempre, mas numa luta sem brigas nem disputas ou competições. Você pode tudo desde que acredite em você.
O
pior que nós afazemos, é pisar na bola. Ou caímos ou nos machucamos. Então vamos caminhar com cautela. E é simples pra dedéu. Mas não fique preocupado ou preocupada com esse papo. Viva sua vida com a consciência de que está vivendo o momento de sua evolução racional. O importante é que você saiba o que, e quem você é. Porque somos todos iguais, mas nas diferenças. O que nos leva a respeitar o próximo como a nós mesmos. O que indica, também, que devemos nos respeitar para podermos respeitar o outro.
Tenha um bom dia. E tudo vai depender de você e de mais ninguém. Olhe para o horizonte da vida e veja o que vê. Seja o que for, vai fazer parte do seu dia. Se for bom ou mau, bem ou mal, não se preocupe. Você tem o poder de que necessita para encarar. Vá em frente. Não permita que o confinamento obrigatório lhe seja motivo de tristeza ou aborrecimento. As nuvens consideradas negras não são mais do que aviso de mudanças de tempo. Então, pegue o guarda-chuva e vá em frente. Pense nisso.
*Articulista
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