Por volta das 22h40 de segunda-feira, o garimpeiro Francisco de Jesus Amorim, 52 anos, foi morto com três tiros em um bar na rua Imperatriz, no bairro Centenário, na zona Oeste. Dois projéteis lhe atingiram o peito e um, a barriga. O homem morreu poucos minutos depois de ser atingido pelos disparos e não conseguiu conversar com as testemunhas para tentar explicar os motivos do crime.
De acordo as informações da delegada Mirian Di Manzo, titular da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), enquanto as investigações não forem concluídas, nenhuma hipótese poderá ser descartada, mas afirmou que há um forte indício de execução e pode se tratar de um acerto de contas devido aos antecedentes criminais que a vítima apresenta.
“Ele era garimpeiro e respondia por uma tentativa de homicídio, inclusive, tem um inquérito dele de 2013, quando ele tentou matar um garimpeiro. Pode ter sido vingança”, afirmou Mirian Di Manzo.
A DGH também obteve de uma das testemunhas a informação de que há pouco tempo Francisco havia brigado em um bar, o que aponta outra possibilidade a ser investigada. “Ele estava tentando vender a casa para retornar ao Maranhão, seu Estado de origem. Ainda não ouvimos pessoas da família porque respeitamos o momento de luto, mas duas testemunhas foram ouvidas, incluindo o dono do bar e um amigo que na hora do fato bebia junto”, acrescentou a delegada.
Os agentes que investigam o caso estão fazendo um levantamento das imagens para caracterizar com precisão os dados do veículo usado no homicídio, mas já sabem que o modelo é um Chevrolet Corsa, tipo “bola”, cor prata. “Também iremos solicitar as imagens de câmeras que podem ter registrado o exato momento do homicídio e assim tentar identificar o suspeito”, frisou Mirian
A delegada comentou como os criminosos agiram. “Eles chegaram em um carro e o responsável pelos disparos estava no banco do passageiro. Ele abriu a porta, desceu do veículo, apontou o revólver – que possivelmente tenha sido um calibre 38 – e atirou na direção da vítima, que morreu no local, mas não imediatamente.
Eles acertaram os tiros no abdome e no peito. Em seguida, fugiram”, destacou.
Após os tiros, Francisco Amorim chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos.
A família da vítima mora no Maranhão. Em Roraima, ele convivia com a esposa, que atualmente está no garimpo, e os familiares dela.
Até o fechamento desta matéria, na noite de terça-feira, nenhum suspeito havia sido preso. O corpo de Amorim foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) para realização de exame cadavérico e na manhã de ontem, liberado para sepultamento. (J.B)