Na manhã de segunda-feira, agentes da Delegacia de Polícia Civil do Município de Rorainópolis, no Sul do Estado, tomaram conhecimento de que na Vicinal 02 daquele município um corpo estava dentro de uma canoa encalhada no Rio Anauá. Depois de constatada a veracidade do fato, a perícia foi acionada e, durante toda a tarde do dia 26, os policiais acompanharam a perícia no cadáver, quando comprovaram que se tratava de homicídio.
A partir da confirmação do assassinato, os agentes iniciaram a investigação e conseguiram identificar o proprietário da embarcação onde o corpo estava. Também obtiveram algumas informações, inclusive com quem a vítima, Raimundo Batista de Oliveira, de 74 anos, teria saído de canoa naquele dia. Ele estava acompanhado de três pessoas, dois rapazes e uma mulher.
Na noite de segunda-feira, policiais plantonistas chegaram ao endereço da proprietária da embarcação, que informou aos agentes que seu filho, Samuel de Jesus, 28 anos, havia saído com a companheira, Iara Lopes, para o rio Anauá. Samuel estava na residência da mãe e foi conduzido para a delegacia junto com a companheira, quando o crime foi esclarecido.
O casal contou que estava junto com um amigo na praia quando eles se preparavam para ir até um sítio localizado a alguns metros subindo o rio, para fazer farinha. A vítima morava em uma casa nas proximidades para onde iria o grupo, por isso pediu carona.
Segundo Iara e o amigo do acusado, que testemunharam o homicídio, Samuel estava muito embriagado e teria ficado irritado quando o barco em que estavam encalhou em um banco de areia. Foi quando, armado com um remo, Samuel saiu da canoa para tentar desencalhá-la e, inesperadamente, desferiu dois golpes com o remo no rosto da vítima, sem chances de defesa.
O rapaz que estava junto com o casal na hora do crime afirmou que fugiu pelo rio para não ser agredido por Samuel, Afirmou que não houve discussão ou outro motivo para o acusado praticar o assassinato. A companheira de Samuel confirmou o ocorrido e disse que ao perguntar para ele por que havia feito aquilo, o marido disse que não sabia o motivo.
Ao ser interrogado pelo delegado de Rorainópolis, o autor do homicídio disse que praticou o crime em razão de estar muito embriagado e que a vítima não lhe deu motivo para ser agredida. Disse que conhecia Raimundo porque frequentava a região onde ele morava, mas que não tinham desentendimentos.
A vítima não tinha parentes em Roraima, mas uma filha está vindo do Estado do Amazonas para fazer a liberação do corpo no Instituto de Medicina Legal (IML) a fim de realizar outros procedimentos previstos em lei. (J.B)